Geral

"Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história"

Identidade - Jorge Aragão

A escravidão, fato real e lamentável da nossa história, durou 388 anos no Brasil. Faz, portanto, 136 anos que ela foi abolida. E mesmo depois de muita luta, “vitória” ainda significa uma sociedade mais justa e igualitária. E já que, assim como Jorge Aragão, o IF Sudeste MG acredita que “quem cede a vez não quer vitória”, a instituição tem promovido ações para fortalecimento das relações raciais.

O IF Sudeste MG não cede a vez

“Acho que o grande compromisso institucional com a pauta antirracista começa no reconhecimento de que ações antirracistas são necessárias. Reconhecer que a instituição é um recorte da sociedade e que esta, por sua vez, é forjada pelo racismo estrutural é importante para que a instituição promova um movimento de ruptura dessa engrenagem social que, funcionando na sua normalidade, reproduz o racismo. Então, é fundamental que a gente promova várias ações que possam contribuir para a quebra dessa estrutura racista”, reflete Rosana Machado, pró-reitora de Extensão.

“Acho que o grande compromisso institucional com a pauta antirracista começa no reconhecimento de que ações antirracistas são necessárias. Reconhecer que a instituição é um recorte da sociedade e que esta, por sua vez, é forjada pelo racismo estrutural, é importante para que a instituição promova um movimento de ruptura dessa engrenagem social que, funcionando na sua normalidade, reproduz o racismo. Então, é fundamental que a gente promova várias ações que possam contribuir para a quebra dessa estrutura racista”, reflete Rosana Machado, pró-reitora de Extensão.

Acreditando no potencial da educação, em especial da educação pública e gratuita, a pró-reitora de Extensão citou algumas iniciativas do instituto na busca de somar forças para a construção de uma sociedade cada vez menos racista:

Os Núcleos de estudos afro-brasileiros e indígenas (NEABIs): “Os Neabis têm feito esse trabalho de não ceder a vez, de buscar a inclusão, de fazer ações que fortaleçam as lutas antirracistas tanto nos projetos de extensão, quanto na construção de um currículo decolonial”, explica Rosana.

Lembrando que pensamento decolonial é um conjunto de práticas, conceitos, pesquisas e estudos que visam reverter ou diminuir os efeitos da colonização na sociedade.

Os NEABIs, núcleos já institucionalizados no IF Sudeste MG, têm o objetivo de promover ações de Ensino, Pesquisa e Extensão; e disseminar conhecimentos sobre a cultura dos povos negros e indígenas; na busca por equidade racial na instituição.

Política de ações afirmativas e Protocolo de ações antirracistas: “Dentro do Comitê de Governança, Riscos e Controles (CGRC), temos feito um trabalho de fortalecimento das relações raciais na instituição. Existe a intenção, num trabalho da ouvidoria e do Comitê, de construirmos uma política de ações afirmativas e um protocolo de ações antirracistas”, conta a pró-reitora.

Comissão Permanente de acompanhamento e desenvolvimento das bancas de Heteroidentificação: Segundo Rosana, “o trabalho da Comissão nos permite acompanhar de perto a aplicação das cotas na nossa instituição e contribuir para irmos além do que está previsto em lei e pensarmos em meios para fortalecer essas ações antirracistas na instituição”.

Editais de ações afirmativas: selecionam projetos de Ensino voltados para as temáticas das Ações Afirmativas (negros, quilombolas, indígenas, LGBTQIAPN+, mulheres), visando a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem e a contribuição para o conhecimento, a sensibilização, a garantia de equidade e do respeito à diversidade nos cursos técnicos e de graduação do IF Sudeste MG. Segundo a Dirad, Diretoria de Apoio ao Discente, tais ações serão apresentadas no VII Simepe, que acontece de 28 a 30 de janeiro, no Campus Juiz de Fora.

Partiu IF:  Dentre as ações e projetos para a implementação da PNEERQ, teremos o #Partiu IF, que será um curso preparatório para estudantes do 9º ano do ensino fundamental público autodeclarados pretos, pardos, quilombolas, indígenas ou com deficiência que desejam ingressar nos cursos técnicos integrados ao ensino médio oferecidos pelas instituições da Rede Federal. Os jovens terão aulas e atividades com conteúdos alinhados ao processo seletivo das instituições. A implantação do projeto no IF Sudeste MG já está em andamento.

A PNEERQ foi criada pela Portaria nº 470/2024 e objetiva implementar ações e programas educacionais destinados à superação das desigualdades étnico-raciais e do racismo nos ambientes de ensino, bem como à promoção da política educacional para a população quilombola. Em setembro, representando o IF Sudeste MG, a pró-reitora participou de várias atividades relacionadas à Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola.