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Um ano de pandemia: o coronavírus não parou o IF Sudeste MG!
A notícia ao lado, publicada em 27 de fevereiro no site Newslab, fala da confirmação, pelo Ministério da Saúde, do primeiro caso de Covid-19 no Brasil. O fato aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2020. No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde, OMS, decretou a pandemia. A partir daí, foi dada a largada para uma corrida da humanidade em busca de entender o funcionamento do vírus, os mecanismos de contágio, as formas de prevenção e, principalmente, pelo desenvolvimento de vacinas. Ao longo desses doze meses e uns dias de corrida, muitas descobertas foram feitas, vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde, mas, milhões de vidas sucumbiram ao vírus, que é tão mortal, quanto silencioso. No Brasil, ao finalizar esta matéria já eram 282.127 mortos. E, infelizmente, no momento que você estiver lendo, o número já estará bastante desatualizado. A vacinação começou em nosso país e trouxe esperança, porém, enquanto ela anda a passos de tartaruga, o vírus se espalha com velocidade meteórica. O Brasil, referência mundial em vacinação pública, não usou a sua expertise para traçar um plano eficaz e, segundo a Fiocruz, mantendo o ritmo atual, o país levará dois anos e meio para vacinar toda a população acima de 18 anos. Não dá mesmo para parar e esperar.
Pela preservação da vida
No dia 17 de março, há um ano exatamente, o IF Sudeste MG decretou a suspensão das suas atividades presenciais. Foi aí que começou a corrida do instituto rumo a contribuir com a luta contra a Covid-19 e a garantir que ensino, pesquisa e extensão seguissem vivos. Priorizando a segurança de todos, a maior parte dos servidores passou a desempenhar suas funções através do home office. Foram muitos desafios, muitas dúvidas, muita luta, muito trabalho, mas, a análise desse ano ímpar é positiva e pode ser resumida em uma única frase: O coronavírus não parou o IF Sudeste MG.
“Desde a decisão difícil de suspender as atividades administrativas e acadêmicas, nossa instituição não parou em nenhum momento. Pelo contrário, nesse período de um ano de distanciamento social, tivemos que discutir, definir, organizar e implementar conjuntamente (Reitoria e campi) uma série de ações de forma cautelosa e tempestiva, tendo em vista proteger, amparar e dar total condição e apoio à comunidade acadêmica para enfrentar, da melhor forma possível, as dificuldades impostas pela pandemia. Com muito trabalho, coragem e esforço conjunto conseguimos atravessar momentos de muita angústia e preocupação”, afirma Charles Okama de Souza, reitor do IF Sudeste MG.
“Diante de tudo, nossa premissa maior sempre foi a preservação da vida de nossos servidores, colaboradores, estudantes e familiares. Todas as deliberações convertidas em dispositivos legais e normativos, vem sendo, portanto, baseadas nesta premissa”.
Como disse o reitor, a decisão de parar as atividades presencias não foi fácil. No entanto, o instituto sempre esteve imbuído da certeza de que a prioridade agora precisaria ser a garantia da segurança de todos:
“Diante de tudo, nossa premissa maior sempre foi a preservação da vida de nossos servidores, colaboradores, estudantes e familiares. Todas as deliberações convertidas em dispositivos legais e normativos, vem sendo, portanto, baseadas nesta premissa”, garante Charles.
Diretriz definida, o IF Sudeste MG tratou de organizar-se e, de forma articulada e conjunta, definir formas de seguir trabalhando.
Ensino, Pesquisa e Extensão a serviço da sociedade
O instituto sempre zelou por sua missão, que é oferecer educação pública, gratuita e de qualidade. O IF Sudeste MG acredita que para ter qualidade, a educação precisa ser igualitária e inclusiva. E, mesmo em tempos difíceis, a instituição não perdeu isso de vista:
“Nós sempre acreditamos que não poderíamos deixar ninguém para trás, principalmente nossos estudantes mais vulneráveis. Dentro dessa conjuntura inédita, a Extensão e a Pesquisa mostraram todo o potencial institucional por meio do desenvolvimento e execução de uma série de projetos de nossos servidores e estudantes direcionados para o combate à Covid-19, com estimativas de benefícios para inúmeras pessoas da sociedade. O Ensino foi capaz de estudar, planejar e conduzir muitas questões para encontrar, dentro de um contexto adverso, as melhores alternativas de retorno das atividades acadêmicas, considerando nosso compromisso com a segurança e a qualidade. Projetos de atendimento psicológico e emocional foram implementados, bem como auxílios emergenciais, auxílios para acesso à internet e para a compra de equipamentos para estudantes de baixa condição socioeconômica”, analisa o reitor.
