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Agosto Lilás: Programa Mulheres Mil trabalha no combate à violência contra a mulher

O Programa Mulheres Mil vem atendendo mulheres em situação de vulnerabilidade social desde 2011.
#Pratodosverem: Foto da logo do Programa Mulheres Mil

#Pratodosverem: Foto da logo do Programa Mulheres Mil

A campanha Agosto Lilás foi criada em alusão ao aniversário da Lei Maria da Penha, elaborada em 07 de agosto para defender os direitos das mulheres em situação de violência. Dessa forma, o Campus Barbacena decidiu dar ênfase aos trabalhos desenvolvidos pela equipe do Mulheres Mil, Programa que vem atendendo mulheres em  situação de vulnerabilidade social desde 2011. 

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio. Segundo Bianca Monteiro, Coordenadora do Programa, a  violência doméstica acontece muito mais do que imaginamos e de diversas formas. “A violência pode se dar de forma física, verbal e sexual. É de suma importância falar sobre isso e dar destaque às ações que podem ajudar as mulheres a saírem da situação de violência”, destaca.

Bianca conta que durante o programa, a equipe trabalha com questões sociais, de autoestima e empoderamento. Um dos temas trabalhados é a violência doméstica, quais suas formas e como agir caso seja vítima. “Tivemos muitos relatos de mulheres que viviam em situação de violência, principalmente psicológica e não sabiam como agir. Um caso que me chamou muita atenção foi de uma mulher que iniciou o Programa e participou de uma palestra sobre a Lei Maria da Penha. Na aula seguinte ela não apareceu. Entramos em contato, como sempre fazemos e o marido atendeu e disse que ela não voltaria porque nós estávamos colocando ela contra ele. Investigamos e descobrimos que ela era vítima de violência doméstica, mas sempre aceitou porque achava normal já que na sua casa também era assim”, relata.

O Programa Mulheres Mil trabalha também com a profissionalização. Bianca e sua equipe oferecem qualificação para as mulheres, a fim de que elas possam conseguir um emprego ou até mesmo abrirem um negócio. ”Trabalhamos muito para que essas mulheres consigam independência financeira. É um dos pontos primordiais, já que muitas mulheres agredidas continuam com o agressor por dependerem financeiramente dele.”

“É muito importante que todas as pessoas, principalmente as mulheres, conheçam a existência da Lei Maria da Penha. Mulheres têm voz, podem e devem procurar por seus direitos”, finaliza Bianca. 

 

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