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Ex-atleta Márcia Fu relembra sua carreira de sucesso no voleibol

Ela contou como começou sua trajetória no esporte e como foi conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

 Fotos: Franz Mosqueira

Márcia Fu faz palestra em Rio Pomba
Márcia mostra orgulhosa a medalha de bronze conquistada em Atlanta em 1996

Determinação, foco e respeito são as palavras que guiaram a ex-jogadora de vôlei Márcia Fu em sua trajetória no esporte. Ela esteve no Campus Rio Pomba no dia 24 de maio para falar um pouco sobre como se tornou uma atleta de ponta, chegando a ser medalhista olímpica. “Independente do que vão fazer na vida, dêem seu melhor, façam tudo com amor”, aconselhou a ex-atleta. O evento foi organizado pelo curso de Licenciatura em Educação Física.

Márcia contou que começou no vôlei no Sport Club, em Juiz de Fora. Ainda adolescente, foi jogar no Minas Tênis, em Belo Horizonte. “No início, passei muitas dificuldades. Minha família me ligava e eu dizia que estava tudo bem, mas, muitas das vezes, não estava. Porém, não queria voltar como uma derrotada e, graças a Deus, consegui vencer.”

Aos 18 anos, foi convocada para sua primeira olimpíada: Seul em 1988. Mas só se consagrou como titular do time quatro anos depois, em Barcelona. “Em Seul, ficamos em 7º lugar. Já era uma conquista e tanto para nós. Era difícil até nos classificarmos para os jogos. Já em Barcelona, ficamos com o 4º lugar. Ali vimos que tínhamos condição de estar no topo. Em Atlanta, em 1996, conseguimos a primeira medalha olímpica do voleibol feminino”, contou, mostrando a medalha de bronze.

Para ela, seu principal desafio sempre foi vencer Cuba. “Não só em quadra, mas também na minha cabeça”. Ela lembrou que, nos anos 90, o time cubano era considerado imbatível. “Elas viviam para aquilo. O governo incentivava para que fossem as melhores. Elas tinham que ser vitoriosas mesmo”. Porém, quando sua equipe começou a vencer as partidas, Márcia concluiu que o Brasil havia alcançado o nível de melhores do mundo.

Márcia Fu faz palestra em Rio Pomba 1
Estudantes e servidores lotaram o Salão Nobre para ouvir a ex-atleta

O desafio psicológico era traduzido também pelo nível de provocações trocadas entre cubanas e brasileiras. Márcia Fu era uma das mais “encarava” as cubanas na rede. “Elas nos xingavam. Aquilo só aumentava minha raiva. E eu metia a mão na bola com mais força”, lembra a brasileira que até hoje é lembrada pela briga com Mireya Luis, de Cuba, na semifinal das Olimpíadas de Atlanta.

Como atleta de alto rendimento e pouco investimento em tecnologia na preparação de jogadores de vôlei, Márcia sofreu com lesões graves. Ela passou por sete cirurgias no joelho e outra no ombro. “Fazíamos muitos exercícios sem as tecnologias de hoje. Tudo era mais pesado. Além da musculação, também treinava muito salto sem as proteções de impacto.”

Apesar de todos os problemas, ela não desistiu de ter a carreira de sucesso. “Eu jogava com vontade, com amor e com respeito aos companheiros. Só vencem aqueles que são fortes."

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