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Estudantes criam startup e são finalistas em desafio nacional da Embrapa

Laís Alves da Silva e Jefferson Luís da Silva criaram a plataforma EnergyEasy para gerar energia elétrica a partir da pressão estabelecida pelo peso gado em contato com o piso. Resultado será divulgado na próxima sexta-feira (22).

Desafio StartupUma plataforma capaz de gerar energia elétrica a partir da pressão estabelecida pelo peso do gado em contato com o piso é uma das finalistas no Desafio de Startups, promovido pela Embrapa através do projeto Ideas for Milk. A ideia, batizada como EnergyEasy, é dos estudantes Laís Alves da Silva, do curso de Sistemas de Informação; e Jefferson Luís da Silva, do curso de Engenharia Mecatrônica. Eles embarcam para São Paulo onde participam de um curso de capacitação oferecido pela empresa e vão conhecer os vencedores da competição na próxima sexta-feira (22).

No total foram 57 startups inscritas em todo o país, sendo sete selecionadas por uma equipe de mentores formada por profissionais ligados ao agronegócio e às tecnologias de informação e comunicação. O desafio tem como objetivo a criação de soluções digitais aplicadas à pecuária leiteira. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Wagner Arbex, os desafios do setor são muitos, possibilitando abrir oportunidades para novos empreendedores. “As ideias que envolvem tecnologias digitais ainda são o ‘carro-chefe’ do evento, mas o agronegócio do leite aguarda soluções relacionadas a designer industrial, embalagens, equipamentos, aproveitamento de resíduos, nanotecnologia, desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços e tecnologias em geral”, diz Arbex.

A ideia do EnergyEasy é a criação de uma plataforma que tem capacidade de gerar tensão elétrica em resposta à pressão mecânica feita pelo bovino ao andar sobre este piso. Esta energia pode ser utilizada na propriedade rural, reduzindo custos de produção. “A força do caminhar do boi, ou seja, do impacto da sua força no contato com o piso, vai gerar energia, contribuindo para redução dos custos de manutenção da fazenda”, explica Laís, sem revelar mais detalhes do projeto, para manter o sigilo necessário para o processo de patente. 

Mesmo acreditando no potencial da ideia, ela se mostrou surpresa com o resultado, já que a maioria dos participantes inscritos é de pessoas consolidadas no mercado, muitas delas já com empresas estabelecidas. “A nossa ideia está sendo bem aceita, pois demonstramos muito claramente sua viabilidade e eficiência. Vimos esse desafio como uma oportunidade para mostrar nosso trabalho e todo esforço que tivemos já foi compensado com essa classificação final”. 

Para Jefferson, a competição vai possibilitar uma maior visibilidade do projeto, já que estarão em contato com vários profissionais da cadeia produtiva do leite, sendo possível capitalizar a ideia e fazer novos negócios. “Nossa ideia está muito bem consolidada. Tivemos decisivo apoio do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nittec), dando dicas para padronizar o projeto e intermediando junto aos professores a autorização para que pudéssemos utilizar os laboratórios do Campus Juiz de Fora, principalmente no período de férias. Trabalhamos intensamente e já estamos recebendo o feedback dessa dedicação”.

 

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