Geral
NAI promove ações no campus Rio Pomba em comemoração ao Dia Nacional do Surdo
Inscrições para o XIV ECEM terminam no dia 3 de outubro
IF Sudeste MG seleciona servidores para atuarem como bolsistas do Programa Mulheres Mil
Campus Rio Pomba recebe visita de alunos da Escola Municipal Padre Manoel
Sábado letivo terá "Ciência na praça" no dia 30 de setembro em Rio Pomba
Projeto CGP com você apresenta 4ª edição da ação "Conhece meu trabalho?"
IF Sudeste MG participa novamente do Projeto Rondon
Dia da Árvore é comemorado no campus Rio Pomba com distribuição e plantio de mudas
Campus Rio Pomba realiza consulta pública do Regulamento de Conduta Discente
Estudantes de Serviços Jurídicos fazem visitas técnicas a Cartórios de Rio Pomba
Campus Rio Pomba sedia IX Fórum Nacional de Formação Acadêmica e Atuação Profissional do Cientista de Alimentos – FOCAL e V SICITEA
“Uma força chamada Neabis”: participantes fazem balanço do VII Eras e VII Enneabi e comemoram resultados em âmbito nacional
Estudantes de Educação Física participam de Congresso sobre Fisiologia do Exercício
Projeto CGP com você! divulga recepção aos novos servidores do campus
Programa de Integridade: IF Sudeste MG promove palestra
No próximo dia 29, sexta-feira, a Comissão Executiva do Programa de Integridade vai promover o evento "Programa de Integridade do IF Sudeste MG: ações e instâncias". A palestra será das 9 às 12 horas, online, através do Youtube, e pretende disseminar os conceitos de integridade institucional e apresentar os setores à comunidade, para que assim haja maior familiaridade e integração ao Programa.
Toda a comunidade está convidada a participar, afinal integridade diz respeito a todos nós. Não é necessário realizar inscrição. Os palestrantes serão a auditora Maria Luiza Firmiano, o corregedor Leandro Bergamini, a presidente da Comissão de Ética professora Alessandra Furtado Fernandes, a diretora de Gestão de Pessoas Kelly Cristina e o ouvidor Januário Fernandes.
O Programa de Integridade
O Governo Federal tem se empenhado em promover a integridade pública como forma sustentável de combater a corrupção, restaurar a confiança dos cidadãos em nossas instituições e prestar serviços públicos com mais qualidade. Essa busca pela integridade tem norteado a adoção de iniciativas que envolvem o aumento da transparência, a gestão adequada de recursos, a adoção de mecanismos de punição de agentes públicos por desvios e o estreitamento do relacionamento do Estado com a população.
Mas, afinal, o que é integridade pública? E por que ela é tão importante?
Integridade pública deve ser entendida como o conjunto de arranjos institucionais que visam a fazer com que a Administração Pública não se desvie de seu objetivo principal: entregar os resultados esperados pela população de forma adequada, imparcial e eficiente.
Fonte: portal gov.br
Saiba como foi a defesa inédita de professor do IF Sudeste MG
Mesa redonda sobre Gênero lota sala do Campus São João del-Rei no VII Eras e VII Enneabi
Realizada em uma sala ampla, porém sem espaço para qualquer participante excedente, o segundo dia de VII Eras e VII Enneabi teve com uma de suas principais atrações a mesa redonda “Gênero e Vivências Étnico-Raciais”. A proposta foi de realizar análises a partir das vivências dos três palestrantes em relação a relações étnico-raciais com enfoque na comunidade LGBTQIAP+.
Nas palavras do organizador Rodolfo Rodrigues, que é também estudante de teatro da UFSJ, “a mesa é sobre a questão do gênero e sexualidade. Mas eu vou trazer um foco sobre todos esses eixos mais a classe. E como o teatro, a performance, a estética cultural, aquilo que a gente produz como elemento visual, falado, poético, acaba impactando no subconsciente e no cotidiano da sociedade como um todo.”
