Ensino
Ações de Ensino, Pesquisa e Extensão são apresentadas em Simpósio
Uma boa medida da variedade de projetos e ações desenvolvidos pelo Campus Santos Dumont foi o II Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão. Na tarde da última quinta-feira (17 de outubro), estudantes e servidores apresentaram pôsteres dos trabalhos dos três eixos. Os mais bem avaliados de cada segmento foram premiados no sábado, com certificados e troféus confeccionados no centro de usinagem por Comando Numérico Computadorizado (CNC) no IF.
O melhor trabalho de Ensino foi “Projeto de Monitoria sobre o Laboratório de Matemática em uma Perspectiva Pedagógica e Inclusiva: Experiência no Campus de Santos Dumont”, dos professores Bia Possato e Tiago Oliveira e das alunas Juliana Vitorelli e Deise Reis. A proposta do projeto era a idealização, por estudantes da Licenciatura em Matemática, de recursos didáticos de Trigonometria adaptados a pessoas com deficiência visual. O material elaborado tem sido utilizado por professores do Instituto Federal e também de outras instituições.
No campo da Extensão, o projeto mais bem avaliado foi “Destino Formoso”, coordenado pela servidora Iara Nascimento e com a atuação dos estudantes Samuel Ribeiro e Vinícius Nascimento e de Gicele Brittes, que já foi professora do Campus Santos Dumont. O principal objetivo da iniciativa, que dá continuidade a ações de extensão anteriormente promovidas pelo IF, é capacitar moradores de Conceição do Formoso em Turismo de Base Comunitária, para intensificar e rentabilizar a atividade turística no distrito.
Em Pesquisa, “Protótipo de uma Máquina CNC Controlada Remotamente para Uso Didático” recebeu a maior nota. O projeto é conduzido pelos estudantes Jonathan Hauck e Rafaela Dornelas e os professores Luciano Gonçalves e Arthur Assunção. O equipamento foi desenvolvido no próprio IF e conta com uma ferramenta para corte de peças, controlada pela plataforma Arduíno, que processa as informações relativas aos desenhos criados em software e a partir disso executa os ajustes.
“Primeiro pesquisamos sobre o assunto”, relatou Jonathan Hauck, que concluiu o curso técnico em Mecânica integrado no ano passado, “depois realizamos a montagem e por último os testes de modo remoto. Ela pode usinar chapas de MDF (material oriundo da madeira) e pequenas chapas de aço. A máquina pode ser utilizada em Mecânica e Eletrotécnica e ficará à disposição da instituição”. Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a equipe do projeto ainda ofereceu um minicurso a estudantes do IF, detalhando aspectos como a linguagem do equipamento e a escolha dos materiais.
Ampliar horizontes
No terceiro período da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária, Carlos Eduardo Ferreira também apresentou um projeto no Simpósio: o “Eu Extraordinário”, da categoria Ensino, coordenado pela servidora Iara Nascimento. Carlos e Iara propõem a estudantes do primeiro ano de cursos técnicos integrados do IF uma série de atividades que estimulam a criatividade e o trabalho em equipe.
“Todos nós somos criativos. A criatividade se manifesta em diferentes níveis, dependendo do estímulo. Nosso objetivo é despertar nos discentes um olhar extraordinário, fora do senso comum, de maneira geral e no cotidiano dos alunos. A ideia é criar soluções para problemas, em cinco fases: identificação, interpretação, ideação, prototipagem e evolução”, explicou Carlos Eduardo, que também consegue associar a proposta à sua própria realidade de estudante de Engenharia.
“Isso pode ser relacionado para áreas muito diversas. Se for para o meu lado, da Engenharia, vai focar mais na área industrial, na otimização de processos. Como nosso público são estudantes do integrado, encontramos desafios do cotidiano deles. Nós já tivemos várias participações em eventos no campus. Por isso eles também precisaram refletir sobre temas muito importantes, e isso foi agregado a eles como indivíduos”, concluiu.