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Saiba como foi a defesa inédita de professor do IF Sudeste MG

O que faz o feito inédito é que é a primeira vez que um docente do instituto opta pela defesa e não pelo memorial para tornar-se professor titular

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Mesa redonda sobre Gênero lota sala do Campus São João del-Rei no VII Eras e VII Enneabi

A proposta da mesa foi de realizar análises a partir das vivências dos três palestrantes em relação a relações étnico-raciais com enfoque na comunidade LGBTQIAP+

Realizada em uma sala ampla, porém sem espaço para qualquer participante excedente, o segundo dia de VII Eras e VII Enneabi teve com uma de suas principais atrações a mesa redonda “Gênero e Vivências Étnico-Raciais”. A proposta foi de realizar análises a partir das vivências dos três palestrantes em relação a relações étnico-raciais com enfoque na comunidade LGBTQIAP+.

Nas palavras do organizador Rodolfo Rodrigues, que é também estudante de teatro da UFSJ, “a mesa é sobre a questão do gênero e sexualidade. Mas eu vou trazer um foco sobre todos esses eixos mais a classe. E como o teatro, a performance, a estética cultural, aquilo que a gente produz como elemento visual, falado, poético, acaba impactando no subconsciente e no cotidiano da sociedade como um todo.”

“Como a mesa é feita a partir das nossas vivências, ela é multi”, enfatiza a estudante de Letras do Campus São João del-Rei, Cláudia Elisa Amorim Santana, citando análise das novelas, vivência no teatro, letra escrita por Linn da Quebrada. “E eu, a partir do momento que eu me vejo escritora, eu venho como uma escritora que quer falar sobre as mulheres e dizer que as pretas também têm sexualidade, que ela existe e ela não é objetificada. E não é uma visão romântica também, quando eu digo que a sexualidade da mulher preta não é objetificada.” 

Assim, a mesa buscou tratar tanto das questões étnico-raciais quanto das questões de gênero, entrelaçando as vivências dos participantes e também teorias feministas, considerando-se que o movimento LGBT e o movimento étnico-racial se apoiam e teorias se valem umas das outras,  como explica Felipe Adão. “Elas se apoiam porque também são teorias contra-hegemônicas e emancipatórias.” 

Quando questionado sobre o motivo da alta procura pelo tema, Felipe diz acreditar que se deve ao interesse em discussões sobre as questões de gênero e aprender mais como tratar o outro. “Porque eu acho que por muito tempo nós fomos silenciados. Eu acho que nesses quatro anos e até anteriormente nós fomos muito silenciados. Então as pessoas querem saber, querem se informar e querem falar. A procura é essa.”

Nesse sentido, Cláudia completou: “o interesse das pessoas se deve à nossa divulgação e ao nosso esforço pra que o evento fosse visualizado. E também ao momento e à necessidade que as pessoas têm de estar falando sobre isso, de encontrar lugar e segurança para se falar a respeito da temática.”

Sessões temáticas do VII Enneabi e do VII Eras destacam trocas de experiências

Durante os dois dias do VII Enneabi e do VII Eras, o público presente pôde participar de 14 sessões temáticas de assuntos variados

As sessões destacaram as trocas de experiências de pessoas de vários estados brasileiros. Conforme a Pró-reitora de Extensão do IF Sudeste MG, professora Rosana Machado de Souza, os pesquisadores tiveram a oportunidade de construir as sessões temáticas de acordo com o desejo de discussões deles, o que possibilitou uma diversidade de conteúdos no evento.

A Pró-reitora destacou ainda que aliado a isso, foi uma proposta da comissão organizadora que as sessões temáticas não fossem muito endurecidas pelo rigor acadêmico, para que se permitisse outros tipos de saberes: saberes ancestrais e  saberes que dialogassem com a juventude: “Já foi uma orientação para todos os membros do evento para que se construísse sessões temáticas e permitisse que essas pessoas que têm outros saberes, outras formas de apresentar saberes também fossem aceitas", explica Rosana.

A servidora IF Sudeste MG – Campus Santos Dumont, Vivian Ramos Calvalcante, participou, na sexta-feira, 15 de setembro, do debate da sessão temática “Interseccionalidade, branquitude e relações de trabalho” e enfatizou a riqueza das discussões: “As sessões temáticas dão mais abertura para discussão, têm mais apresentações pessoais,” avalia a servidora.

