Campus Manhuaçu celebra mês da Consciência Negra com atividades educativas e culturais

O Campus Manhuaçu realizou, no dia 30 de novembro de 2024, uma programação especial em comemoração ao mês da Consciência Negra. Organizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) da unidade, o evento integrou palestras, rodas de conversa e oficinas com o objetivo de fomentar reflexões sobre questões raciais e valorizar a cultura afro-brasileira.

A abertura foi conduzida pelo presidente do NEABI, professor Loham Santos da Silva, com a palestra “Como ser antirracista?”, inspirada no livro O Pequeno Manual Antirracista, da escritora Djamila Ribeiro. Durante a apresentação, foram abordados temas como letramento racial, negritude, racismo linguístico e ações afirmativas, reforçando a importância de práticas antirracistas no cotidiano.

Na sequência, a professora Mayra Albuquerque, vice-presidente do NEABI, apresentou a palestra “Diversidade Racial no Mercado de Trabalho”, discutindo a relevância da justiça social no ambiente corporativo. O tema destacou a necessidade de ações efetivas por parte das empresas para garantir oportunidades iguais a todas as pessoas, independentemente de sua origem ou cor.

Além das palestras, Ludmila e Flávia, integrantes do Coletivo Negritude Ubuntu de Manhuaçu (grupo de grande relevância na promoção da luta contra o racismo na região), trouxeram contribuições valiosas para o evento. Ludmila liderou uma roda de conversa sobre o cenário local de luta contra o racismo, promovendo um espaço de troca de experiências e fortalecimento da conscientização. Em seguida, Flávia ministrou uma oficina de confecção de bonecas ABAYOMI, envolvendo alunos na valorização da cultura afro-brasileira. As bonecas, feitas apenas com nós em tecidos, remetem às tradições de mulheres negras que, nos navios negreiros, criavam esses artefatos para confortar e alegrar as crianças.

Para o professor Loham, o evento foi fundamental para fortalecer a discussão sobre a temática racial na instituição. “Essas atividades foram essenciais para disseminar o letramento racial e incentivar práticas antirracistas entre nossos estudantes, ampliando o conhecimento e promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva.”

A iniciativa reafirma o compromisso do Campus Manhuaçu com a educação como ferramenta de transformação social, destacando a importância de ações que celebrem e valorizem a diversidade.