“Como a mesa é feita a partir das nossas vivências, ela é multi”, enfatiza a estudante de Letras do Campus São João del-Rei, Cláudia Elisa Amorim Santana, citando análise das novelas, vivência no teatro, letra escrita por Linn da Quebrada. “E eu, a partir do momento que eu me vejo escritora, eu venho como uma escritora que quer falar sobre as mulheres e dizer que as pretas também têm sexualidade, que ela existe e ela não é objetificada. E não é uma visão romântica também, quando eu digo que a sexualidade da mulher preta não é objetificada.”
Assim, a mesa buscou tratar tanto das questões étnico-raciais quanto das questões de gênero, entrelaçando as vivências dos participantes e também teorias feministas, considerando-se que o movimento LGBT e o movimento étnico-racial se apoiam e teorias se valem umas das outras, como explica Felipe Adão. “Elas se apoiam porque também são teorias contra-hegemônicas e emancipatórias.”
Quando questionado sobre o motivo da alta procura pelo tema, Felipe diz acreditar que se deve ao interesse em discussões sobre as questões de gênero e aprender mais como tratar o outro. “Porque eu acho que por muito tempo nós fomos silenciados. Eu acho que nesses quatro anos e até anteriormente nós fomos muito silenciados. Então as pessoas querem saber, querem se informar e querem falar. A procura é essa.”
Nesse sentido, Cláudia completou: “o interesse das pessoas se deve à nossa divulgação e ao nosso esforço pra que o evento fosse visualizado. E também ao momento e à necessidade que as pessoas têm de estar falando sobre isso, de encontrar lugar e segurança para se falar a respeito da temática.”
Sessões temáticas do VII Enneabi e do VII Eras destacam trocas de experiências
As sessões destacaram as trocas de experiências de pessoas de vários estados brasileiros. Conforme a Pró-reitora de Extensão do IF Sudeste MG, professora Rosana Machado de Souza, os pesquisadores tiveram a oportunidade de construir as sessões temáticas de acordo com o desejo de discussões deles, o que possibilitou uma diversidade de conteúdos no evento.
A Pró-reitora destacou ainda que aliado a isso, foi uma proposta da comissão organizadora que as sessões temáticas não fossem muito endurecidas pelo rigor acadêmico, para que se permitisse outros tipos de saberes: saberes ancestrais e saberes que dialogassem com a juventude: “Já foi uma orientação para todos os membros do evento para que se construísse sessões temáticas e permitisse que essas pessoas que têm outros saberes, outras formas de apresentar saberes também fossem aceitas", explica Rosana.
A servidora IF Sudeste MG – Campus Santos Dumont, Vivian Ramos Calvalcante, participou, na sexta-feira, 15 de setembro, do debate da sessão temática “Interseccionalidade, branquitude e relações de trabalho” e enfatizou a riqueza das discussões: “As sessões temáticas dão mais abertura para discussão, têm mais apresentações pessoais,” avalia a servidora.
Vivian é a primeira da esquerda para a direita
Apresentações de trabalhos: jogo inspirado em orixá destaca-se entre diferentes pôsteres no 2º dia de VII Eras e VII Enneabi
Dentre uma vasta diversidade de trabalhos e experiências compartilhadas em pôsteres no 2º dia de VII Eras e VIII Enneabi, um jogo de tabuleiro destaca-se pela ludicidade. Denominado Orunmilá, a proposta, levada ao evento por estudantes do Cefet - MG - Campus Curvelo, envolve dúvidas existenciais como uma forma de aquisição de conhecimento que favorece o combate ao racismo estrutural.
A componente da equipe Ana Vitória Moreira (na foto ao lado) foi quem se voluntariou a explicar: “Já jogou trilha? Ele [o jogo Orunmilá] é uma amarelinha e você joga um dado de seis faces. Caiu cinco, você ‘anda’ cinco casinhas e, em cada casinha, você tem um questionamento. Basicamente, todos eles são relacionados a questões étnico-raciais e ao racismo estrutural. São perguntas que vão te levar a refletir sobre o racismo estrutural: como o racismo é no seu dia a dia? Como ele te afeta, afeta quem está ao seu redor? e como você pode trabalhar para poder resolver isso no seu ambiente?”
A equipe fundamenta o trabalho na ideia de que racismo é uma ideologia de dominação construída a partir da escravização de povos e extermínio de culturas. Sendo uma construção histórica, política e social cuja dominação perdura nos dias de hoje, com os mais diversos efeitos possíveis, é necessário falar sobre ele. “Para combatê-lo, é necessário saber que não há que esconder o assunto, pois isso só o reforça ainda mais. Então é necessário nós conversarmos, debatermos… saber por que isso acontece e como acontece.”