 

Vivian é a primeira da esquerda para a direita

Apresentações de trabalhos: jogo inspirado em orixá destaca-se entre diferentes pôsteres no 2º dia de VII Eras e VII Enneabi

Avaliadora diz ter se surpreendido com número de submissões e destaca também projeto do IFRJ que traz à tona autores negros

Dentre uma vasta diversidade de trabalhos e experiências compartilhadas em pôsteres no 2º dia de VII Eras e VIII Enneabi, um jogo de tabuleiro destaca-se pela ludicidade. Denominado Orunmilá, a proposta, levada ao evento por estudantes do Cefet - MG - Campus Curvelo, envolve dúvidas existenciais como uma forma de aquisição de conhecimento que favorece o combate ao racismo estrutural.

A componente da equipe Ana Vitória Moreira (na foto ao lado) foi quem se voluntariou a explicar: “Já jogou trilha? Ele [o jogo Orunmilá] é uma amarelinha e você joga um dado de seis faces. Caiu cinco, você ‘anda’ cinco casinhas e, em cada casinha, você tem um questionamento. Basicamente, todos eles são relacionados a questões étnico-raciais e ao racismo estrutural. São perguntas que vão te levar a refletir sobre o racismo estrutural: como o racismo é no seu dia a dia? Como ele te afeta, afeta quem está ao seu redor? e como você pode trabalhar para poder resolver isso no seu ambiente?”

A equipe fundamenta o trabalho na ideia de que racismo é uma ideologia de dominação construída a partir da escravização de povos e extermínio de culturas. Sendo uma construção histórica, política e social cuja dominação perdura nos dias de hoje, com os mais diversos efeitos possíveis, é necessário falar sobre ele. “Para combatê-lo, é necessário saber que não há que esconder o assunto, pois isso só o reforça ainda mais. Então é necessário nós conversarmos, debatermos… saber por que isso acontece e como acontece.”

O nome do jogo foi inspirado em um orixá homônimo da mitologia yorubá: “Orunmilá é basicamente quem tem todo o conhecimento, é aquele que tudo sabe, que tudo vê.” Trata-se do terceiro projeto desenvolvido pelo grupo de alunos, como uma espécie de desdobramento dos dois primeiros. “Essa daqui é uma versão mais avançada do jogo. Quando a gente começou, nós começamos com uma roleta (...). Aí a gente levou ele para a Praça de Governo, que teve uma apresentação de alguns trabalhos lá. E foram chegando pessoas que a gente não conhecia. Também chegaram professores que não eram tão antenados na área e começaram a liderar, chegaram outras pessoas e foram também liderando.” Contudo, ela explica que a existência de uma figura central não é essencial, mas sim a investigação e a reflexão.

Equipe do projeto que originou o jogo junto a avaliadores do evento

Machado de Assis embranquecido?

Em meio à riqueza de diferentes trabalhos, um segundo chamava a atenção por mostrar uma espécie de “antes e depois” do lendário escritor Machado de Assis. Qual seria o mais fidedigno? O preto ou o branco? Segundo a autora do projeto “Letras pretas: estudo sobre a presença de autores negros na literatura brasileira”, o que ocorreu com Machado de Assis ocorreu também com diversos outros autores literários cuja representação fotográfica ou artística sofreu uma “embranquecimento” para aproximá-los do padrão branco de beleza tradicionalmente vigente.

Mas evidenciar este tipo de prática racista não é o principal objetivo do projeto apresentado pela estudante do IF Fluminense - Campus Cambuci, Ana Clara Tavares (na foto ao lado). E sim, desenvolver o hábito e técnicas de leitura, com foco em obras de autores e autoras negras não conhecidas justamente por causa do racismo. Em meio a alunos dispostos em roda, organiza-se um espaço onde as pessoas se veem e ouvem mensalmente, em torno de obras escolhidas pela própria Ana Clara, bolsista orientada pelo professor Rian Ferreira. 

Uma das metas que já vêm sendo alcançadas é a ampliação do repertório cultural dos participantes, cujas pesquisas e trabalhos acadêmicos se engrandecem a partir do “escovar a história à contrapelo” (expressão utilizada no poster).

