Professores do Campus Barbacena publicam o artigo "Meta-análise das respostas do milho à inoculação com Azospirillum brasilense no Brasil: benefícios e lições para melhorar a eficiência da inoculação"

O artigo é resultado do estudo realizado através de uma metanálise com 60 estudos publicados entre 2010 e 2021, compreendendo 103 ensaios de campo em 54 localidades do Brasil, com o objetivo de avaliar os benefícios e fatores que afetam a eficiência da inoculação de milho do milho com A. brasilense.. Entre os resultados encontrados, podem ser destacados:

- A inoculação do milho com as bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP) Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) aumentou de forma impressionante no Brasil na última década.

- Os resultados mostraram que a inoculação de bactérias aumentou 12,1% da massa radicular, 4,3% da concentração foliar de N, 5,4% do rendimento de grãos e 3,6% de N nos grãos. A análise de cultivares, condições edafoclimáticas e outras detectou efeitos positivos da inoculação no milho em todas as condições de estudo e faixas de produção.

- No entanto, os benefícios da inoculação foram maiores em rendimentos ≤ 3.000 kg / ha (+ 21%) do que entre 3.000 e 12.000 kg / ha (+ 1,5% a + 6,2%), e as respostas de rendimento foram mais eficazes em taxas de N mais baixas (≤ 50 kg / ha, + 8%) que nos níveis superiores (> 200 kg / ha, + 3,8%).

- A inoculação das sementes foi mais eficiente do que a inoculação via spray foliar, principalmente pela aplicação de inoculantes sólidos (turfa) (+ 9,5%) do que as formulações líquidas (+ 5,5%). A inoculação por spray foliar apresentou efeito positivo no rendimento de grãos (+ 3,1%) apenas quando realizada nos estágios iniciais de crescimento vegetativo (V2-V3).

- A inoculação com A. brasilense representa uma importante ferramenta de biotecnologia para aumentar a produtividade e o valor nutricional das lavouras de milho na maioria das condições agronômicas e ambientais tropicais e subtropicais.