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Assinatura de termo de acordo marca fim da greve no IF Sudeste MG
No dia 17 de julho, última quarta-feira, na Reitoria, foi assinado o termo do acordo de greve entre os representantes sindicais dos servidores do IF Sudeste MG e o reitor, André Diniz. Apesar de as atividades administrativas e docentes já terem voltado desde o início do mês, a assinatura do documento só ocorreu ontem e representa o fim de uma greve classificada como histórica. Além do reitor, André Diniz de Oliveira, estiveram presentes a pró-reitora de Administração, Alice Aleixo; a diretora de Gestão de Pessoas, Kelly Cristina Silva Maia; a técnica administrativa e representante do Comando de Greve local, Danielle Fabre; Márcio Wiliam da Costa, do SINASEFE e Flávio Sereno Cardoso, do SINTUFEJUF.
Alice Aleixo, André Diniz, Danielle Fabre, Flávio Sereno Cardoso, Márcio Wiliam da Costa e Kelly Cristina Silva Maia
André Diniz, enquanto servidor público, agradeceu ao movimento pela luta. E, enquanto gestor do IF Sudeste MG, afirmou que “não é um representante do governo na instituição e sim um representante da instituição no governo", referindo-se ao apoio do instituto às lutas de seus servidores. Sobre o acordo, que é o primeiro assinado entre um movimento grevista e a instituição, André faz um balanço positivo e o coloca como o fechamento de um ciclo importante: “ A gente finalizar esse ciclo da luta com esse acordo é importante para a instituição, para o movimento que se estabeleceu e também pelo o que foi conquistado, mesmo sabendo que ainda há muito a se fazer, há muitos movimentos ainda por vir”, analisa ele.
Balanço
Por parte dos representantes do movimento paredista, a greve é considerada histórica e o balanço também é positivo, ainda que advirtam que não podemos perder de vista que muitas das reivindicações não foram alcançadas. Wiliam da Costa, do SINASEFE, lembra que é preciso continuar a cobrar do governo e a lutar pelas pautas locais.
"Ficamos com o legado de uma greve histórica que transformou para melhor a nossa carreira e recuperou um pouco da perda que a gente tinha. É muito menos do que a gente precisava, mas temos um saldo positivo", afirma Flávio Sereno Cardoso, do SINTUFEJUF.
Flávio Sereno Cardoso, do SINTUFEJUF, comemora a força do movimento e considera que a carreira dos técnicos administrativos em educação sai da greve melhor do que entrou: “Entendemos que estamos saindo da greve com uma carreira melhor do que entramos. Infelizmente, do ponto de vista da recomposição salarial, a gente não conseguiu ter um acordo que indicasse a recuperação das perdas inflacionárias dos governos anteriores, mas conseguimos não ter perdas nesse governo e recuperar um pedacinho do que havia sido perdido, o que não deixa de ser uma vitória. Fazemos um balanço positivo do acordo e temos a consciência de que o que foi conseguido deve-se à organização da categoria, que teve grande adesão. Ficamos com o legado de uma greve histórica que transformou para melhor a nossa carreira e recuperou um pouco da perda que a gente tinha. É muito menos do que a gente precisava, mas temos um saldo positivo". Flávio celebrou ainda a assinatura do primeiro acordo de greve com o IF Sudeste MG, o que, para ele, demonstra o reconhecimento da legitimidade do direito à greve do servidor.
Reposição e pautas locais
A forma de repor o trabalho não prestado durante a greve foi apontada por Danielle Fabre, representante do Comando Local de Greve, como um aspecto positivo do acordo. No Termo consta que a reposição será feita por meio de métodos qualitativos, com a reposição do trabalho que porventura tenha se acumulado, sem a exigência de reposição de horas. Além disso, o acordo também prevê o atendimento parcial das pautas locais que foram apresentadas ao reitor no início da greve. Dentre elas, está a previsão de editais de seleção para Ação de Desenvolvimento em Serviço e do Programa de Apoio à Capacitação Stricto Sensu e Pós-doutorado (PROAC).
Conquistas e lutas futuras
“Apesar da recomposição salarial ter sido bem aquém do que seria justo, tivemos como principais conquistas a reestruturação da carreira e a previsão do RSC para 2026. Tendo em vista que o acordo nacional também prevê estudos e possibilidades futuras, agora é necessário empreender novas lutas no sentido de cobrar o cumprimento dessas previsões”, aponta Danielle Fabre.
A extensão do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências) aos técnicos administrativos era uma pauta antiga entre as reivindicações da categoria.
Acesse aqui o Termo de Acordo de Greve