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Por meninas e mulheres do setor, professora do IF Sudeste MG é a vencedora do Prêmio Mulheres do Agro 2024

A Professora Danielle Baliza ganhou o Prêmio Mulheres do Agro na categoria "Ciência e Pesquisa" ontem, 23, em São Paulo

A professora Danielle Pereira Baliza, do Núcleo de Meio Ambiente do Campus Avançado Bom Sucesso, é a vencedora  do Prêmio Mulheres do Agro 2024, na categoria "Ciência e Pesquisa". A premiação aconteceu ontem, 23 de outubro, durante o Congresso Brasileiro das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo. 

Danielle recebeu o prêmio, mas tanto a sua fala, quanto a sua trajetória, deixam claro que a vitória não é só dela, mas é também de cada menina e de cada mulher do agro que teve a sua vida transformada para melhor através dos projetos liderados pela professora: "Todas juntas, meninas e mulheres, nosso desafio é mostrar que, pela cooperação entre nós, seremos cada vez mais ouvidas e teremos mais oportunidades", foi num tom emocionado que, ao receber o troféu, Danielle invocou mais uma vez a união entre as mulheres. 

Para a vencedora, a sensação de ganhar o prêmio pode ser resumida em uma palavra: "Ganhar o prêmio significa reconhecimento. O reconhecimento de todo o trabalho que vem sendo feito no IF Sudeste MG há mais de 10 anos, um trabalho em prol das meninas e mulheres do agro. Para que essas meninas e mulheres procurem seu espaço, seu direito, para que elas possam ser mais vistas, mais ouvidas pela nossa sociedade. É um trabalho que difunde práticas mais sustentáveis de produção de alimentos, além de autonomia, motivação e segurança", comemora Danielle.

Pela primeira vez, a Bayer e a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) transmitiram ao vivo a cerimônia com anúncio das vencedoras do Prêmio Mulheres do Agro. Em sua sétima edição, a premiação busca reconhecer e incentivar o trabalho de produtoras rurais de pequenas, médias e grandes propriedades, que adotam práticas sustentáveis baseadas nos pilares econômicos, sociais e de governança (ESG) para dentro e fora da porteira.

Para a vencedora, a sensação de ganhar o prêmio pode ser resumida em uma palavra: "Ganhar o prêmio significa reconhecimento. O reconhecimento de todo o trabalho que vem sendo feito no IF Sudeste MG há mais de 10 anos, um trabalho em prol das meninas e mulheres do agro. Para que essas meninas e mulheres procurem seu espaço, seu direito, para que elas possam ser mais vistas, mais ouvidas pela nossa sociedade. É um trabalho que difunde práticas mais sustentáveis de produção de alimentos, além de autonomia, motivação e segurança", comemora Danielle.

Trabalho local, impacto nacional

"A gente faz um trabalho regional, local, e não tem noção do impacto dentro de todo o país, todo o Agronegócio, e faz a gente ser considerado uma referência hoje", refletiu a professora. Para concorrer ao Prêmio, Danielle cadastro o projeto "Embaixadoras do IF, a força feminina e a transformação no campo", que, em 2023, em apenas 7 meses de trabalho, impactou 2,5 mil agricultoras.

André Diniz, reitor do IF Sudeste MG, ao comemorar o prêmio, destacou a potência de transformação social que a capilaridade traz aos institutos federais: "O prêmio recebido pela professora Danielle demonstra a importância da atuação regional dos Institutos Federais. A capilaridade que nos caracteriza permite que a gente tenha esta atuação muito perto da realidade das comunidades que a gente atende, e esta proximidade é uma característica dos projetos desenvolvidos pela professora. A Danielle  materializou esta característica do instituto federal e fundiu ao protagonismo feminino, e essas duas coisas, quando combinadas, trazem esse resultado, não só na perspectiva do prêmio, mas também na perspectiva da mudança social que o trabalho dela é capaz de promover na região. A gente fica muito feliz portanto, ao ver o Instituto federal se materializar nessas ações de sucesso".

(...) Para aqueles que acreditam e nos proporcionam oportunidades, o Instituto Federal prova mais uma vez que faz a diferença na vida das pessoas. O reconhecimento é fruto de um trabalho incansável, liderado pela nossa professora Daniele Baliza, junto com outros docentes que participam de projetos de extensão, sempre na busca da igualdade de gênero, com foco nas mulheres do agro e em práticas sustentáveis", reflete o diretor-geral do Campus Bom Sucesso.