Tais iniciativas comprovam claramente o compromisso social do IF Sudeste MG, compromisso este, destacado na lei de criação dos Institutos Federais: Para além da formação acadêmica de qualidade, nossa atribuição se coaduna enquanto instituição de ensino, pesquisa e extensão à disposição da sociedade para promover a execução de projetos inovadores que resultem em resolução de problemas, dentro do contexto do arranjo produtivo local.
Desde o início, o instituto pôs-se, portanto, a serviço da sociedade para ajudar na busca pela solução da pandemia e também dos inúmeros problemas decorrentes dela.
Vejamos como cada um dos três eixos do IF Sudeste MG atuou nesse período:
Ensino
Por tratar-se de uma instituição de educação predominantemente presencial, com alunos de diferentes condições socioeconômicas e com dez campi espalhados pelo Sudeste de Minas, o Ensino foi, inquestionavelmente, o eixo que ofereceu mais desafios e, consequentemente, exigiu maior esforço institucional para seguir vivo. Nesse caso, valeu a máxima "a união faz a força" e o trabalho foi desenvolvido conjuntamente entre campi e Reitoria. A Diretora de Ensino do IF Sudeste MG, Imaculada Conceição Coutinho Lopes, foi a porta-voz dos diretores de ensino dos dez campi do IF e, a partir de conversas com eles, nos relatou como foi esse processo:
"A pandemia nos impôs a necessidade de um grande planejamento para o retorno às atividades de forma remota, bem como a proposição de alternativas pedagógicas e de suporte aos docentes e aos discentes para tornar possível o ensino remoto emergencial - ERE. Em abril de 2020, a pró-reitora de ensino, Gláucia Franco Teixeira, publicou a instrução normativa 01/2020 orientando o trabalho docente durante a suspensão das aulas presenciais até que fosse feita a retomada de forma remota. Além disso, foram criadas comunidades virtuais voltadas aos alunos dos cursos integrados. A deliberação pelo retorno das atividades de forma remota foi feita com todo o cuidado necessário de forma a permitir que todos tivessem condições de acompanhar as atividades do ano letivo. Foi, e continua sendo, um desafio fazer com que os discentes, que optaram por um curso presencial, se adaptem a uma nova forma de ensino emergencial", analisa Imaculada.
O caminho até o ERE
Em junho de 2020, o IF Sudeste MG lançou o Projeto Reencontro, com o objetivo de discutir a retomada das atividades de ensino de forma remota e também preparar a instituição para as adaptações necessárias em caso de retorno presencial.
Charles Okama de Souza explica que o projeto nasceu num contexto de inúmeras dificuldades, em meio a uma situação preocupante e dramática, jamais vivenciada antes: “Tendo em vista as preocupações da nossa comunidade acadêmica quanto a um possível retorno das atividades presenciais, assim como dúvidas e angústias dos estudantes, pais e responsáveis, especialmente quanto a um prolongamento da suspensão do calendário acadêmico, o IF Sudeste MG lançou o 'Projeto Reencontro' para construir, de forma coletiva, por meio de 10 comissões temáticas, compostas por mais de 200 pessoas (servidores e estudantes), propostas de diretrizes de atuação perante às dificuldades. Por meio do Projeto Reencontro, especialmente do esforço e do trabalho integrado das comissões temáticas, as dificuldades foram discutidas, avaliadas criteriosamente e tecnicamente, de maneira a viabilizar as deliberações junto aos órgãos colegiados decisórios. É importante ressaltar que tudo foi realizado de forma participativa, democrática e transparente", afirma o reitor.
Até chegar ao início das aulas online, o ensino remoto foi objeto de intensa discussão na Comissão C6; comissão responsável pela reorganização dos calendários acadêmicos, estudo e planejamento das atividades pedagógicas e de ensino on-line e Ensino a Distância (EaD); uma das 10 comissões que compõem o projeto.
