Apoio à pesquisa: assinatura de convênio marca criação do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico Ferroviário de Minas Gerais

O crescimento do setor ferroviário acaba de ganhar novo impulso com a criação do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico Ferroviário de Minas Gerais (NDF). O Núcleo é resultado de parceira entre o IF Sudeste MG, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), que assinaram, com o governo do estado, um convênio para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). 

O acordo prevê um investimento de R$745 mil em recursos públicos estaduais para a aquisição de equipamentos de alta tecnologia para pesquisa e inovação nas diversas áreas do segmento ferroviário nacional. O município de Viçosa vai abrigar a sede do Núcleo e a UFV será a instituição coordenadora, disponibilizando, ainda, laboratórios e equipamentos que darão suporte à pesquisa científico-tecnológica. Já o IF Sudeste MG sediará pesquisas voltadas ao desenvolvimento do setor ferroviário, trabalhando para consolidar-se como uma das instituições de referência na área.

Segundo o professor do IF Sudeste MG Fernando Paulo Caneschi (no centro da foto, de vermelho), o campus Santos Dumont representará a instituição, pois esta unidade já possui conhecimento ferroviário desde 2010 com a criação e implantação de cursos técnicos na área, além da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária, criada e implantada em 2018, e da pós-graduação lato sensu em Sistemas Metroferroviários (a distância), que deve formar sua primeira turma em 2022. “Contudo, a ideia é que outros pesquisadores de linhas correlatas possam se juntar ao grupo, maximizando o potencial, seja do campus, seja do IF Sudeste MG”, explicou.

Vantagens para o IF Sudeste MG

Para Fernando, a comunidade do IF Sudeste MG será beneficiada em diversos aspectos. Além de receber mais recursos para pesquisa, estes poderão ser oriundos de empresas do setor, bem como do governo do estado. “Isso tudo acontecerá por meio de realização de projetos de pesquisa devidamente registrados e aprovados nas instâncias competentes”, detalha o professor. Além disso, para cada projeto de pesquisa, serão selecionados estudantes da instituição para atuarem como bolsistas. 

Fernando reitera, ainda, que à medida que o número de projetos aumenta, cresce também o número de participantes nestas ações, levando a instituição a receber mais destaque. Isso aumenta as chances de órgãos e empresas procurarem a instituição para novas parcerias. “Com maior visibilidade, há uma tendência de maior procura por nossa instituição por novos estudantes em processos seletivos. Por fim, todo esse contexto favorece o aumento da expertise do corpo docente, tanto no quesito conhecimento técnico, quanto a network [rede de relacionamentos] dos envolvidos.”

Primeiros passos

Já está nos planos do Núcleo a execução de um projeto de pesquisa voltado para linha férrea. Haverá duas bolsas para alunos de graduação por um período de dois anos, além de recursos financeiros para aquisição de equipamentos, licença de softwares e materiais de consumo etc. O professor Fernando estima que o montante seja de R$100 mil. O NDF também já está buscando aproximação com empresas do setor ferroviário, visando expansão das parcerias. “A expectativa é que esse seja apenas o primeiro de muitos outros projetos e que nossa instituição rompa grandes barreiras”, declarou.

O convênio para o Núcleo Ferroviário de Minas Gerais, assinado em 27 de dezembro de 2021, também prevê a participação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Secretaria do Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) de Minas Gerais, Fundação Arthur Bernardes de Apoio à UFV (Funarbe) e Circuito Turístico Serras de Minas. 

Com informações de: Folha da Mata