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Mesa redonda sobre Gênero lota sala do Campus São João del-Rei no VII Eras e VII Enneabi

A proposta da mesa foi de realizar análises a partir das vivências dos três palestrantes em relação a relações étnico-raciais com enfoque na comunidade LGBTQIAP+

Realizada em uma sala ampla, porém sem espaço para qualquer participante excedente, o segundo dia de VII Eras e VII Enneabi teve com uma de suas principais atrações a mesa redonda “Gênero e Vivências Étnico-Raciais”. A proposta foi de realizar análises a partir das vivências dos três palestrantes em relação a relações étnico-raciais com enfoque na comunidade LGBTQIAP+.

Nas palavras do organizador Rodolfo Rodrigues, que é também estudante de teatro da UFSJ, “a mesa é sobre a questão do gênero e sexualidade. Mas eu vou trazer um foco sobre todos esses eixos mais a classe. E como o teatro, a performance, a estética cultural, aquilo que a gente produz como elemento visual, falado, poético, acaba impactando no subconsciente e no cotidiano da sociedade como um todo.”

“Como a mesa é feita a partir das nossas vivências, ela é multi”, enfatiza a estudante de Letras do Campus São João del-Rei, Cláudia Elisa Amorim Santana, citando análise das novelas, vivência no teatro, letra escrita por Linn da Quebrada. “E eu, a partir do momento que eu me vejo escritora, eu venho como uma escritora que quer falar sobre as mulheres e dizer que as pretas também têm sexualidade, que ela existe e ela não é objetificada. E não é uma visão romântica também, quando eu digo que a sexualidade da mulher preta não é objetificada.” 

Assim, a mesa buscou tratar tanto das questões étnico-raciais quanto das questões de gênero, entrelaçando as vivências dos participantes e também teorias feministas, considerando-se que o movimento LGBT e o movimento étnico-racial se apoiam e teorias se valem umas das outras,  como explica Felipe Adão. “Elas se apoiam porque também são teorias contra-hegemônicas e emancipatórias.” 

Quando questionado sobre o motivo da alta procura pelo tema, Felipe diz acreditar que se deve ao interesse em discussões sobre as questões de gênero e aprender mais como tratar o outro. “Porque eu acho que por muito tempo nós fomos silenciados. Eu acho que nesses quatro anos e até anteriormente nós fomos muito silenciados. Então as pessoas querem saber, querem se informar e querem falar. A procura é essa.”

Nesse sentido, Cláudia completou: “o interesse das pessoas se deve à nossa divulgação e ao nosso esforço pra que o evento fosse visualizado. E também ao momento e à necessidade que as pessoas têm de estar falando sobre isso, de encontrar lugar e segurança para se falar a respeito da temática.”