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Intérprete de Libras do IF Sudeste MG - Campus Rio Pomba publica artigo em livro
#pratodosverem: a imagem é uma capa de livro vertical. Nela, destacam-se as cores branca e uma barra lateral verde claro, ambas com tracejados paralelos e em zigue-zague. Na parte branca, aparece o título do livro em destaque e letras pretas, além do substítulo em letras verdes menores. As informações "Volume II" e relação de organizadores aparecem na parte inferior: Ana Maria Franco Pereira, César Evangelista Fernandes Bressanin e Maria Zeneide Carneiro Magalhães Almeida, em sequência, um abaixo do outro, seguidos da palavra "Organizadores" que se difere pela cor verde. Na parte inferior da capa, aparece o logotipo da Editora Ilustração.
No último 24 de abril, a comunidade surda brasileira celebrou o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). A data comemorativa foi escolhida em função da publicação da Lei nº 10.436 de 2002, que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como mais um meio de comunicação utilizado pela comunidade surda do país.
Na esteira das comemorações, o IF Sudeste MG celebra a publicação de um trabalho interinstitucional e intercampi intitulado “A historicidade da educação de surdos”, publicado no dia 20 de abril como capítulo 14 da coletânea "Educação, Docência e Saberes: instituições, história, memória e experiências” (Volume II), da Editora Ilustração. Uma das responsáveis pela produção do trabalho foi a pedagoga, tradutora intérprete de Libras (TIL) do Campus Rio Pomba e graduanda em Letras, Patrícia Iracema Dias Rodrigues, que contou também com o professor e TIL do IFSULDEMINAS, Welisson Michael Silva e com a professora e TIL da mesma instituição sul-mineira, Camila de Araújo Cabral.
“Entendemos que a educação das pessoas surdas é um reflexo histórico e identitário. Com isso em mente, fizemos um resgate histórico da comunidade surda e de sua educação para que, a partir dessas ideologias, possamos pensar de forma inovadora em ações que apontem para uma factual inclusão socioeducacional desta comunidade”, explica Patrícia, em nome do grupo. Os autores relatam que debatem constantemente a educação de surdos, especialmente seus aspectos didáticos, metodológicos e cotidianos.
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Mais sobre a autora do Campus Rio Pomba
Para Patrícia, debater sobre inclusão sempre foi muito importante, não apenas por ser ela profissional da área de inclusão, mas também mãe de uma menina com paralisia cerebral. No decorrer dos estudos, ela conta que foi percebendo inúmeras questões e ideias com características sistêmicas e burocráticas que se disseminavam no momento da prática. Portanto, ao colocar em evidência um comparativo baseado no processo histórico da inclusão, fazendo um resgate de todo este contexto, ela e os demais autores comprovam que, na sociedade brasileira, a inclusão ainda é um fator recente e o que se destaca, na verdade, é a segregação. “Esta segregação vista pelos profissionais e pelos pais é o que impulsiona meu afinco com os estudos e pesquisas nesta área”, contou a servidora.
Patrícia acredita que, ao estudar, buscar referências na literatura e diferentes autores, salientando pontos e contrapontos, vive na prática todo o “caos” da inclusão, mas está sempre buscando mostrar que uma mudança é possível. “Devemos caminhar juntos em direção a ela. Ratifico o compromisso do registro escrito e sua relevância, porém com intenso afinco consolidar com a prática cotidiana. A satisfação de ter essa temática publicada e possibilitar a todos nós, coautores, uma sociedade inclusiva, aviva cada vez mais meu anseio pela mudança, pelos direitos e pelo respeito e, acima de tudo, pela igualdade”, destacou. Unindo a missão profissional ao amor de mãe, ela luta contra o preconceito e faz questão de dar o recado: “Maria Thereza, eu te amo. Com toda minha responsabilidade profissional, aconselho a comunidade surda a manter o foco e a coragem. Avante!”.