Na C6, formada por servidores de diversas áreas de conhecimento e por discentes, foram analisadas as principais questões e os possíveis problemas a serem solucionados, desde a adaptação dos alunos ao ensino remoto até o tipo de assistência, financeira ou técnica, necessária para implantação do ERE, além do estudo das legislações de forma a permitir a construção de um regulamento completo, flexível e eficiente.
Desafios
Foram muitos os desafios até que a janela do ensino remoto se abrisse, no entanto, o principal deles foi, e continua sendo, a adequação do ensino ao ambiente virtual:
“Somos uma instituição de excelência no ensino presencial e com casos de sucesso em EaD. Porém, o ensino remoto é uma novidade para todo mundo. Aprender a usar as ferramentas tecnológicas, a gerir o tempo, entender e possibilitar o protagonismo discente mais ainda neste momento e garantir que todos tenham acesso ao ensino são os maiores desafios”, avalia Imaculada.
“A maioria dos discentes permaneceu engajada aos estudos (77,62%) e conseguiu acompanhar as atividades que foram propostas de forma remota (86,15%). Além disso, 61,4% dos discentes se disseram satisfeitos sobre o processo de atividades de ensino remotas, entre 5 e 10 (muito satisfeito)”.
Como podemos ver, havia várias pedras no caminho para oferecer educação de qualidade de forma remota. No entanto, dados demonstram que mesmo que seja árduo, o caminho que o IF Sudeste MG vem percorrendo, está correto: “A maioria dos discentes permaneceu engajada aos estudos (77,62%) e conseguiu acompanhar as atividades que foram propostas de forma remota (86,15%). Além disso, 61,4% dos discentes se disseram satisfeitos sobre o processo de atividades de ensino remotas, entre 5 e 10 (muito satisfeito)”, destaca a diretora.
Houve um esforço conjunto, de gestores, professores e alunos para que o ERE se concretizasse. Hoje ele é uma realidade graças ao engajamento de todos: “Docentes que nunca haviam usado as funcionalidades da turma virtual do SIGAA aprenderam e estão aprimorando a dinâmica das aulas, síncronas e assíncronas, explorando cada vez mais recursos tecnológicos. Alunos que também nunca haviam usado tais ferramentas, esforçaram-se e adaptaram-se. O ensino não parou no IF Sudeste MG: Seguimos com acompanhamentos educacionais e assistências estudantis. E, através do Projeto Reencontro e do ERE, pudemos contribuir para manter as mentes dos nossos jovens em atividade e reaproximá-los da instituição”, avalia ela.
Pesquisa
A pesquisa é o eixo das instituições de produção de conhecimento que torna possível que avanços aconteçam. Trabalho fundamental e sempre desafiador, é o que afirma André Narvaes, pró-reitor de pesquisa do IF Sudeste MG:
“Os desafios sempre existem, no entanto, em 2020, foram potencializados pela situação de emergência causada pela pandemia de Covid-19, o que levou à necessidade de adequação constante nos procedimentos de pesquisa, pós-graduação e inovação. Foi um processo que exigiu muita criatividade e resiliência dos servidores dedicados ao suporte das atividades de pesquisa, dos pesquisadores, dos orientadores e dos estudantes”, avalia André.
Na pesquisa, como em quase todas as esferas, o maior desafio passou pela adaptação, como analisa o pró-reitor: “Os maiores desafios foram reinventar as formas de fazer pesquisa em um cenário de tantas incertezas, ajustar os rumos dos trabalhos em um contexto em que foi constante a necessidade de reprogramação e garantir a segurança da comunidade acadêmica”.
Tais desafios exigiram profundas mudanças no modus operandi da pesquisa no IF Sudeste MG. Segundo Narvaes, o esforço para ajustar o funcionamento destas atividades foi realizado por meio das Instruções Normativas (IN) elaboradas no contexto do Comitê de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação e na C7, Comissão de regulamentação e orientação das atividades de pesquisa, pós-graduação e extensão do Projeto Reencontro. O ajuste nas atividades de pesquisa e inovação foi inicialmente realizado por meio da IN 01, publicada em 25 de março de 2020, e retificado pela IN 03, de 13 de julho de 2020. Esta instrução seguiu a orientação de preconizar a realização de pesquisa de maneira remota e detalhou os procedimentos a serem adotados para cada um dos editais em andamento. A IN 06, de 9 de setembro de 2020, redigida no âmbito do da Comissão C7 do Projeto Reencontro, estabeleceu e regulamentou a realização de atividades de pesquisa, pós-graduação e inovação presenciais nos campi do IF Sudeste MG, que deveriam ser precedidas pela apresentação de justificativa do orientador, avaliação da subcomissão de adequações no ambiente dos campi e seguida de autorização da respectiva Direção Geral.
