Pesquisa confirma os benefícios da coinoculação de bactérias para a produção de soja

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica internacional Applied Soil Ecology (https://doi.org/10.1016/j.apsoil.2021.103913). O professor Julierme Zimmer Barbosa, do Núcleo de Agricultura do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais - Campus Barbacena, liderou o estudo, que também conta com a participação de pesquisadores da Embrapa Soja, do Centro Universitário Ingá, da Universidade Federal Tecnológica do Paraná, da Universidade Estadual Paulista e da Universidade de Brasília.

Foi realizada uma análise conjunta a partir de 51 estudos realizados em condições de campo nas principais regiões produtoras de soja do país. Os resultados indicaram que a coinoculação aumentou o peso de raízes, número e peso de nódulos, concentração de nitrogênio na parte aérea e nos grãos e, rendimento de grãos.

Resposta da soja à coinoculação com Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium spp. em comparação a inoculação apenas com Bradyrhizobium spp.

Foi constatado que o efeito da coinoculação foi maior quando a soja foi cultivada em solos sob sistema de plantio direto, uso de cultivares de soja de crescimento determinado e com a aplicação de Bradyrhizobium japonicum+Bradyrhizobium diazoefficiens. Os resultados indicam que devido ao maior crescimento radicular, a soja coinoculada pode suportar melhor condições de deficiência de água, comum em períodos de veranico. Assim, pode-se dizer que a coinoculação de bactérias é uma eficiente biotecnologia que contribui para a sustentabilidade da produção de soja no Brasil.

Mais informações – enviar e-mail para julierme.barbosa@ifsudestemg.edu.br

Texto:  Julierme Zimmer Barbosa