 

“Maracatu Baque do Vale do Pomba” movimenta VII Enneabi e VII Eras

Ao som das músicas e através da dança, o grupo apresentou uma importante manifestação cultural do nosso país, trazendo alegria e reflexões sobre a temática do evento

Com o lounge lotado no VII Enneabi e no VII Eras, o público assistiu e interagiu com a apresentação cultural “Maracatu Baque do Vale do Pomba” do IF Sudeste MG – Campus Rio Pomba. Ao som das músicas e através da dança, o grupo apresentou uma importante manifestação cultural do nosso país, trazendo alegria e reflexões sobre a temática do evento: “É uma responsabilidade a nossa apresentação. É a divulgação de algo muito abafado, que tem que ser divulgado de maneira respeitosa. É algo que traz um pouco de medo, de fazer algo bonito e não pode errar, mas traz a segurança, de um lugar confortável onde a gente pode ser o que a gente realmente é. Um lugar não embranquecido, um lugar que traz uma diversidade cultural muito para além do que o nosso cotidiano coloca como padrão. E eu acho isso incrível,” afirmou uma das componentes do grupo Maracatu Baque do Vale do Pomba, Valentina. 

Para a coordenadora das ações inclusivas do IF Sudeste MG, Margarete Moreira Coutinho e Silva, o Encontro como um todo é de extrema importância, e as apresentações culturais “trazem alegria para o evento, trazem força e envolvem os alunos de uma forma muito profunda porque eles se sentem dentro da apresentação".

O Grupo "Maracatu Baque do Vale do Pomba" tem mais de 10 anos de existência e realiza oficinas durante todo o ano, renovando sempre os batuqueiros: “São os estudantes fazendo e apresentando uma forma rítmica. Essa é a nossa função, trazer mais essa cultura e o aprendizado ritmíco. Uma divulgação da cultura afro-brasileira”, finalizou Valentina. 



VII ERAS e VII ENNEABI: Feira Afroempreendedora abre espaço para produtos e troca de experiências étnicas

Empreendedorismo étnico-racial ganhou espaço nos eventos do Campus São João del-Rei. Feira teve expositores de diversas partes do país

Quem passou pelo lounge instalado no campus São João del-Rei do IF Sudeste MG, na última semana, não pôde seguir adiante sem dar uma parada para conferir os produtos da Feira Afroempreendedora. Foi mais uma iniciativa de sucesso dentro da programação da sétima edição do Encontro Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) e grupos correlatos da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica (Enneabi), sediada pelo campus no período de 14 a 16 de setembro.

Em meio a conversas com diversos sotaques, roupas e pinturas coloridas e muito papo importante dentro do universo político-educacional-social brasileiro, o público pôde também admirar e adquirir os trabalhos colocados à venda pelos participantes no evento. Uma mistura de influências negras, brancas, quilombolas e indígenas em bancas que se espalharam nos arredores da quadra da escola.

Figura marcante na feira, Daisy Cristina Santiago, veio de Barbacena e trouxe para a feira brincos, pulseiras, bolsas customizadas e muita atitude. “Tenho uma empresa com minha irmã e trabalhamos somente com produtos étnicos. É muito gratificante estar aqui e poder mostrar adereços que muita gente não conhece, com referências negras, cores e estampas que remetem a nossa raça”, explica.

O empreendedor Frederico Lopes, de Juiz de Fora, fez questão de mostrar os colares artesanais, feitos com cerâmica, produzidos por sua família. “ Trazemos a religiosidade nas peças apresentadas, mas também produtos que são usados para ornamentação, independente de qualquer coisa. Um evento como o Enneabi enaltece a cultura afro e abre espaço para que nossos produtos sejam vistos por representantes de todo o Brasil. Não só divulgamos a marca, mas representamos a religiosidade africana no evento”, comenta.

Não somente um, mas pelo menos três stands ofereciam produtos de origem indígena. A dificuldade de comunicação em língua portuguesa não foi obstáculo para os estudantes do campus Barra do Corda, do Instituto Federal do Maranhão, interagirem com o público durante a feira. Os indígenas da etnia canela, Marco Partay, Cláudio Cotthkre e Denilson Pecxá, trouxeram cestos e bolsas feitos com fibra do buriti para vender no evento: “Viajamos três dias de ônibus para participar pela primeira vez de um evento como o Enneabi. São muitas atividades e estamos felizes por ter vindo”, completa Marco.

