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Estudo expõe vantagens econômicas em sistema de reuso de água

Trabalho foi feito pelo estudante Lucas Rocha Miranda na conclusão do curso de especialização em Sustentabilidade na Construção Civil.
Exibir carrossel de imagens Site do Seminário da Floresta

Lucas Machado Rocha, engenheiro civil e mestre em Mecânica das Estruturas, concluiu a sua especialização em Sustentabilidade na Construção Civil no Campus Juiz de Fora, com um estudo de caso sobre a implantação de um sistema de baixo custo para reaproveitamento de água. O trabalho de conclusão de curso expôs um relatório detalhado de uma obra realizada no Seminário da Floresta, uma casa de retiros localizada em Juiz de Fora, onde houve receptividade na adoção de técnicas mais sustentáveis no consumo de recursos hídricos.

Quando se trata de água, a principal medida sustentável imaginada em senso comum é o reaproveitamento. Segundo Lucas, esta técnica permite uma economia significativa. “É fácil encontrar estudos que apontem economias de até 50% ao se reutilizar águas pluviais, e esse potencial é ainda maior quando se imagina a reutilização das chamadas águas cinzas (que já foram utilizadas para lavar louças, roupas ou até tomar banho). Mas, além do reuso, técnicas simples como a utilização de vasos sanitários de caixa acoplada com seletor de volume, instalação de aeradores nas torneiras e até a utilização de redutores de pressão em chuveiros podem representar economias significativas”, explica.

De acordo com o engenheiro, existe um padrão pré-estabelecido no mercado para instalação de sistemas de reuso de água, com nível de eficiência muito alto. Entretanto, o seu alto custo de instauração e manutenção, aliada à sua complexidade, pode desencorajar potenciais clientes. Assim, a ideia do trabalho foi mostrar como é possível analisar as características individuais de cada local, buscando uma alternativa que seja mais atrativa tanto tecnicamente quanto economicamente. “Mesmo que o sistema não apresente a mesma eficiência de outros mais sofisticados, lembra-se que a sustentabilidade deve-se embasar não só no aspecto ambiental, como no econômico e social. Assim, o conjunto utilizado no empreendimento relatado é consideravelmente mais abrangente nestes últimos dois aspectos sustentáveis”.

No empreendimento executado no Seminário da Floresta, além da adaptação realizada no espaço até então inutilizado, pode-se afirmar que a maior adequação realizada refere-se ao sistema de esgotamento sanitário da edificação reformada. Antes, onde existia um complexo de fossa sanitária e sumidouro, decidiu-se retirar a fossa e incluir um biodigestor anaeróbio para tratamento dos rejeitos. Esta medida se fez necessária para evitar o lançamento direto de resíduos em corpos d'água ou lençóis freáticos, mas observou-se o potencial em se utilizar as águas tratadas do biodigestor para uma segunda utilização, na rega de grama e árvores não-frutíferas. Para o empreendimento estudado, esta medida tem um potencial de reutilização de até 1090 Litros ao dia, o que reduz consideravelmente o valor gasto nas contas de água. 

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