A pós-graduação seguiu a orientação de que as atividades de pesquisa deveriam ser realizadas de forma remota, suspendendo as aulas presenciais e realizando as bancas examinadoras de cursos de pós-graduação via webconferência. Neste ínterim, foi definida a realização do processo seletivo para os cursos de pós-graduação Stricto sensu de forma totalmente remota, a fim de garantir o número de ingressantes para estes cursos e não os prejudicar nas avaliações realizadas pela CAPES. Também foi estabelecido o manual de utilização do SIGAA para cadastros de projetos de pesquisa dos cursos Stricto sensu por meio da IN 02/2020.
Nesse período, 172 novos projetos foram registrados; 251 estudantes e 121 orientadores participaram de projetos de Iniciação Científica; 5 novos cursos de pós-graduação foram aprovados, chegando a vinte cursos aprovados; 285 artigos e 26 livros foram publicados; 518 estudantes e 201 docentes participaram de cursos de pós-graduação; 7 Instruções Normativas foram publicadas, muitas das quais relacionadas ao funcionamento das atividades em período de pandemia; 17 vídeos foram divulgados no canal do IF Sudeste MG; 1 patente e 5 programas de computador foram depositados; e R$ 971.765,58 de recursos externos foram captados pelas ações institucionais de pesquisa, inovação e pós-graduação.
No contexto do Projeto Reencontro, a PROPPI, juntamente com a C7, estruturou e apresentou o Ensino Remoto Emergencial para a Pós-Graduação (ERE-Pós), instituído por meio da Resolução CONSU 33/2020. Para instrumentalizar o ERE-Pós, a PROPPI publicou a IN 04/2020 que dispôs sobre as rotinas e procedimentos para execução do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para os cursos de pós-graduação com o detalhamento do cronograma, responsabilidades e contatos. De forma complementar, foi publicada a IN 05/2020, que tratou dos procedimentos para o registro das disciplinas e para a adequação do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGAA), em função da aprovação do Ensino Remoto Emergencial (ERE) para os cursos de pós-graduação do IF Sudeste MG.
Assim como no ensino, números demonstram que a pesquisa no IF Sudeste MG conseguiu manter-se ativa em meio à pandemia: Nesse período, 172 novos projetos foram registrados; 251 estudantes e 121 orientadores participaram de projetos de Iniciação Científica; 5 novos cursos de pós-graduação foram aprovados, chegando a vinte cursos aprovados; 285 artigos e 26 livros foram publicados; 518 estudantes e 201 docentes participaram de cursos de pós-graduação; 7 Instruções Normativas foram publicadas, muitas das quais relacionadas ao funcionamento das atividades em período de pandemia; 17 vídeos foram divulgados no canal do IF Sudeste MG; 1 patente e 5 programas de computador foram depositados; e R$ 971.765,58 de recursos externos foram captados pelas ações institucionais de pesquisa, inovação e pós-graduação.
A pesquisa a favor da sociedade
Visando intensificar o trabalho de pesquisa no IF Sudeste MG, o instituto teve participação efetiva no Comitê de Acompanhamento e Avaliação da Covid-19 (Portaria-R 211/2020). A presidência ficou a cargo da Diretora de Pesquisa e Pós-graduação, Fabianne Magalhães Girardin Pimenel Furtado. Esta participação elevou a discussão do tema na instituição em um momento crucial, trazendo uma perspectiva embasada técnica e cientificamente para direcionar os primeiros passos da instituição no enfrentamento da situação de emergência.