Da esquerda para a direita: Denilson Pecxá, Marco Partay e Claudio Cotthkre

 

Livros e mais livros com a temática afroindígena ocuparam o stand montado por Vânia Moreira, que fez do evento uma extensão de sua livraria Quilombo Cultural, do Rio de Janeiro. “Temos livros somente com temática racial, de várias editoras que não são muito conhecidas no mercado. As pessoas até se surpreendem com a variedade de títulos sobre os mais diversos assuntos. É muito importante participar deste tipo de evento acadêmico-cultural e poder compartilhar literatura, mas também conhecimentos, experiências. Também dar uma  forma alternativa de acesso a conteúdos que não são encontrados em livrarias tradicionais”, destaca.

 

 

 

 

O evento, que teve como tema “Rede Federal na Encruzilhada: entre resistências e reconstruções”, reuniu pesquisadores, educadores, estudantes e demais interessados na temática da educação para as relações étnico-raciais, alocados nos IFs e nas demais IES – Instituições de Ensino Superior do Brasil, em parceria com os participantes de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) e grupos correlatos, para a troca de experiências, debates e vivências a cerca de temas inadiáveis no ambiente escolar e nas discussões da política voltada para a Educação brasileira.

 

Divulgado resultado da seleção para o Preparatório PISM I e II

O curso terá início no dia 26 de setembro. Para confirmar sua inscrição, o candidato aprovado deverá comparecer às 11h nas salas indicadas pela coordenação.

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Estudantes de Direito apresentam trabalho sobre desigualdade social no VII Enneabi

Foi apresentado um banner que leva o nome “ Proposta de tombamento no assentamento Dênis Gonçalves”, trabalho desenvolvido pelos alunos Cesar Augusto Gomes de Souza, do sexto período, e Jaqueline Meira Souza, do nono período, sob orientação da professora Ana Luiza.

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O encontro entre projetos acadêmicos e realidades locais: conheça experiências compartilhadas no VII Enneabi e no VII Eras

Diversidade regional dos eventos permitiu aos participantes o contato com diferentes histórias por meio de projetos desenvolvidos na Rede Federal

A presença de delegações de todas as regiões do país garantiu ao VII Enneabi (Encontro Nacional de Neabs, Neabis e grupos correlatos da Rede Federal) e ao VII Eras (Encontro de Relações Raciais e Sociedade) uma diversidade que enriqueceu as experiências de quem acompanhou as atividades. Um dos aspectos mais fascinantes nos eventos, realizados no Campus São João del-Rei do IF Sudeste MG, foi a conexão entre as realidades locais e os projetos acadêmicos desenvolvidos no contexto da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

“Fazemos questão de levar nossos alunos aos eventos. Eles apresentam trabalhos. Tenho alunos hoje doutores, mestres, que estão em outros países. Nossos cursos, além de formar tecnicamente, também se dedicam à formação humana. A Rede Federal muda vidas”, aponta Fábia Holanda de Brito, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus São José de Ribamar do IFMA. 

Do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), veio a maior delegação participante dos eventos: cerca de 120 pessoas, de vários campi da instituição. Uma delas foi a professora de História Fábia Holanda de Brito, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus São José de Ribamar. Em uma das sessões temáticas do evento, ela apresentou o trabalho “Aquilombados - Eh! Boi rapaziada: festa de São Marçal, território do Bumba-Meu-Boi”.

A festa de São Marçal é uma manifestação muito tradicional da cultura popular maranhense, que nasce como um ato de resistência e reúne grupos brincantes de bumba-meu-boi. “Os sujeitos citadinos, trabalhadoras e trabalhadores em geral, muitas vezes estão invisíveis nas áreas chamadas 'nobres'. Nas festas, nas brincadeiras populares, eles se tornam visíveis. Isso precisa ser observado pela academia. É importante saber quem são as pessoas, registrar suas narrativas”, comenta a coordenadora local do Neabi.

