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Estudantes de Educação Física têm oportunidade de relatar experiências
O Centro Acadêmico de Educação Física (Caefi) tem realizado, semanalmente, palestras para os estudantes do curso. No dia 8, foi a vez dos estudantes Samuel da Encarnação, Irismar da Encarnação e Vítor Hugo dos Santos fazerem suas apresentações. Samuel falou sobre a história da educação física escolar e o futuro da profissão. Já sua irmã Irismar e o colega João Vítor dos Santos falaram sobre as experiências no Projeto Rondon e no intercâmbio em Portugal, respectivamente.
Samuel abriu a apresentação, contando a evolução dos estudos referentes à importância da educação física escolar. Ele lembrou que, no Brasil Império até a República Velha, a prática esportiva tinha cunho especificamente militar. Na Era Vargas, começaram as discussões sobre ligar a ciência à pedagogia. “Mas pouco adiantou porque o ensino continuava nas mãos de militares e médicos”, explicou. Na Ditadura, o esporte servia como controle da massa. “Tudo podia estar ruim, mas se a seleção brasileira de futebol vencesse, estava tudo bem”. Somente a partir da década de 80, os professores de educação física começaram a fazer mestrados e doutorados na Europa, iniciando as tendências pedagógicas.
Em seguida, mostrou como os pensadores da educação física atualmente adotam posicionamento diferenciado. “Temos que usar o movimento como instrumento para criar significados para o ser humano”, concluiu.
Esta não foi a primeira participação de Samuel nos eventos do Caefi. No dia 2 de maio, ele apresentou a palestra “Impactos dos exercícios sobre marcadores celulares e moleculares sobre o envelhecimento”.
Projeto Rondon
Irismar contou como foi participar da Operação Parnaíba do Projeto Rondon no início deste ano. Ela esteve com outros sete estudantes do campus na cidade de Boa Hora, no Piauí. Durante os dias em que ficou no município, desenvolveu palestras e oficinas sobre temas variados como ginástica laboral e violência contra a mulher. “Antes de ir, estudei várias coisas por não saber o que iria encontrar lá. Quando cheguei em Boa Hora, tive que alterar parte do meu planejamento por conhecer as reais necessidades daquele público.”
Ela acredita que o trabalho feito pela equipe já surtiu efeito. Irismar tem acompanhado, por meio de redes sociais, o que vem sendo desenvolvido na cidade piauiense. No Dia do Trabalhador, por exemplo, foi realizada corrida de rua, partidas de futebol feminino. “Acho que nosso trabalho surtiu algum efeito lá.”
Intercâmbio
Para encerrar a programação, o estudante Vítor Hugo relembrou como foram os dias em que passou na cidade de Guarda, em Portugal. Enquanto esteve no Instituto Politécnico, pôde desenvolver projetos de futebol integrado, avaliações de idosos e avaliação de aptidões físicas com adolescentes. “No Guarda +65, aplicamos questionários e testes práticos com o objetivo de melhorar a funcionalidade dos idosos.”
Vítor relatou ainda experiências pessoais, como a primeira viagem para o exterior e o sonho de ser jogador de futebol. “Eu sempre tentei viver de futebol. Mas sei que, se tivesse conseguido, hoje estaria em algum time de segunda ou terceira divisão e sem muitas expectativas para o futuro. As portas se abriram para mim por meio do estudo. Nunca imaginei ter este tipo de experiência e fui parar na Europa. Meu conselho a todos é: tentem. Se não tentarem, não vão conseguir nada na vida.”