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Servidora projeta aplicativo de passeio virtual voltado a alunos em potencial
#pratodosverem: a imagem mostra a frente de um pequeno ônibus verde, com arcos vermelhos nas laterais indicando a ideia de movimento. O veículo é acompanhado do nome Rolê no IF, escrito em preto, à direita do ônibus.
Em junho, a servidora Elisa Carmo Franco de Almeida realizou a primeira defesa de dissertação do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT). A sua pesquisa resultou na dissertação "É este curso que eu quero: a Comunicação Pública na promoção de conhecimento e prevenção da evasão no Ensino Médio Integrado” e no aplicativo Rolê no IF , cujo desenvolvimento técnico (programação) foi feito pela graduanda em Ciência da Computação, Rayanne Bertolace Lima.
O aplicativo possibilita um passeio descontraído pelo IF Sudeste MG. Contudo, como se trata de um protótipo, este "passeio" virtual está restrito ao Campus Rio Pomba e a detalhes em vídeos, fotos e textos específicos sobre o Técnico Integrado em Agropecuária. O curso de Agropecuária tem o maior índice de evasão entre os integrados ao Ensino Médio.
Ideia e objetivos
A servidora relata que a ideia partiu de um diagnóstico do próprio IF Sudeste MG a respeito da evasão no Ensino Médio Integrado no Campus Rio Pomba. No documento "Plano Estratégico para a Permanência e Êxito" da instituição, consta que "muitos estudantes manifestam, antes de desistir (de um curso integrado), que esperavam outro tipo de curso ou de carga horária, menos exigente".
Diante de tal diagnóstico, o aplicativo pretende promover o conhecimento da identidade do curso, a aproximação entre Campus e estudantes, e, consequentemente, contribuir para diminuir a evasão escolar:
“O principal objetivo, a curto prazo, é promover conhecimento sobre a identidade deste curso, dando condições aos adolescentes (principalmente os do 9º ano fundamental) de decidirem, por si mesmos, se aquela proposta de formação é interessante ou não para suas vidas. O aplicativo também busca uma aproximação do Campus Rio Pomba com adolescentes, ao levar em conta a forma como este público se comunica e quais são seus interesses. O objetivo a longo prazo é a prevenção da evasão escolar, pois ao combater o problema da falta de conhecimento sobre um curso, evita-se que os estudantes (candidatos em potencial) se sujeitem à frustração de perceber que não se identificam com um curso somente depois de ingressarem no IF”, explica a servidora.
Aplicação
Até o momento, o aplicativo foi disponibilizado apenas para validação (testes e coleta de impressões), da qual participaram adolescentes internos e externos ao Campus Rio Pomba, além do coordenador do curso de Agropecuária.
“De uma forma geral, o protótipo foi muito bem aceito e constatou-se que cumpre seu objetivo principal, de promover conhecimento e conscientizar sobre uma possível escolha profissional. Contudo, da forma como se encontra, o aplicativo é insuficiente para atender a todo o Ensino Médio Integrado”, avalia Elisa.
Uma versão mais completa está em construção, já que que um projeto de ampliação foi aprovado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Edital 03/2018): “Nossa equipe trabalha para que uma nova versão seja concretizada e possivelmente adotada pelo Campus Rio Pomba. A previsão de conclusão é agosto de 2020, porém, atrasos no repasse de recursos que financiam o projeto indicam que este prazo pode se estender”, explica ela.
A equipe que atua na construção do aplicativo, conta com a professora e orientadora da dissertação, Paula Reis de Miranda, e do professor Alex Fernandes da Veiga, além da graduanda em Ciência da Computação própria servidora.
Quem tiver interesse em conhecer os resultados na íntegra pode ter acesso ao trabalho na biblioteca do Campus Rio Pomba ou solicitar uma cópia digital através do email: elisa.franco@ifsudestemg.edu.br.
Registro no INPI
A proteção intelectual do Rolê no IF foi realizada pelo Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia – NITTEC do IF Sudeste MG e concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual em 6 de agosto e terá validade de 50 anos a contar de janeiro de 2020.
“O registro no INPI garante a proteção intelectual do aplicativo, que embora não tenha fins lucrativos, exigiu muita dedicação e dois anos de pesquisa científica e produção de conhecimento. É justo que todos os créditos sejam garantidos: à equipe, ao IF Sudeste MG e ao ProfEPT - um programa imprescindível à realidade nacional da Educação”, comemora a servidora.