 

 

“Porque ele não é só o sujeito da cidade ou o sujeito brincante. Ele é um todo. Quais políticas públicas estão sendo feitas para atender a essas pessoas? Aos poucos, o universo acadêmico está prestando mais atenção a tudo isso. É a partir da luta dessas pessoas que acontecem as conquistas”, acrescenta a pesquisadora, que valoriza a oportunidade de encontros nacionais como o Enneabi.

“Fazemos questão de levar nossos alunos aos eventos. Eles apresentam trabalhos. Tenho alunos hoje doutores, mestres, que estão em outros países. Nossos cursos, além de formar tecnicamente, também se dedicam à formação humana. A Rede Federal muda vidas”, completa. 

A aluna e pesquisadora Yhanna Beatriz Nunes, do 2º ano do curso técnico em Agenciamento de Viagem integrado ao Ensino Médio do Campus Barreirinhas, fez parte da delegação do IFMA, que viajou durante três dias de ônibus até São João del-Rei. Para ela, uma jornada que vale a pena, uma oportunidade de trocar experiências e compartilhar os resultados de um projeto desenvolvido junto à comunidade quilombola Santo Antônio, em Barreirinhas.

 

“É extremamente gratificante. Todas as vezes que vou à comunidade, volto com novas experiências. Há muitas comunidades quilombolas em Barreirinhas. Estamos também trabalhando para ajudar no fortalecimento dessas raízes e desses laços. Eu me encantei com esse trabalho e pretendo continuar”, conta a estudante, que iniciou o contato com o quilombo Santo Antônio a partir de um trabalho proposto pelo Neabi do Campus Barreirinhas no contexto do Dia da Consciência Negra.

 

Tribos Yanomami, o olhar de Claudia Andujar e o Instagram

De origem suíça, a fotógrafa Claudia Andujar se naturalizou brasileira e se transformou, na segunda metade do século passado, em uma grande aliada da defesa dos direitos das tribos Yanomami, uma luta muito presente e necessária até os dias atuais. Os povos originários sempre estiveram presentes nas fotografias de Claudia, que naquela época eram divulgadas a partir de exposições e revistas.

“E se os povos da floresta tivessem Instagram?”. A pergunta formulada pelo professor Paulo Nascimento e os estudantes do curso técnico em Informática integrado Anne Asan, Nataly Bilhar e Miguel Fragoso, do Campus Iranduba do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), também deu título ao projeto apresentado por eles no primeiro dia do VII Enneabi. A ideia foi levar a banners impressos uma exposição de fotos de Andujar no layout de postagens na rede social.

Responsável pela parte visual do projeto, Anne explica que “foram selecionadas as fotos mais marcantes de Claudia que estão no arquivo do Instituto Moreira Salles”. Para Miguel,  a ação também é uma forma de chamar atenção para o ativismo de Andujar, e não apenas para as fotografias propriamente ditas. “A grande maioria das fotos que utilizamos de Claudia Andujar é de tribos Yanomami. Ela retratou muito os povos indígenas, especialmente no estado do Amazonas. Ela também lutou muito pela defesa dos direitos do povo Yanomami”, contextualiza o estudante.

No segundo dia do Enneabi, professor e estudantes apresentaram, para este mesmo trabalho, imagens registradas na Amazônia no século XIX pelo fotógrafo alemão Albert Frisch.

Nota de pesar

Com muito pesar, comunicamos o falecimento do amigo e parceiro Luc Vankrunkelsven, ocorrido na sexta feira, 15 de setembro, de 2023, em Chapecó, SC. Desde 2008 o campus Rio Pomba recebia anualmente a visita do professor, que sempre trazia novidades sobre o movimento agroecológico da Europa e do mundo e suas novas publicações.

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Oficinas oferecem capacitação e reflexões a participantes do VII Enneabi e do VII Eras

Atividades nas manhãs de quinta e sexta-feira agregaram conhecimento sobre temas diversos e possibilidades de compreensão de dinâmicas sociorraciais

Quem participa de eventos como o VII Enneabi (Encontro Nacional de Neabs, Neabis e grupos correlatos da Rede Federal) e o VII Eras (Encontro de Relações Raciais e Sociedade), nunca é a mesma pessoa quando volta para casa. Esse processo acontece não apenas pelo intercâmbio entre representantes de todas as regiões do país, mas também pela chance de se capacitar e de compreender melhor determinadas dinâmicas. As oficinas e os minicursos realizados nas manhãs de quinta e sexta-feira, 14 e 15 de setembro, no Campus São João del-Rei do IF Sudeste MG cumpriram este papel com excelência.

