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Estudo publicado por egressos do Campus Barbacena revela a ecotoxicidade de corante têxtil

O artigo foi publicado em 2024, em um periódico Qualis A4.

"O nosso corpo é formado por cerca de 2/3 de água e, em época de crise hídrica, temos que pensar em como conservar as águas e o nosso ambiente. O ambiente aquático e o solo podem ser contaminados pelos corantes têxteis utilizados em nossos vestuários.

E o que a minhoca e a alface têm a ver com esse ambiente contaminado? Estes seres são bons indicadores biológicos por responderem a alterações no meio que se encontram e, ao observar tais alterações, podemos entender sobre a saúde ambiental e a intoxicação, ou seja, sobre a ecotoxicidade.

A pesquisa com minhoca (Eisenia fetida) e alface (Lactuca sativa) tem sido recomendada por serem organismos modelos, segundo recomendação de entidades brasileiras e mundiais, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Organização Internacional de Padronização (ISO) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD).

O estudo objetivou avaliar o potencial tóxico do corante têxtil Vermelho Direto 09 sobre minhocas adultas e sobre a germinação e o desenvolvimento inicial da alface. O resultado foi a alteração no corpo das minhocas, podendo até matar nas maiores concentrações, e a redução da germinação de sementes e do crescimento das plantas jovens expostas.

Tal estudo foi desenvolvido no Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE, IF Sudeste MG - Barbacena) em parceria com o Laboratório de Eco(geno)toxicologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), sendo conduzida por egressos da Licenciatura em Ciências Biológicas do IF Sudeste MG - Campus Barbacena: Leonardo Mendes da Silva (Doutorando UFLA), Vanessa de Souza Vieira Dutra (docente), Ana Letícia Borgo (docente), Carla Maria Souza Nascimento (docente); sob orientação de José Emílio Zanzirolani de Oliveira (Docente, IF Sudeste MG - Barbacena).

O artigo, “Ecotoxicidade do corante Vermelho Direto 09 utilizando Eisenia fetida (Savigny in Cuvier, 1826) e Lactuca sativa L. como indicadores biológicos”, foi publicado em 2024 no Journal of Environmental Analysis and Progress, volume 9, número 3, páginas 196–204, Qualis A4, com acesso pelo link: <https://www.journals.ufrpe.br/index.php/JEAP/article/view/5910>.

'Percebemos a toxicidade do corante no ambiente. Esse fato demonstra que é importante observar, testar e obter resultados que nos permitam o repensar de cada atitude nossa no planeta. A semente do amanhã, plantada hoje, tem que gerar mentes capazes de trazer respostas e produtos com a qualidade ambiental desejada', afirmam os autores, no dia do biólogo (03/09/24).'

Fonte: Leonardo Mendes da Silva e José Emílio Zanzirolani de Oliveira.

 

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