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Preparação para ingresso: projeto Pré-IF é institucionalizado no IF Sudeste MG

Modelo foi proposto a partir de ações já executadas nos campi Juiz de Fora e Muriaé; CoEx e Codir aprovaram

Um projeto de extensão que começou de forma limitada, acaba de ganhar força em razão de seu sucesso: o Pré-IF. Na última terça-feira (13/08), a iniciativa de preparação da comunidade externa para ingressar no Ensino Médio Integrado do IF Sudeste MG foi institucionalizada, ampliando as chances de quem deseja para si uma formação completa, mas não pode pagar por isso.  

A institucionalização ocorreu a partir da aprovação de um modelo estratégico apresentado ao Colégio de Dirigentes (CoDir), depois de tramitar pelo Comitê de Extensão e de ser pauta de uma série de reuniões. Tais reuniões tiveram a participação dos campi que atualmente executam o Pré-IF - Juiz de Fora e Muriaé - de forma a se aproveitar a experiência recente e otimizar a possível reprodução da proposta em outras unidades. 

Esse processo de aprovação ocorreu em consonância com a regulamentação institucional para Programas, Projetos e Ações de Extensão Estratégicos, documento que caracteriza propostas e estabelece requisitos de aprovação. “Articular Ensino, Pesquisa e Extensão, visando ao desenvolvimento local e transformação da realidade” é uma das exigências previstas no regulamento, que existe desde 2019 e norteia ações extensionistas como o Pré-IF.      

Diferenciais do projeto

O Pré-IF foi criado em 2016 como um curso preparatório para alunos do 9º ano de escolas públicas. Mas além das aulas das disciplinas cobradas nas provas, os estudantes têm a oportunidade de conhecer o campus, conversar com os alunos já matriculados e visitar laboratórios. Assim, é possível aos cursistas se familiarizarem com o IF Sudeste MG e obterem maior embasamento para decidir que curso técnico escolher. O corpo docente é atualmente formado por professores e servidores dos campi executores, além de integrantes da comunidade externa, e todos atuam de forma voluntária.

“O que se identifica com o Pré-IF é que muitos estudantes de escola pública que fazem parte do projeto começam a perceber a sua potencialidade, a possibilidade de estudar no IF e usufruir desta política pública que são os Institutos Federais, começando a se enxergar como público-alvo”, pontua a pró-reitora de Extensão Rosana Machado. Ela também relembra sobre a alta procura pelo cursinho, que em sua última edição no Campus Muriaé recebeu mais de 600 inscrições.

Quem coordena o projeto na referida unidade, professor Weder Ferreira, enxerga a institucionalização como grande conquista para as comunidades atendidas pelo IF Sudeste MG: “Ao longo dos anos, o Pré-IF tem demonstrado sua efetividade como política de extensão devido aos vários campos em que o projeto se insere (êxito no processo seletivo; melhora do desempenho do estudante em sua escola e divulgação da instituição na comunidade). A partir de agora, o projeto torna-se mais sustentável devido à garantia do acesso aos recursos.”

E o que é, afinal, a institucionalização na prática?

A institucionalização representa esta garantia de perenidade da execução do Pré-IF. Ele passa a ter fontes próprias de financiamento e um modelo padrão passível de ser adotado em qualquer unidade do IF Sudeste MG. Sem a institucionalização, o projeto depende de fontes de recursos delimitadas, disponibilizadas de forma passageira e atreladas a editais, inclusive sob risco de não ser aprovado

Determinadas características indicam que a institucionalização é um caminho natural a ser tomado pelo Pré-IF, como por exemplo, a percepção do projeto como uma iniciativa capaz de contribuir para os objetivos estratégicos estabelecidos no Plano de Desenvolvimento Institucional. Como evidenciado por Rosana, o curso preparatório vai além das ações extensionistas, ao fortalecer a imagem e a comunicação institucional. “Nos dois campi que hoje estão realizando o projeto, a relação com a comunidade, a forma de participação da comunidade nesse projeto é bastante intensa”, relata. 

E, considerando-se que uma das ameaças previstas no PDI está também relacionada à imagem - falta de conhecimento institucional - a pró-reitora apresenta o Pré-IF como uma contribuição vantajosa em diversos aspectos, já que ele ainda fortalece a diversidade social e cultural já presente na instituição.

Em outra perspectiva, a incorporação do curso preparatório à política institucional acaba por impactar outras ações de Extensão dos campi, considerando-se que, a partir de 2025, os recursos que seriam destinados ao projeto poderão ser alocados em outras propostas. 

Próximos passos

Na busca pela ampliação do Pré-IF, o IF Sudeste MG irá lançar um edital de adesão, para que cada campus interessado apresente seu projeto. As propostas devem ter custo máximo de R$ 20 mil, sendo que metade deste orçamento será custeado pela Reitoria e a outra metade, pela própria unidade executora. 

Sobre as futuras proposições, Rosana reitera que o diálogo entre coordenador(a) do projeto e direção-geral precisa ser “muito bem afinado”, de maneira que a proposta seja compatível com as particularidades da unidade. No Campus Juiz de Fora (primeira unidade a executar o Pré-IF), por exemplo, percebeu-se a importância de se oferecer alimentação aos estudantes, mas outros campi poderão identificar outras necessidades, como contratação de serviços de impressão, por exemplo.

Após a avaliação e aprovação das propostas, bem como a descentralização de recursos por parte da Reitoria, a intenção é que o Pré-IF comece sua nova fase de preparação de estudantes já em 2025.