Uma das salas mais cheias do evento foi a reservada à “Oficina de promoção da igualdade racial e enfrentamento ao racismo: as cotas raciais e as bancas de heteroidentificação no serviço público e na educação”. As bancas de heteroidentificação são um instrumento complementar à autodeclaração que, no âmbito das instituições públicas, ajudam a garantir que o acesso às vagas correspondentes às políticas de cotas raciais aconteça conforme previsto pela legislação.

 Ministrante da oficina, o pró-reitor adjunto de graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Adilson Pereira dos Santos, reforçou a importância das bancas e de sua capacitação. “A participação das pessoas (na oficina) é de fundamental importância. Com o advento das comissões de heteroidentificação, esses grupos acabaram se tornando os guardiães da execução adequada da Lei de Cotas, que tem como objetivo aumentar a presença de pessoas pretas, pardas e indígenas tanto nos Institutos Federais quanto em universidades”, contextualiza.

 

Identidade racial

Identidade racial foi o tema central da oficina “Enegre(ser) as relações: o Eu, o Outro e o Nós”, ministrada pela aluna Hellen Mariano Roberto, do curso técnico em Multimídia do Campus Avançado Cataguases do IF Sudeste MG. Também professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental em Cataguases, Hellen promoveu uma dinâmica que levou os participantes da oficina a reflexões sobre identidades.

"A proposta foi trazer recortes de como o processo de tornar-se negro é gradativo, algo construído desde a infância até a vida adulta. Nós pedimos para os participantes fazerem um autorretrato, para trabalhar essa questão da identidade racial e perceber como as pessoas se portam em relação a essa autoaceitação”, detalha. Também proponho esse trabalho de identidade racial com crianças em uma escola estadual em Cataguases. Numa sociedade racista e miscigenada, é importante que a gente compreenda esses processos, até para se reerguer e não aceitar manifestações veladas de racismo. É fundamental o reconhecimento como parte da negritude, um grupo que, embora grande, é considerado minoria (no contexto da nossa sociedade). É um grupo em constante ascensão em relação à militância e ao seu empoderamento”, enfatiza.

“Por me identificar como uma pessoa branca, nunca vou sentir o que é ser vítima de um episódio de racismo. Estando no Neabi, entendo que consigo contribuir mais quando escuto relatos e participo de eventos, para tentar ajudar a fazer a diferença com ações que sejam importantes para a nossa unidade”, comenta a servidora Vívian Cavalcanti .

 

A servidora Vívian Cavalcanti, uma das integrantes da oficina, relata que o encontro foi mais uma experiência valiosa para enriquecer o trabalho realizado pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG, órgão do qual é secretária.

“Por me identificar como uma pessoa branca, nunca vou sentir o que é ser vítima de um episódio de racismo. Estando no Neabi, entendo que consigo contribuir mais quando escuto relatos e participo de eventos, para tentar ajudar a fazer a diferença com ações que sejam importantes para a nossa unidade”, comenta a técnica em Edificações.

 

Estudantes do IF Sudeste MG conquistam medalha de ouro na OBAP

A equipe do campus Rio Pomba, denominada TecnoAgro, garantiu o primeiro lugar geral na competição com a atuação dos alunos Bárbara Campos de Oliveira (3º ano), Francisco Junior Maia Toledo (2º ano) e Samuel Furtado Troccoli (2º ano) do curso técnico em Agropecuária, sob a orientação do professor Marcos Luiz Rebouças Bastiani.

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Começa hoje o I Encontro Desafios e Horizontes da EPT: Docência e Gestão

O campus Rio Pomba sedia o evento, que acontece nos dias 18 e 19 de setembro, com ampla programação de minicursos e apresentação de trabalhos acadêmicos produzidos pelo curso de Especialização em Docência na EPT e pelo Mestrado Profissional em EPT do IF Sudeste MG.

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