Além disso, o IF Sudeste MG teve projetos aprovados no Edital CONIF/SETEC de enfrentamento à COVID-19, para os quais segue uma breve descrição:
Projeto Biossegurança para Profissionais de Enfermagem no Combate à COVID-19, coordenado pela Profa. Isabel Cristina Adão Schiavon do Campus São João del-Rei: o objetivo do projeto é construir uma cartilha educativa para os profissionais de saúde sobre o uso de roupa privativa (paramentação, cuidados durante o uso e descarte) e um modelo adequado de roupa privativa (modelo capote descartável), com material tecnológico de alta performance, de acordo com o disposto na Norma Regulamentadora 32. O material produzido será doado para serviços de saúde do município-sede do projeto.
Projeto Implementação da Cápsula Vanessa para tratamento de pacientes com covid-19, coordenado pelo Prof. Alexandre Bartoli Monteiro do Campus Barbacena: o objetivo dessa proposta é implementar a cápsula Vanessa para otimizar o tratamento dos pacientes com covid-19 tentando evitar a necessidade de intubação endotraqueal e minimizar os riscos de contaminação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no enfrentamento à covid-19; fornecer equipamentos de qualidade e de baixo custo ampliando a oferta de tratamento e minimizando a sobrecarga do sistema de saúde nesse momento de pandemia, possibilitando assim que mais vidas possam ser salvas.
Projeto Apoio à comercialização “Delivery” da Rede Sabor e Saúde da Serra, coordenado pela Profa. Juliana Sena Calixto do Campus Muriaé: o objetivo geral desta proposta é apoiar agricultores e agricultoras da “Rede Sabor e Saúde da Serra” no processo de comercialização de seus produtos agroecológicos durante a pandemia de Covid-19 por meio do desenvolvimento de um site com informações sobre agricultores da Rede Sabor e Saúde da Serra e seus agro ecossistemas e oportunizando que consumidores tenham acesso a alimentos de qualidade e sem agrotóxicos, na segurança de suas residências.
Extensão
A natureza das atividades de extensão por si só já representa um desafio no contexto da pandemia, isso porque extensão é a comunicação que se estabelece entre instituição de ensino e sociedade. Para garantir a segurança de todos, a forma de comunicação precisou ser repensada, o que tornou o trabalho deste eixo diferente e desafiador, conforme explica o pró-reitor de extensão Valdir José da Silva:
“A suspensão de todas as atividades presenciais em março de 2020 gerou uma série de impactos sobre todo o planejamento que tínhamos para o ano. Tivemos que suspender editais que já estavam publicados e redirecionar as atividades para a nova demanda que surgia em função da pandemia do Coronavirus. Tivemos que agir muito rápido em um ambiente de muitas incertezas, pois não sabíamos o tempo que duraria e nem a dimensão dos impactos da pandemia”, explica Valdir.
O maior desafio, segundo o pró-reitor, foi a adaptação das atividades presenciais para atividades remotas. Já que, como dito anteriormente, a Extensão, por natureza, requer interação. O processo foi difícil, mas gerou conhecimento e bons resultados: “Foi um aprendizado interessante para todos, no entanto, gerou uma carga de trabalho e um dispêndio de energia muito maior. Nesse caso, também tivemos um fator decisivo, que foi a implantação do Módulo Extensão do SIGAA, que estava sendo implantado gradativamente quando a pandemia surgiu. A partir daí, foi necessário adotar o módulo de forma total para tornar possível o lançamento do Edital de Ações Estratégicas de Enfrentamento à Covid-19, que foi o principal edital de extensão lançado em 2020”, afirma Valdir.
O referido edital contemplou diversos projetos de extensão, realizados por servidores e alunos das 11 unidades do IF Sudeste MG, com o objetivo de ajudar a combater ou, pelo menos, minimizar, as inúmeras consequências negativas da pandemia. Você pode conferir todos os 55 projetos desenvolvidos pelo edital PIAEX e também aqueles desenvolvidos em interface com ações de pesquisa e inovação neste painel. Tais ações beneficiaram mais de 600 mil pessoas até o momento.
A extensão a serviço da sociedade
Conforme o Pró-reitor, apesar de toda a dificuldade de planejamento em um ambiente de incertezas, tivemos também uma grande oportunidade de demonstrar a força da nossa Instituição frente às demandas da sociedade:
“A Extensão, como forma de diálogo com a sociedade, foi fundamental no processo. Isso foi possível devido a alguns fatores institucionais que são a base para qualquer planejamento. Nesse sentido, o PIAEX, Programa Institucional de Apoio a Extensão, foi fundamental porque permitiu a readaptação dos editais de forma a atender à nova demanda social com toda a segurança e cumprindo os princípios da gestão pública”, afirma o pró-reitor.
