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Psicóloga do Campus JF avalia como o bullying pode afetar rotina escolar e saúde mental

No dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na escola, Vanessa Quintão apresenta como o Campus Juiz de Fora atua em situações do tipo.

Os impactos do bullying na vida de crianças e jovens podem ser muito graves, ocasionando sensações de desmotivação, insegurança, ansiedade e baixa estima. Isso se intensifica quando as vítimas não conseguem encontrar ajuda e enfrentam sozinhas as situações  recorrentes de humilhação ou violência. Para alunos que passam por isso, um dos primeiros sintomas é a perda do interesse pela escola por acreditarem que não são bons o suficiente para as tarefas ou mesmo para integrar um grupo, como conta Vanessa Quintão, psicóloga do Campus Juiz de Fora que nos ajuda a entender mais sobre o assunto.

Bullying é um termo que faz referência a um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, expressados por um ou vários indivíduos contra outros. “Tais interações estabelecem uma relação desigual de poder, dificultando uma reação ou defesa entre as vítimas”, explica Vanessa. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) feita pelo IBGE, 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying nos 30 dias anteriores à coleta dos dados. Os principais motivos foram aparência do corpo, do rosto, cor ou raça. A coleta dos dados foi feita antes da pandemia, entre abril e setembro de 2019, com 188 mil estudantes de todo país entre 13 e 17 anos.

No mesmo trabalho, foi identificado que 13,2% dos jovens já passaram por essas situações em redes sociais ou aplicativos, o que é configurado como cyberbullying, quando as agressões acontecem em ambientes virtuais como as redes sociais. Um aspecto ainda mais cruel no cyberbullying é que a exposição da vítima é maior, através do compartilhamento de vídeos, fotos ou comentários maldosos.

“É preciso saber que sofrer bullying não é aceitável e que não há motivos para se sentir envergonhado. Nem sempre as situações se resolvem com o tempo e as consequências dos insultos podem acompanhar a vítima por toda sua vida.”  Por isso, a psicóloga ressalta a importância de o aluno vítima de bullying saber que não precisa passar por tudo isso sozinho. “O sofrimento não fortalece, apenas faz adoecer e deixa cicatrizes. Precisamos informar a todos que existe uma rede de apoio entre os profissionais que trabalham na escola para lidar com esses casos.”

Em situações de bullying, os envolvidos atuam em papéis diferentes: há o agressor, a vítima e os espectadores. Espectadores são todos aqueles que testemunham a prática de bullying, seja presencialmente ou online, e são peças importantes na ajuda a seu combate. Observar acontecimentos do tipo é sempre perturbador e pode desencadear sentimentos de ansiedade ou insegurança, mas todos têm a possibilidade de fazer a diferença positiva. 

“Acredito que é importante destacarmos que a empatia e a solidariedade são os instrumentos mais eficazes que temos na luta contra o bullying e a violência na escola. Em tempos de intolerância e radicalismos, precisamos fortalecer esses valores”, coloca Vanessa. Qualquer estudante ou servidor que souber de uma situação de bullying ou cyberbullying pode buscar apoio e orientação junto à equipe multidisciplinar do Campus, especialmente na Assistência Estudantil, no Centro de Atenção ao Discente ou no Centro de Ações Pedagógicas. 

“Quando recebemos demandas relacionadas a esses temas, atuamos em três frentes: no apoio e suporte emocional da vítima, no acolhimento/orientação dos demais alunos envolvidos ou espectadores, na conscientização do agressor, e quando necessário, fazemos o  encaminhamento de uma sanção disciplinar, de acordo com o Regulamento de Conduta Discente”, conclui.

Seguem abaixo os contatos dos órgãos citados na matéria:

Assistência Estudantil: assistenciaestudantil.jf@ifsudestemg.edu.br 

Centro de Atenção ao Discente: cad.jf@ifsudestemg.edu.br 

Centro de Ações Pedagógicas: equipe.cap.jf@ifsudestemg.edu.br 

 

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