Pesquisa
Trabalho de Conclusão de Curso propõe solução de construção sustentável para o Campus JF
Para a conclusão da pós-graduação em Sustentabilidade na Construção Civil, o engenheiro sanitarista e ambiental Gustavo Ferreira Nunes Moura apresentou para a banca de avaliação sua pesquisa sobre “Estudo de proposições para adoção de telhado verde em prédio de instituição pública federal". Sob orientação da professora Vivian Gemiliano, do núcleo de Construções Civis, o trabalho foi desenvolvido com o intuito de propor a implementação de uma cobertura verde no telhado do bloco Q, no Campus Juiz de Fora.
O telhado verde consiste em um sistema de construção em edificações com a utilização de solo e vegetação em uma camada impermeabilizada sobre os telhados. Através de uma extensa revisão bibliográfica, foi possível conhecer em detalhes os modelos e técnicas utilizadas para a implementação, assim como sua finalidade, benefícios e desvantagens. Através da análise de informações, foi possível propor a elaboração que atualmente está em fase de construção.
“Ao pesquisar sobre medidas socioambientais, posso dizer que não é mais uma simples escolha do meio acadêmico, se tornou uma necessidade. No que tange à construção civil é ainda mais impactante, pois cerca de 50% dos recursos naturais são extraídos para serem utilizados neste tipo de atividade. Consequentemente, precisamos minimizar nossos impactos no meio ambiente, já que as consequências impactam nossa qualidade de vida”, aponta Gustavo.
Os benefícios da instalação do sistema vão desde aspectos econômicos até melhorias na qualidade de vida. A utilização do telhado verde minimiza consideravelmente as despesas com energia elétrica, já que absorve até 90% mais calor comparado aos sistemas convencionais, propagando a temperatura amena para o interior da edificação e, consequentemente, reduzindo a necessidade do uso de ar condicionado. Para além disso, ajuda no escoamento da água da chuva de modo a minimizar a possibilidade de enchentes na região.
Apesar dos benefícios a curto e médio prazo, a professora Vivian Gemiliano ressalta que é importante avaliar o investimento inicial. “Acreditamos que o trabalho apresenta uma solução de cobertura mais sustentável ambientalmente, entretanto, pôde-se observar que a viabilidade econômica carece de mais estudos uma vez que a implantação do telhado verde se mostrou bem mais onerosa e também requer manutenção periódica”.
Para a comunidade acadêmica, o espaço pode funcionar como um laboratório, permitindo que os alunos tenham acesso ao conhecimento prático sobre a implementação e funcionalidade das coberturas ecológicas, além de tornar a instituição referência em sustentabilidade, inspirando ações semelhantes em edificações novas e pré-existentes na cidade e até mesmo na região.