Para o diretor-geral do Campus Bom Sucesso, professor Denisson Neves Monteiro, o prêmio recebido pela docente de lá é um motivo de grande orgulho para a unidade e para a cidade de Bom Sucesso: "Eu sempre faço questão de destacar a competência e a dedicação dos nossos servidores. O nosso Campus, mesmo pequeno, se destaca. Para aqueles que acreditam e nos proporcionam oportunidades, o Instituto Federal prova mais uma vez que faz a diferença na vida das pessoas. O reconhecimento é fruto de um trabalho incansável, liderado pela nossa professora Daniele Baliza, junto com outros docentes que participam de projetos de extensão, sempre na busca da igualdade de gênero, com foco nas mulheres do agro e em práticas sustentáveis. É um trabalho que reflete com maestria o comprometimento com uma educação de qualidade, voltada para educação profissional, científica e tecnológica, sempre pública e gratuita e com foco no desenvolvimento integral  do cidadão e no desenvolvimento sustentável. É com muito carinho e com muita alegria que comemoramos esse prêmio da professora Danielle", comemora o diretor.

O Prêmio

O Prêmio Mulheres do Agro é uma iniciativa idealizada pela Bayer em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), que valoriza e reconhece mulheres que atuam à frente do agronegócio brasileiro. Além disso, a parceria dissemina as boas práticas de gestão sustentável e incentiva o protagonismo feminino no campo e na ciência, levando o trabalho e história dessas mulheres para além das porteiras.

O tema da 7ª Edição do Prêmio é ESG – governança ambiental, social e corporativa – e reconhecerá, na Categoria Ciência e Pesquisa, mulheres pesquisadoras na área do agronegócio. A premiação valorizará projetos de impacto ou de grande alcance científico, ambiental e social.

O Prêmio busca por "Histórias que transformam", o que tem tudo a ver com a professora Danielle Baliza, que há 10 anos desenvolve projetos de empoderamento feminino, especialmente com mulheres rurais.

Sobre Danielle

Danielle Pereira Baliza é professora e pesquisadora efetiva do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais desde 2012. Em 2021, ela assumiu como Diretora de Pesquisa e Sustentabilidade na Aliança Internacional das Mulheres do Café – IWCA Brasil.

Danielle é pós-doutorada em agronomia/fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Sua tese foi uma das primeiras no Brasil a estudar a temática “sistemas agroflorestais (SAFs) com café”. Ela é editora e autora do livro bilíngue “Mulheres dos cafés No Brasil/Women in coffee in Brazil”, em que foram publicados os dados da primeira pesquisa realizada no Brasil sobre o perfil das cafeicultoras brasileiras, além de descrever as cinco principais regiões brasileiras produtoras de café (MG, ES, PR, BA e RO) e suas singularidades. Até o momento, Danielle publicou 40 artigos científicos em revistas e participou de mais de 10 livros, além de ser autora de mais de 150 resumos e apresentações em congressos.

Seu trabalho visa contribuir para que as mulheres do agronegócio se tornem as protagonistas de suas próprias histórias. No último ano, apenas por meio do projeto “Embaixadoras do IF: a força feminina na transformação do agro”, Danielle impactou mais de 2.500 agricultoras que juntas desenvolveram capacidades de autonomia, participação e afirmação nos processos de desenvolvimento local e no uso sustentável dos recursos naturais.

Por uma sociedade mais justa

Além do reconhecimento e da notoriedade para seu trabalho, Danielle leva para o Campus Bom Sucesso um prêmio de 15 mil Reais para investir em pesquisas. E ela quer ir além, ela quer que mais vidas femininas sejam transformadas:

"A gente quer seguir trabalhando localmente, impactando globalmente, sem deixar ninguém pra trás, o que é muito característico do IF Sudeste MG. Um Prêmio como esse é uma oportunidade para que essa mensagem vá ainda mais longe, chegue a mais mulheres e meninas e que elas possam se sentir motivadas a ocupar o espaço que é delas por direito, que a gente possa sensibilizar mais organizações para que elas adotem mais políticas de gênero, de igualdade, porque nós sabemos que é pela sustentabilidade, pela diversidade e pela inclusão é que nós teremos uma sociedade mais sustentável e mais justa".