No Edital de Ações Estratégicas de Enfrentamento à Covid-19, lançado em 2020, foram executados 49 projetos de Extensão, com participação de 274 docentes, 70 servidores técnico-administrativos, 138 estudantes bolsistas e 23 bolsistas colaboradores externos. Estas ações beneficiaram, diretamente, cerca de 157.606 pessoas da comunidade externa e, indiretamente, 507.230 pessoas.
No Edital de Ações Estratégicas de Enfrentamento à Covid-19, lançado em 2020, foram executados 49 projetos de Extensão, com participação de 274 docentes, 70 servidores técnico-administrativos, 138 estudantes bolsistas e 23 bolsistas colaboradores externos. Estas ações beneficiaram, diretamente, cerca de 157.606 pessoas da comunidade externa e, indiretamente, 507.230 pessoas:
“Foi o melhor resultado em termos de participação docente e de TAEs em ações de Extensão da instituição. Isso demonstra a importância dessas ações para o processo de evolução e aprendizado institucional. Todos os projetos foram muito importantes e colaboraram imensamente para que a região onde estamos inseridos pudesse enfrentar as difíceis situações provocadas por essa pandemia, tais como: produção e fornecimento de EPIs, álcool gel, máscaras; aplicativos para facilitar a comunicação, boletins informativos sobre o andamento da pandemia; mas o que chamou mais a minha atenção foram os projetos que extrapolaram seus campi e puderam ser desenvolvidos de forma interativa por vários campi, como foi o caso do Projeto Educação e Cidadania, que envolveu um grande número de servidores, estudantes e comunidade de todos o IF Sudeste MG”, avalia Valdir.
Como manda a definição, a Extensão vem sendo colocada a serviço da sociedade, e, além da sensação de dever cumprido, fica o balanço positivo e a satisfação por, de alguma forma, contribuir para enfrentarmos este momento tão difícil:
"Através do trabalho da Extensão, pudemos promover o desenvolvimento de campanhas sociais, a difusão de informações relevantes às comunidades interna e externa, o estímulo à produção extensionista do IF Sudeste MG, em diálogo com a sociedade, o desenvolvimento de soluções técnicas de baixo custo. Acredito que pudemos dar uma importante contribuição à sociedade e, ao mesmo tempo, trazer um aprendizado diferenciado para nossos alunos, com a importante participação dos nossos docentes e TAEs, comemora o pró-reitor”.
Esperando o reencontro
Talvez o professor do IF Sudeste MG esteja sentindo falta do barulho dos alunos no recreio, às vezes até durante as aulas. Talvez alunos estejam sentindo falta das conversas e dos abraços nos colegas de classe. Talvez professores e alunos estejam sentindo falta dos olhares de cumplicidade trocados ao notar que o conhecimento estava sendo construído de forma conjunta. Talvez os servidores sintam falta das vaquinhas para comemorar o aniversário de um colega de trabalho e das conversas no elevador. Talvez, ou melhor, com certeza, todos estamos sentindo falta de estarmos juntos. Mas, enquanto isso não é possível, seguimos com a certeza de que não paramos, de que cada um deu o melhor de si, de que crescemos como pessoas e como instituição, e de que seguiremos em frente, juntos ainda que separados, e ansiosos pelo momento do nosso Reencontro:
"Entendo, por tudo que vivenciei ao longo desse tempo todo, que somos um caso de sucesso, pois diante de tantas dificuldades, incertezas, inseguranças e medos, o esforço coletivo e as decisões tomadas proporcionaram segurança, qualidade, transparência e comunicação assertiva junto às nossas comunidades interna e externa. Fica aqui registrado o meu reconhecimento e o meu agradecimento a todos aqueles que se empenharam muito para que nossa instituição continuasse cumprindo sua missão institucional. Motivo de muito orgulho! Neste momento, a certeza é de que as dúvidas continuam sendo inúmeras, mas a esperança é algo que nos move a buscar novos horizontes, novo tempo, tempo de reencontro", afirma Charles Okama de Souza.