Expansão de volta à pauta: lideranças do IF Sudeste MG discutem novos rumos institucionais

Apesar das incertezas quanto à quantidade de novas unidades e quais IFs seriam “contemplados” com uma nova expansão da Rede Federal, é um desejo do IF Sudeste MG levar a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) ao maior número possível de cidadãos. Assim, acompanhando as movimentações nesse sentido, lideranças da instituição se reuniram na manhã desta segunda-feira (28), no intuito de discutir e antecipar o posicionamento do IF Sudeste MG, caso novas ofertas e/ou novas unidades sejam autorizadas.

Segundo o reitor André Diniz, buscou-se conversar sobre estratégias e o que vai impactar no trabalho de cada equipe, de maneira que a instituição possa “participar desse movimento [nacional] e tornar o IF sustentável em seu atendimento social, recursos e no alcance de objetivos estratégicos.” Dentro da perspectiva apresentada, trata-se de uma missão que passa por:

•  “chegar” até novas cidades para atender públicos não atendidos atualmente, por meio de cursos que promovam aumento de inscritos, de ingressantes e, claro: com o mínimo de desistência (evasão);

• aumentar o número de matrículas, consequentemente promovendo o aumento dos recursos institucionais;

• captar recursos externos, investindo-se em parcerias públicas e privada;

• favorecer e proporcionar o êxito dos estudantes. 

Contudo, o reitor enfatizou que são muitos os envolvidos nesta empreitada: governo, ministérios, gestores, parlamentares, prefeituras, além de servidores em esforços locais e em âmbito institucional. Como benefícios, a instituição aposta no aumento de pessoas atendidas, melhoria da estrutura, maior quantidade de profissionais e aumento de recursos orçamentários, com todo o desenvolvimento econômico e social que tal expansão naturalmente proporcionaria.

Participaram da reunião os membros do Colégio de Dirigentes (Codir) do IF Sudeste MG, além de diretores de Ensino, Extensão e de Desenvolvimento Institucional.

Novas unidades e ofertas

Com a possibilidade de criação de novas unidades da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, o IF Sudeste MG realizou uma sistematização de demandas, na qual foram considerados fatores econômicos e populacionais de cada localidade interessada. Segundo o reitor, esta sistematização foi repassada à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), num processo que a instituição está acompanhando de perto. Caso seja autorizada a criação de nova(s) unidade(s) em determinada localidade, os gestores se reunirão novamente para definir a estratégia institucional específica daquele(s) local(is).

Além da expansão em termos de novas unidades, tratou-se também da criação de Centros de Referência, novas ofertas de cursos por campi já existentes e possibilidade de retomada de programas como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Não podemos ficar de fora”, ressaltou André. “Mas tudo precisa ser bem pensado em termos de recursos e benefícios para o IF”. Mesmo com incertezas quanto à retomada desta política, o IF Sudeste MG já se prepara para abraçá-la, organizando-se sob liderança do professor do Campus Juiz de Fora, Graziany Dias.

A partir das projeções orçamentárias e das mudanças recentemente propostas pelo MEC para a última etapa da Educação Básica, representantes dos campi foram convidados a avaliar a possibilidade de apoio às chamadas “escolas em tempo integral” e ao Novo Ensino Médio. Sobre este último, entretanto, as parcerias que viabilizariam a integralização ainda dependem de definições quanto ao novo formato apresentado pelo Ministério. Após consulta pública, as mudanças ainda encontram-se pendentes de aprovação.

Mulheres Mil ampliado e outras retomadas

Na esteira dos programas “antigos” que iniciam uma nova fase, está garantida a retomada do “Mulheres Mil”. Voltado a mulheres em situação de vulnerabilidade social, ele busca o aumento da escolaridade e o empoderamento, promovendo inclusão, aumento da renda familiar, desenvolvimento e diversos outros benefícios. No IF Sudeste MG, participarão cinco campi: Barbacena, Manhuaçu, Rio Pomba, Muriaé e Santos Dumont, sob a coordenação da Heloísa Bernardes do Campus Manhuaçu.

Para Educação de Jovens e Adultos (EJA), a novidade são mais duas unidades contempladas: Rio Pomba, com 100 vagas para formação de professores, e Ubá, com 300 vagas de Formação Inicial e Continuada (FIC). 

Entrou em pauta, ainda, a adesão ao projeto do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) voltado a apenados, quilombolas e povos originários. Três campi já manifestaram interesse em participar, mas novas unidades ainda poderão ser incluídas. 

Além das perspectivas apresentadas e discutidas, os gestores dos campi ficaram incumbidos de tratar, em âmbito local, possibilidades de novas ofertas e novos atendimentos. Coletivamente, preencherão uma tabela para confecção do projeto institucional que irá embasar as adesões e a busca de orçamento para a execução.

Texto e imagens: Elisa Franco