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Confira a entrevista exclusiva do Reitor, sobre a visita da Setec
Professor André Diniz é o atual reitor do IF Sudeste MG desde abril de 2021. Professor André, antes da Reitoria atuou por 10 anos como diretor-Geral do Campus Santos Dumont, onde teve um trabalho de destaque.
Em sua gestão, vem buscando traçar uma atuação, cada vez mais, transparente, representativa e em diálogo com a comunidade acadêmica e os parceiros externos, em especial representantes do poder público federal como o Ministério da Educação e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). A visita de Tomás Dias Sant'Ana é resultado desta parceira. Sua vinda foi possível por um convite do Reitor do IF Sudeste MG.
Confira a íntegra de sua entrevista no IF Sudeste MG- Campus Barbacena com a jornalista Bianca Alvim em cobertura especial organizada em parceira com o Comitê de Comunicação Social e Marketing e a C4 (Comissão de Ações de Divulgação) do Projeto Reencontro.
Quais a importância para o IF Sudeste MG receber a visita do secretário da SETEC?
A gente tem uma estrutura de governo que estabelece essas áreas. Temos os ministérios e as secretarias e a interlocução entre essas instâncias, ela é muito importante para nós que estamos na base dessa estrutura.
Essa articulação afeta nosso desenvolvimento e contribui em nosso crescimento no país enquanto instituição. Então, todo movimento de diálogo que a gente estabelece com o secretário de Educação Ciência e Tecnologia (SETEC), bem como outras instâncias, é muito importante neste sentido. Fazemos nossas articulações e eles podem conhecer mais o que são os institutos federais, conhecer nosso instituto. E a partir daí termos uma tranquilidade maior nas negociações.
Temos necessidades, temos expectativas e o conhecimento deles auxilia muito a avançarmos em nossas conversas para atender às nossas necessidades.
Reitor, como surgiu a ideia desta visita?
Então, na verdade, é uma visita institucional. O secretário passou em diversas unidades nossas. Passamos nos campi avançados Bom Sucesso, Cataguases e Ubá (uma agenda de três dias de visita) e vem a Barbacena. Mas essa visita se originou, por uma necessidade específica de Barbacena.
Nós, historicamente, temos uma luta na instituição. Entendemos que o Campus Barbacena foi colocado em uma tipologia equivocada. São 120 docentes e 90 TAEs, quando em nosso entendimento deveria ser 150 docentes e 100 TAEs e isso vem sendo uma luta histórica, mesmo em outras gestões, muito importante.
A primeira vez que estivemos com o secretário em Brasília, já colocamos essa questão (da tipologia do Campus Barbacena) como uma das nossas prioridades institucionais da nossa gestão. Nesse relacionamento com a SETEC, uma das nossas prioridades é essa tentativa de alteração da tipologia (para 150/100) do Campus Barbacena.
E como ferramenta para embasar esse pedido nós fizemos o convite para ele (o secretário da SETEC Tomás Dias Sant'Ana) para vir conhecer a estrutura, os trabalhos que são feitos, o serviço que a gente presta, tentando uma sensibilização.
Obviamente, que essa não é uma decisão só do secretário, existe um grupo de trabalho, que está desenvolvendo uma série de critérios para definir os campi que vão permanecer em uma determinada tipologia ou vão mudar de tipologia. Esses critérios podem contemplar o campus (Barbacena) ou não. Mas, é claro que a SETEC vai ter um papel importante nisso e esse conhecimento do campus pode sensibilizá-lo se alguma decisão chegar a ele nesse sentido.
Em relação aos campi avançados, houve também algum motivo especial da visita nesses campi?
Isso. Segue-se o mesmo princípio legal, a partir de uma portaria (Portaria 713/2021) que dá uma reorganização, em termos de tipologia, de mudança de tipologia. Atualmente, não é mais previsto campus avançado 20/13 (20 docentes e 13 TAEs), mas só campus que tornaria 40/26 (40 docentes e 26 TAEs).
Para essa mudança de tipologia, você precisa atender a alguns critérios. E nós estamos com algumas situações muito sensíveis em nossa instituição que nos preocupa e justamente mostrar como está nossa situação e o que estamos fazendo para resolver, mostrar isso ao secretário também é muito importante.
De fato, pela fala que ele teve inclusive em Barbacena, acredito que a gente cumpriu bem o objetivo. Ficou bem entendido e sensibilizado com nosso instituto.
Em relação aos demais campi, qual a importância de trazer os demais dirigentes para esta conversa?
Temos algumas questões importantes. A gente não pode perder de vista que, se uma unidade do instituto (IF Sudeste MG) padece o instituto todo padece. Hoje, você não perde uma unidade sem que todos os outros tenham também que abrir mão de alguma coisa. Seja de orçamento, seja de funções. Estamos hoje em uma verdadeira corrente e, por isso, sempre precisamos cuidar de um elo que esteja mais fraco para essa corrente não “arrebentar”.
Não conseguimos (por uma questão de agenda) estar em todas nossas unidades, mas se conseguirmos resolver todos esses problemas que nós temos ou se conseguirmos lidar com eles, os outros campi também irão se beneficiar disso.
Ele (o secretário) não conhecia nossa realidade, conhecia o Instituto Federal (como um todo) e durante esses três dias apresentamos a ele a realidade de cada campus. Passamos próximos aos campi Rio Pomba, Juiz de Fora, Santos Dumont e íamos falando das realidades de cada campus. Buscamos dar um conhecimento bem amplo do que é nosso instituto.
Para finalizar, quais são as expectativas após a visita do secretário?
Quando recebemos um secretário da SETEC e ele vem com um direcionamento e esse direcionamento vem em sintonia com nosso pensamento enquanto gestão, isso ajuda muito a gente a alinhar a instituição. Ajuda-nos a melhorar e garantir nosso foco e objetivo final da gestão da instituição e nos tira do foco de questões que não precisamos de tanta energia, porque a visita do secretário nos traz a informação direta (do governo, da gestão de recursos). Assim, conseguimos entender melhor (o funcionamento) e ter estratégias melhores. E focar a energia em pontos que terão relevância no futuro.
O secretário trouxe algumas notícias muito importantes. A notícia de uma possibilidade muito clara e bem construída, pelo relacionamento claro e pontual que temos, de novos servidores para o Instituto Federal (IF Sudeste MG), provavelmente ainda esse ano. Questões orçamentárias. Possibilidades, inclusive para Barbacena, em relação a sede (do campus). Enfim, é como se fosse um relatório que passamos ao governo, que nós enquanto servidores estamos fazendo, a partir das políticas que eles estabelecem e também uma sensibilização para que o governo federal tenha um olhar especial para nossas necessidades, enquanto instituição.
Reportagem: Bianca Alvim
Redação: Juliana Rodrigues