Pequeno documentário em vídeo apresenta projeto de alfabetização midiática para população de terceira idade

Você sabe o que significa literacia midiática? Ela envolve nossa capacidade de consumir e produzir conteúdo de maneira responsável e crítica nas diferentes plataformas de mídia, tanto para nos informarmos quanto para expressarmos nossas opiniões e termos um exercício pleno de nossa cidadania. Baseado nessas premissas, o projeto de extensão "Literacia Midiática na terceira idade" realiza minicursos virtuais gratuitos para um uso consciente dos meios digitais. A iniciativa é do jornalista do Campus Juiz de Fora, Pedro Farnese, e conta com a parceria do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Paulista (Unip). A Assessoria de Comunicação do Campus JF conversou com os participantes e preparou um pequeno documentário em vídeo para a editoria "Feira de Ciências" que você confere clicando aqui.   

Ele explica que as atividades propostas buscam averiguar as apropriações e o consumo de notícias em redes sociais pelo público da terceira idade, compreendido na faixa etária a partir dos 55 anos. "Nosso principal objetivo é dar aos participantes noções de alfabetização midiática, tratando de temas como tecnologia, redes sociais, fake news e implicações legais em difusão de informações, principalmente neste período de pandemia.”

Com relação à literacia midiática, a professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura das Mídias da Universidade Paulista (Unip), Carla Montuori, explica que são muitos os benefícios trazidos por ações como essa. “Um dos principais está relacionado a possibilidade de adaptar os indivíduos no contexto moderno das novas tecnologias. Para o público idoso, em especial, isso representa uma possibilidade de inclusão social, além de ser também um alerta sobre os distintos riscos que corremos no universo digital, como notícias falsas, roubo de dados, fraudes, dentre outros.”

O minicurso foi planejado em quatro módulos. Os dois primeiros trabalham noções gerais de uso de smartphones, computadores e redes sociais, como Instagram, Whatsapp e Facebook. Já os dois últimos são voltados para a conscientização sobre notícias falsas e seus impactos em nossas vidas, além de formas de verificação para saber se uma informação encontrada na internet é, de fato, verdadeira. Os primeiros participantes já concluíram sua formação, mas nos próximos meses novas turmas serão abertas.

Colaboradora externa do projeto, a jornalista Luciana Janizello ressalta a importância de manter um contato individualizado com cada participante, segundo ela, um diferencial que reflete o carinho e atenção envolvidos na elaboração das oficinas. O atendimento se dá via Whatsapp e cuida para que dificuldades de conexão ou de acesso às plataformas sejam sanadas e, após a semana de aula, para saber se houve alguma dúvida e checar o recebimento do kit, com apostilas, histórias em quadrinhos e todo o conteúdo trabalhado durante as reuniões. 

“Além desse contato que a gente mantém via Whatsapp, o que eu acho mais legal do projeto é trabalhar junto com eles. Nós preparamos a aula para passar o conteúdo, mas estamos muito abertos ao que eles trazem, porque esse público de terceira idade tem uma vivência incrível de vida, então a gente tenta aproveitar todas essas referências e experiências que eles têm”, completa Luciana.

Participantes destacam a importância de identificar fake news

Participante nas primeiras turmas do projeto, Antônio de Pádua dos Santos conta que sua intenção era saber mais sobre o assunto e se precaver contra as fake news. "Minha experiência ao participar do curso foi de muita valia, pois consegui me conscientizar dos cuidados ao acessar informações na internet, bem como só confiar em notícias veiculadas por mídias sérias e de credibilidade, principalmente neste momento de crise sanitária, social, econômica e política que estamos enfrentando no país." 

Zenaide Barbosa também participou do minicurso e revela que  o principal foi aprender como se defender das possíveis ameaças do ambiente digital. "O curso foi interessante, produtivo e esclarecedor. Principalmente pelo suporte oferecido, que foi fundamental para que conseguisse acessar as plataformas e manter o contato com os organizadores.” 

O projeto “Literacia Midiática na terceira idade: apontamentos para o reconhecimento de fake news nas redes sociais virtuais” continua suas atividades e os interessados podem se inscrever para as próximas turmas através do e-mail literamidia.jf@ifsudestemg.edu.br. Lembrando que o minicurso é voltado para população acima de 55 anos. A inscrição é gratuita e os encontros acontecem de forma remota, através do Google Meet.