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Projeto promove a educação ambiental por meio da elaboração de materiais didáticos

A ação é pioneira na cidade e aborda a importância da coleta seletiva e do trabalho desenvolvido pelos catadores

O projeto “Elaboração de materiais didáticos, visando ao fortalecimento da coleta seletiva de Juiz de Fora e das associações de catadores de materiais recicláveis da cidade", promove a conscientização ambiental a partir do desenvolvimento de dois produtos didáticos: a produção de um documentário e de uma HQ (história em quadrinhos),  retratando o papel desempenhado pelas associações de catadores da cidade. A Assessoria de Comunicação do Campus JF conversou com os participantes e preparou um pequeno documentário em vídeo para a editoria "Feira de Ciências" que você confere clicando aqui.   

Coordenado pelo professor Ciro Vale, do Núcleo de Geografia, a iniciativa está sendo construído em parceria com a Incubadora Tecnológica de Cooperativas (Intecoop) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que oferece o suporte na diagramação da HQ e na gravação e edição do conteúdo audiovisual. O Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental (GEA/ UFJF) também fornece auxílio na elaboração do projeto, atuando na sistematização da construção do conhecimento junto aos bolsistas, além de agregar na metodologia aplicada para a construção do roteiro. 

A proposta da elaboração de um material de educação ambiental pode contribuir  no aumento dos índices de coleta seletiva, um dos grandes problemas ambientais que envolve a gestão pública municipal, levando em consideração que o percentual deste tipo de assistência realizada  em Juiz de Fora é de 0,23%, menor que a média nacional de 3%. “Para que esse cenário possa mudar, há a necessidade urgente de um amplo processo de educação ambiental para melhorar os índices da coleta seletiva e a participação dos catadores nessa etapa é fundamental. O nosso projeto pode contribuir no fortalecimento desse processo a partir dos materiais didáticos que serão produzidos”, aponta Ciro. 

O conteúdo produzido será entregue em algumas escolas da rede municipal. Dessa forma, é possível trazer uma nova compreensão acerca do tema para os estudantes, fazendo a abordagem não só sobre a importância da coleta em si, mas de todo o processo, inserindo os catadores como agentes socioambientais que atuam ativamente na resolução de problemas urbanos. 

As ações a serem realizadas são discutidas em reunião virtual com a participação de todos os envolvidos no projeto. Entre as atividades já desempenhadas, os bolsistas avaliaram as potencialidades e fragilidades de três associações de catadores e materiais recicláveis de Juiz de Fora, através de extensa pesquisa do histórico das mesmas. Além disso, os discentes pesquisam os pontos comuns entre as associações para que, posteriormente, participem de oficinas voltadas para a sistematização na elaboração da HQ e do documentário. “Dali os bolsistas serão divididos a partir de suas habilidades e trabalharão separadamente para o desenvolvimento dos produtos didáticos”, explica Ciro. 

O objetivo central é disponibilizar ambos os produtos à Secretaria de Educação de Juiz de Fora, que poderá atender, futuramente, 41 mil alunos de 101 escolas da rede municipal. A falta de materiais específicos acerca do tema limita a discussão em sala de aula e não permite o aprofundamento de informações essenciais. Com a elaboração desses materiais, será possível  contribuir diretamente no processo de educação ambiental, promovendo expectativa de melhoria nos índices de coleta seletiva local, além de ressaltar a importância dos catadores de materiais recicláveis. 

“Que os produtos didáticos contribuam para a visibilidade desses importantes atores sociais. Assim, esses homens e mulheres terão as suas histórias ressignificadas junto à sociedade, mostrando sua importância na coleta seletiva e na cadeia de reciclagem como um todo, contribuindo para o fim ou a diminuição dos estereótipos que rondam esses agentes ambientais. Além disso, o Campus de Juiz de Fora se consolidará ainda mais como uma instituição de ensino sensível às pautas ambientais, já que há algum tempo é parceira da Associação Lixo Certo (Alicer) em diversas ações extensionistas”, finaliza Ciro. 

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