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Conheça pais do IF Sudeste MG que exercem com dedicação a missão de cuidar

Já que o IF Sudeste MG recebeu do MEC o reconhecimento pela educação de excelência, fomos atrás de pais da nossa comunidade que também são nota máxima
“A paternidade ativa lança um olhar contemporâneo sobre a estrutura familiar. Nesse novo arranjo de família, o pai deixa o lugar passivo de simples provedor para se ocupar também dos cuidados físicos e emocionais dos filhos”, é o que explica Vanessa Zanetti de Bem Quintão, psicóloga do Campus Juiz de Fora. 

Sabe aquela máxima “Não basta ser pai, tem que participar!”? Pois é, hoje em dia ela já não é suficiente para definir o que seria ser um bom pai. Isso porque com as mulheres cada vez mais presentes no mercado de trabalho, dividindo, ou até assumindo o sustento da família, não basta que o pai participe, é preciso que ele compartilhe, divida, e se for necessário, é preciso que o pai assuma por ora os cuidados com os filhos. O pai participativo, que seria aquele “que ocasiona ou incentiva a participação ou a interação em alguma atividade” já não é coerente com os novos modos de se viver em família. A sociedade de hoje exige que o pai seja ativo, “que exerce ação, que age”. 

“A paternidade ativa lança um olhar contemporâneo sobre a estrutura familiar. Nesse novo arranjo de família, o pai deixa o lugar passivo de simples provedor para se ocupar também dos cuidados físicos e emocionais dos filhos”, é o que explica Vanessa Zanetti de Bem Quintão, psicóloga do Campus Juiz de Fora. 

Recentemente, reafirmando a qualidade do IF Sudeste MG no tocante ao Ensino Superior, o Ministério da Educação atribuiu o conceito institucional (CI) máximo para oferta da graduação na modalidade presencial e CI 4 para a modalidade EaD. Somos, portanto, uma instituição nota máxima na nossa missão de oferecer educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva. Acreditando também no nosso capital humano, fomos atrás de conhecer pais da nossa comunidade que, assim como o IF Sudeste MG, exercem com maestria a sua missão, que também é educar, mas, acima de tudo, é cuidar e amar.

“O Jackson desejou muito ser pai, mas, para além de desejar, ele estudou, buscou orientações de qualidade e, sobretudo, compreendeu a imensa dedicação e a enorme responsabilidade que a paternidade exigiria e se entregou de coração a isso. Mesmo antes de a Cora nascer, mas, sobretudo, desde que ela nasceu, ele se faz presente diária e ativamente nos cuidados com ela. Ele não ajuda, ele atua como pai de verdade, em todos os aspectos necessários. E faz questão disso. É bonito ver o seu esforço constante para ser melhor e para criar laços e afetos cada vez mais fortes com a Cora. Em um contexto, infelizmente, de ainda tanta desigualdade quanto aos cuidados com os filhos e de tanta sobrecarga materna, é uma alegria sem tamanho dividir essa jornada com ele", Priscila Moura Faria, esposa do Jackson e mãe da Cora.

O Jackson, servidor do Campus São João del-Rei parece mesmo ser um exemplo de pai nota máxima. Mas, é claro que nossa intenção não passa nem perto de atribuir notas às diferentes formas de exercer a paternidade. Queremos apenas mostrar e homenagear pais ativos da nossa comunidade:

“Atribuir nota ao estilo parental não seria a melhor maneira de qualificar a paternidade ativa, mas, de fato, pais que se envolvem diretamente nos cuidados dos filhos poderiam ser descritos como nota 5 de 5. Infelizmente em muitos lares, o pai ainda é uma figura ausente, distante. Romper com os papéis sociais estereotipados e buscar uma participação mais ativa no cuidado dos filhos e nos afazeres domésticos pode lançar novas compreensões sobre o que significa ser homem e pai nos dias atuais”, reflete Vanessa. 

