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Professor da Campus Barbacena lidera estudo que publica primeiro mapa de susceptibilidade magnética dos solos do Brasil

O professor Julierme Zimmer Barbosa, do Campus Barbacena, liderou o estudo, que também contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal Tecnológica do Paraná, da Universidade Federal de Lavras e da Universidade Federal do Paraná.

Com a síntese de dados legados e modelagem foi avaliada de forma pioneira a variabilidade espacial da susceptibilidade magnética (SM) dos solos de todo o território brasileiro. Vale destacar que a SM, que é uma medida do grau de magnetização de um material em resposta a aplicação de um campo magnético, vem sendo utilizada com uma ampla gama de objetivos e em diversas áreas no estudo de solos e outros materiais.

 Divulgação

Resumo gráfico da metodologia e resultados do mapeamento da susceptibilidade magnética dos solos do Brasil.

A pesquisa foi publicada na revista científica internacional Journal of South American Earth Sciences (https://doi.org/10.1016/j.jsames.2021.103191). O professor Julierme Zimmer Barbosa, do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais-Campus Barbacena, liderou o estudo, que também contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal Tecnológica do Paraná, da Universidade Federal de Lavras e da Universidade Federal do Paraná.

Os resultados indicaram que o material de origem dos solos foi o principal fator relacionado com a distribuição espacial dos valores de SM, sendo que extensas áreas de solos magnéticos foram associadas com áreas de rochas ígneas básicas (sobretudo basalto) e com rochas sedimentares ricas em ferro (Quadrilátero Ferrífero). A variação da SM foi relacionada com maior intensidade com os teores de óxidos de ferro e argila dos solos, indicando que a maghemita é o mineral que mais contribui para o magnetismo dos solos brasileiros. Houve tendência de aumento da SM na medida em que os solos apresentaram coloração mais avermelhada, melhor drenagem e maior grau de intemperismo. Os solos que apresentaram maiores valores de SM foram Nitossolo Vermelho, Nitossolo Bruno, Latossolo Vermelho e Latossolo Bruno, sendo as únicas classes de solos a apresentar mais que 2% de amostras com valores muito altos de SM. Além disso, no estudo os autores fazem uma proposição de faixas de interpretação dos valores de SM para os solos brasileiros.

Mais informações – enviar e-mail para: julierme.barbosa@ifsudestemg.edu.br

Texto: Julierme Zimmer Barbosa

 

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