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Documentário sobre rio Paraíba do Sul é exibido para estudantes e servidores

Após filme, representantes do Projeto Piabanha, do IGAM, da Prefeitura de Rio Pomba e do IF Sudeste MG participaram de debate sobre o tema.

Apresentação de documentário
Salão Nobre ficou lotado durante a apresentação do filme.

Na manhã do dia 22, estudantes e servidores do Campus Rio Pomba tiveram a oportunidade de assistir o documentário “Caminho do Mar”, que narra a situação das águas do rio Paraíba do Sul e as consequências para a população banhada pela bacia. A apresentação foi uma parceria entre o IF Sudeste MG, a Prefeitura de Rio Pomba e o Projeto Piabanha.

O filme, produzido por Juliana de Carvalho e dirigido por Bebeto Abrantes, mostra as mudanças ocasionadas pela degradação das margens do rio e de seus afluentes. Depoimentos de pescadores demonstram a dificuldade de se viver da atividade por causa do assoreamento. “O estresse hídrico impacta na reprodução dos peixes. É preciso ter um volume de água significativo para que os animais possam realizar todo o processo e isto já não acontece mais”, explicou o doutor em Ecologia e Recursos Naturais e representante do Projeto Piabanha, Guilherme Souza, que participou do debate realizado após a exibição do documentário.

O filme faz uma narrativa, percorrendo toda a extensão do rio desde a nascente no estado de São Paulo até a foz em São João da Barra (RJ). Os impactos sofrido pela população do Rio de Janeiro chamam a atenção. No final de seu curso, o rio está sofrendo com o avanço do mar. “Até a região metropolitana do Rio, ele tem uma boa vazão por causa de seus afluentes. Depois é que perde força e está tendo suas águas salinizadas na foz”, relatou o representante do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Eduardo de Araújo Rodrigues.

Apresentação de documentário
Após a exibição do filme, convidados fizeram debate sobre os problemas hídricos.

Em seguida, as reflexões sobre a trajetória do Paraíba do Sul foram trazidas para a realidade da região. Eduardo perguntou quantas pessoas teriam visitado as margens do rio Pomba nos últimos meses. Poucos levantaram os braços. Ele comentou que a população precisa mudar sua relação com os rios. "Estamos precisando aprender a gostar novamente de nossos rios."

Para ele, a atração pelas águas não pode se resumir aos trechos em que elas cortam as cidades.“Como estamos cuidando de nossas cabeceiras? Temos que começar a ver os problemas do começo”, argumentou, citando a origem do Pomba na serra de Santa Bárbara do Tugúrio.

Apesar dos problemas, Eduardo acredita que a sociedade está voltando seu pensamento para uma boa relação com a natureza. “É possível promover desenvolvimento sustentável. Confio que um dia vamos voltar a conviver com o meio ambiente de forma harmônica.”

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