Para Nicolle Fernandes Esteves, servidora da Reitoria, o marido Aluisio de Oliveira, professor do Campus Juiz de Fora, também é um pai nota máxima, e ele alcançou tal conceito da forma mais simples possível: “por todo amor e entrega em tão pouco tempo de convivência com os nossos pequenos”, justifica Nicolle. 

A paternidade ativa gera relações familiares mais saudáveis, maior envolvimento emocional e aprendizado de que amor é cuidado”, explica Vanessa.

E por que ser um pai ativo?

É simples: Porque todos saem ganhando. Segundo a psicóloga Vanessa Zanetti de Bem Quintão, “pode ser libertador para o homem descobrir maneiras mais plurais de exercer a masculinidade e desenvolver vínculos mais sólidos com seus parceiros de vida: filhos/as e companheiras/os. Para os filhos e filhas, o aprendizado de que a família precisa ser cuidada por todos e de que os homens podem se envolver, se emocionar e responsabilizar tanto quanto as mulheres, possibilita a experiência de modelos mais flexíveis e dinâmicos. Para as esposas ou companheiras, o reconhecimento de que a responsabilidade deve ser, de fato, compartilhada pode amenizar a sobrecarga que recai sobre os ombros de muitas. A paternidade ativa gera relações familiares mais saudáveis, maior envolvimento emocional e aprendizado de que amor é cuidado”, explica Vanessa.

E como ser um pai ativo?

Caso você, leitor, não atribua a si mesmo a nota máxima, mas gostaria de ganhar o “selo de pai nota 5”, saiba que este não é um guia sobre paternidade ativa, mas, podemos adiantar que a chave para o sucesso já foi apresentada acima e está no amor e na dedicação. Como explica a psicóloga:

“O que se espera da figura paterna é proatividade, envolvimento e afeto. A paternidade é construída a partir de ações, atitudes.  Um pai presente não é aquele que apenas brinca no final de semana, mas sim aquele que ajuda com a alimentação durante a semana, dá banho, se responsabiliza pelos cuidados da casa, participa das atividades escolares, educa e, principalmente, ama. Amor é cuidado”.

Caso você precise de mais uma ajudinha, recomendamos a “Cartilha para Pais - Como exercer uma paternidade ativa” (2018), do Ministério da Saúde. O documento diferencia, de forma simples, o que é ser pai e o que é ser um pai ativo, e traz dicas para quem quer dar esse upgrade na sua forma de exercer a paternidade:

“Paternidade é o ser pai, independentemente de como se tornou pai. Já a paternidade ativa são as ações, é o cuidado físico e emocional que se dá ao filho. É a maneira única de olhar, de falar, de cuidar da criança. Praticar a paternidade ativa também é compartilhar com sua parceira da decisão de ter ou não filhos e qual a melhor hora para tê-los. Esse envolvimento traz como possibilidade melhor qualidade de vida e a criação de vínculos afetivos mais fortes e saudáveis para todos(as)”, Cartilha para Pais, página 5.

Estabelecendo vínculos: Mais um motivo para ser um pai ativo

Vanessa Zanetti de Bem quintão explica que o vínculo entre pais e filhos não é inato, ele precisa ser construído. Por isso a paternidade ativa é tão importante: "A qualidade desse vínculo afetivo vai ser fundamental para o desenvolvimento integral da criança.  Isso acontece porque pais e mães são o primeiro objeto de amor da criança e fornecem os primeiros modelos, as primeiras referências. A partir deste vínculo parental, a criança começa a construir a sua própria identidade e o contorno que dará aos seus relacionamentos interpessoais, desde a primeira infância. Ela começa a entender o mundo que a cerca e os próprios sentimentos. A dimensão desse vínculo, que é estrutural, é gigantesca. Por isso falamos em paternidade responsável. Quando há desamor e desamparo, as feridas podem perdurar até a fase adulta". 

