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Mais do que existir, ser mulher é resistir!

No último texto da série sobre o Dia Internacional da Mulher, vamos falar sobre a resistência feminina, importante ferramenta para garantir conquistas.
Exibir carrossel de imagens #Pratodosverem: arte em tons de lilás. Na parte esquerda, há a silhueta da cabeça de uma mulher. O desenho é composto por outras silhuetas de cabeças de mulheres, em tamanho menor, simbolizando a multiplicidade feminina. Na primeira metade do lado direito, há a expressão "Mulheres múltiplas, 8 de março", e, embaixo, centralizada, a frase: "IF Sudeste MG celebra Dia Internacional da Mulher".

#Pratodosverem: arte em tons de lilás. Na parte esquerda, há a silhueta da cabeça de uma mulher. O desenho é composto por outras silhuetas de cabeças de mulheres, em tamanho menor, simbolizando a multiplicidade feminina. Na primeira metade do lado direito, há a expressão "Mulheres múltiplas, 8 de março", e, embaixo, centralizada, a frase: "IF Sudeste MG celebra Dia Internacional da Mulher".

As conquistas femininas são um fato inquestionável na nossa sociedade. Conquistamos espaço em diversos setores, na política por exemplo. Um exemplo disso é que temos atualmente a maior bancada feminina da história do Legislativo brasileiro. Na eleição de 2018, a bancada feminina saltou de 53 para 77 deputadas. O número é o maior já alcançado, com 15% do total de deputados. No entanto, apesar do crescimento, a igualdade ainda é um sonho distante, já que as mulheres são 51% da população brasileira. Dados como esse justificam a necessidade de resistir. Mais do que existir, a mulher brasileira precisa resistir. 

No artigo "Mulheres em resistência", Maria Clara Arruda, Ana Clara Franco, Stella Gontijo, todas integrantes da União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES, afirmam que sim, ainda é tempo de resistir: “É tempo de resistência. Para nós, mulheres, resistir é um verbo diário, que está marcado na nossa história, nas nossas conquistas, na nossa luta e na nossa revolução. Para as mulheres, resistência está diretamente ligada a liberdade, nós resistimos diariamente à organização patriarcal, LBTfóbica e racista que nos tira direitos, ataca os nossos corpos, nossos territórios e silencia as nossas vozes”.

O IF Sudeste MG constitui-se em espaço para reflexão e ações afirmativas referentes às mulheres. O Subgrupo de Mulheres, assunto de texto anterior, é um exemplo disso. Além dele, há também o Subgrupo LGBTQI+. Temos alunas e servidoras que fortalecem a resistência feminina:

 "Ser mulher lésbica na sociedade atual é mais do que ter uma vagina. É um ato político, de coragem e legitimidade. É lutar pela igualdade e combate à sexualização da mulher lésbica, em busca de respeito".

Natália Oliveira Dias, aluna de Ciências Biológicas do Campus Barbacena. 

 

 

 

"Ser mulher lésbica na sociedade atual é quebrar barreiras, é lutar por espaço, é provar que, acima dos esteriótipos, somos mulheres feitas de razões e emoções, mulheres que merecem ser respeitadas. É um privilégio fazer parte de um projeto que traz visibilidade à mulher lésbica, que assim como toda a comunidade LGBTQIA+, sofre constantemente".

Kamila Magno da Silva, aluna de Gestão de Turismo do Campus Barbacena.

 

 

 

 

 

 

"Ser mulher nos dias atuais é lutar para ter liberdade de escolhas, seu espaço e direito de voz, sem retaliação ou diminuição. É também ser pai e ser mãe, mas principalmente, ser batalhadora."

Carla Alessandra da Silva, terceirizada, Reitoria.

 

 

 

 

 

 

Mulher guerreira

"Ser mulher é acolher, é amar e se doar. É ter persistência, empatia e garra!

É assim que me dedico ao Programa Mulheres Mil desde 2011 no Campus Barbacena. O Programa tem o enfoque no acolhimento às mulheres denominadas como vulneráveis, mas o que vemos são mulheres fortes, guerreiras e determinadas, dispostas a enfrentarem tudo para crescerem e mudarem suas vidas. Meu papel enquanto coordenadora desse programa é acolhê-las, orientá-las, conduzi-las e amá-las, me doando integralmente para que elas possam crescer e se realizar e desta forma sinto que estou cumprindo o meu papel como pessoa e servidora pública".

Ser Mulheres Mil é ser guerreira!

É ter coragem!

É lutar pelos propósitos e sonhos umas das outras!

É ter empatia!

É lutar contra preconceitos!

É trabalhar o dia todo, cuidar dos filhos, da casa e ainda ter força para encarar uma sala de aula à noite!

É vencer barreiras!

É sonhar e realizar aquilo que a vida não deixou acontecer!

É estar aberta a mudanças!

Ser Mulheres Mil é escrever uma nova história!

Bianca Monteiro Marques Alves – Técnica Administrativa IF Sudeste MG Campus Barbacena e Coordenadora do Programa Mulheres Mil no IF Sudeste MG Campus Barbacena.

Em todos os textos desta série pudemos ouvir mulheres múltiplas, com diferentes histórias e pontos de vista. Em comum, todas têm a força para lutar, para resistir e para acolher. O IF Sudeste MG parabeniza a todas as mulheres e orgulha-se de ser espaço de reflexão, resistência e acolhimento.

Conforme o dicionário, a palavra resistir significa conservar-se firme, não sucumbir, não ceder. Em todos os depoimentos a palavra "luta" apareceu, e isso não é mera coincidência, é um retrato da sociedade em que vivemos, em que lutar faz parte do cotidiano feminino. Mas, a força, a coragem e a resistência feminina existem e não sucumbirão! Sigamos juntas, ainda que momentaneamente separadas, na luta por uma sociedade mais igualitária. 

Parabéns a todas as mulheres guerreiras do IF Sudeste MG que, em sua multiplicidade, contribuem para escrever uma nova história!


*Texto com informações do artigo Mulheres em resistência, de  Maria Clara Arruda, Ana Clara Franco e Stella Gontijo. O texto está disponível no site da no link: https://ubes.org.br/2019/artigo-mulheres-em-resistencia/.

*O texto traz dados retirados do site https://www.camara.leg.br.