O nome do jogo foi inspirado em um orixá homônimo da mitologia yorubá: “Orunmilá é basicamente quem tem todo o conhecimento, é aquele que tudo sabe, que tudo vê.” Trata-se do terceiro projeto desenvolvido pelo grupo de alunos, como uma espécie de desdobramento dos dois primeiros. “Essa daqui é uma versão mais avançada do jogo. Quando a gente começou, nós começamos com uma roleta (...). Aí a gente levou ele para a Praça de Governo, que teve uma apresentação de alguns trabalhos lá. E foram chegando pessoas que a gente não conhecia. Também chegaram professores que não eram tão antenados na área e começaram a liderar, chegaram outras pessoas e foram também liderando.” Contudo, ela explica que a existência de uma figura central não é essencial, mas sim a investigação e a reflexão.
Equipe do projeto que originou o jogo junto a avaliadores do evento
Machado de Assis embranquecido?
Em meio à riqueza de diferentes trabalhos, um segundo chamava a atenção por mostrar uma espécie de “antes e depois” do lendário escritor Machado de Assis. Qual seria o mais fidedigno? O preto ou o branco? Segundo a autora do projeto “Letras pretas: estudo sobre a presença de autores negros na literatura brasileira”, o que ocorreu com Machado de Assis ocorreu também com diversos outros autores literários cuja representação fotográfica ou artística sofreu uma “embranquecimento” para aproximá-los do padrão branco de beleza tradicionalmente vigente.
Mas evidenciar este tipo de prática racista não é o principal objetivo do projeto apresentado pela estudante do IF Fluminense - Campus Cambuci, Ana Clara Tavares (na foto ao lado). E sim, desenvolver o hábito e técnicas de leitura, com foco em obras de autores e autoras negras não conhecidas justamente por causa do racismo. Em meio a alunos dispostos em roda, organiza-se um espaço onde as pessoas se veem e ouvem mensalmente, em torno de obras escolhidas pela própria Ana Clara, bolsista orientada pelo professor Rian Ferreira.
Uma das metas que já vêm sendo alcançadas é a ampliação do repertório cultural dos participantes, cujas pesquisas e trabalhos acadêmicos se engrandecem a partir do “escovar a história à contrapelo” (expressão utilizada no poster).
“Maracatu Baque do Vale do Pomba” movimenta VII Enneabi e VII Eras
Com o lounge lotado no VII Enneabi e no VII Eras, o público assistiu e interagiu com a apresentação cultural “Maracatu Baque do Vale do Pomba” do IF Sudeste MG – Campus Rio Pomba. Ao som das músicas e através da dança, o grupo apresentou uma importante manifestação cultural do nosso país, trazendo alegria e reflexões sobre a temática do evento: “É uma responsabilidade a nossa apresentação. É a divulgação de algo muito abafado, que tem que ser divulgado de maneira respeitosa. É algo que traz um pouco de medo, de fazer algo bonito e não pode errar, mas traz a segurança, de um lugar confortável onde a gente pode ser o que a gente realmente é. Um lugar não embranquecido, um lugar que traz uma diversidade cultural muito para além do que o nosso cotidiano coloca como padrão. E eu acho isso incrível,” afirmou uma das componentes do grupo Maracatu Baque do Vale do Pomba, Valentina.
Para a coordenadora das ações inclusivas do IF Sudeste MG, Margarete Moreira Coutinho e Silva, o Encontro como um todo é de extrema importância, e as apresentações culturais “trazem alegria para o evento, trazem força e envolvem os alunos de uma forma muito profunda porque eles se sentem dentro da apresentação".
O Grupo "Maracatu Baque do Vale do Pomba" tem mais de 10 anos de existência e realiza oficinas durante todo o ano, renovando sempre os batuqueiros: “São os estudantes fazendo e apresentando uma forma rítmica. Essa é a nossa função, trazer mais essa cultura e o aprendizado ritmíco. Uma divulgação da cultura afro-brasileira”, finalizou Valentina.