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Jogos Virtuais inovam Gameterapia com foco em reabilitação e tratamento de transtornos

Pesquisa desenvolvida no Campus Juiz de Fora desenvolve jogos sérios que integram sensoreamento corporal e periféricos para ampliar aplicações terapêuticas.

Um projeto de pesquisa desenvolvido no Campus Juiz de Fora está contribuindo para o avanço do campo da Gameterapia ao criar jogos sérios voltados para diversas áreas de reabilitação física, desenvolvimento infantil e tratamento de transtornos mentais. Coordenada pela professora Silvana Faceroli, do Núcleo de Informática, a iniciativa foca no desenvolvimento de jogos virtuais que, além de entreter, possuem funcionalidades terapêuticas específicas, integrando sensoreamento corporal e periféricos para oferecer tratamentos mais imersivos e personalizados.

“Nossos jogos vão além do entretenimento. Eles possuem interatividade por meio de sensores, análise de dados para monitoramento e ajustes personalizados que se adaptam ao perfil de cada paciente,” explica Faceroli. Entre as inovações, destacam-se a utilização de sensores como acelerômetros e giroscópios e a integração de equipamentos periféricos, como cicloergômetros e exoesqueletos, que aumentam a imersão dos pacientes durante as sessões. “A integração de tecnologias como Raspberry PI e Arduino nos permite processar dados em tempo real e oferecer uma experiência terapêutica mais imersiva e eficaz”, acrescenta.

Esses avanços são fruto do trabalho desenvolvido no Laboratório ConectaLab, onde a equipe está à frente de projetos que já resultaram em uma variedade de jogos voltados para reabilitação motora de pacientes pós-AVC, fisioterapia pulmonar, condicionamento físico de crianças hospitalizadas e reabilitação de amputados em membros inferiores. “Estamos focados em criar jogos que realmente façam a diferença na vida dos pacientes, tornando o processo terapêutico mais lúdico e com maior adesão”, ressalta a coordenadora.

Além disso, o projeto está criando jogos para conscientização alimentar de crianças com diabetes tipo 1 e para o ensino de matemática a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na área de saúde mental, um dos jogos visa reduzir o estresse e promover relaxamento através de técnicas de respiração.

Os resultados esperados são promissores: estudos preliminares indicam que a utilização de jogos em terapias não apenas aumenta a adesão dos pacientes, mas também reduz significativamente o tempo de tratamento. Com essas inovações, o ConectaLab se posiciona como um centro de referência no desenvolvimento de tecnologias para gameterapia, com perspectivas de expansão para novas áreas de aplicação e diferentes populações de pacientes.

“O nosso objetivo é continuar avançando. O projeto possibilita o aprimoramento das técnicas já existentes e o desenvolvimento de novas tecnologias, sempre com o foco em oferecer soluções terapêuticas eficazes e acessíveis para uma ampla gama de necessidades”, conclui Silvana Faceroli.

 

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