Falando de referências, vamos conhecer a história de dois Carlos, dois Carlos que são do IF Sudeste MG e, acima de tudo, são um do outro. O Carlos mais velho é a referência de vida para o Carlos mais novo:

“Uma das nossas obrigações na vida é sempre saudar quem nos garantiu todas as condições de sobrevivência e batalhou um bocado para que nos tornássemos cidadãos conscientes das nossas missões, ações, do nosso lugar. Nossos nomes são os mesmos, eu Carlos e ele Carlos. Os aniversários são um dia após o outro, eu 9, e ele 10 de fevereiro. Meu time é o Botafogo, o time dele é o Botafogo. Para completar, herdei dele a paixão pela Mangueira e pelo serviço público federal. Eu fui um filho de sorte por poder acompanhar parte da trajetória do meu pai de perto, lado a lado mesmo”. 

A fala acima é do servidor da Reitoria Carlos Eduardo da Silva que , em cada palavra, deixa transparecer o orgulho que sente do pai, Carlos Roberto da Silva,  que é pedreiro de ofício e tornou-se servidor público federal em 1995, poucos meses antes da chegada do filho. Para o filho, o pai, já com seus cabelos brancos, aos 71 anos, exerce sua profissão talvez não com o mesmo vigor de outros momentos, mas com muito orgulho daquilo que entregou ao Campus Barbacena do IF Sudeste MG, nesses 27 anos de serviço público. 

“Carrega com um orgulho imenso a trajetória, o trabalho. Meio reclamão e ranzinza, é verdade! Mas sempre disposto a ajudar naquilo que for possível. O ‘meia-noite’ como era chamado quando vigia do alojamento, por muito tempo, foi referência para muitos estudantes que passaram por essa instituição vindo de outras cidades. Sim, levava a seriedade do alojamento para algumas ações do dia a dia. Dentro de casa, ensinou seus 4 filhos a serem seres humanos com erros e acertos, sempre nos guiou para o estudo. Também tem o lado festeiro. A seriedade é quebrada com uma festa, adora uma festa, um samba. Meu máximo respeito ao meu pai, à trajetória do meu pai”, declara Carlos Eduardo.

Amor é cuidado

De: Priscila Faria de Moura

Para: Jackson de Souza Vale

“Já lhe disse isso uma vez e tenho muita alegria de poder repetir: Cora tem mesmo sorte. Aquela ‘sorte grande’ que toda criança deveria ter. Parabéns pelo pai que é e pelo que busca ser. E por todo afeto, todo cuidado e toda dedicação, diários. Cora lhe ama muito e tenho certeza de que ela sempre terá em você um amigo, um porto seguro, um ótimo exemplo e um colo repleto de respeito, amor e zelo. Assim como sei que Gael teria”. 

 

De: Nicolle Fernandes Esteves

Para: Aluisio de Oliveira

“Amigo, parceiro e o melhor pai que os nossos filhos poderiam ter! Que a sua grande luz e amor infinito inspirem os nossos filhos todos os dias. Você é o nosso orgulho! Você é o nosso exemplo! Obrigada por existir no nosso mundo! Amamos você! Feliz primeiro dia dos pais!”. 

 

De: Carlos Eduardo da Silva

Para: Carlos Roberto da Silva

 "Pai, que o fim da sua jornada no serviço público seja para fechar com chave de ouro toda a sua trajetória dentro da instituição com seus erros e com seus acertos, humano como é. Sei que marcou positivamente a vida de muitos estudantes e servidores que por aqui passaram e que aqui estão. Para esse dias dos pais, quero te desejar forças, serenidade, paciência para os desafios do presente e para os vindouros”.

 

O IF Sudeste MG deseja um Feliz Dia dos Pais àqueles que acertam e, vez outra, também erram, àqueles que ensinam e, às vezes, aprendem, mas que, haja o que houver, SEMPRE estão perto e SEMPRE dão o melhor de si!

 

Fonte: “Cartilha para Pais - Como exercer uma paternidade ativa” (2018), do Ministério da Saúde