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Batalha de poesias: estudantes se destacam em 1ª edição do Slam no Campus SD

Proposta, coordenada pela professora Antônia Barbosa, teve como primeira vencedora a aluna Cassiane Vitória dos Santos
#pratodosverem: Imagem mostra, da esquerda para a direita, alunas Priscila Neto e Karolainy Venâncio, slam master Éric Meireles, professora Antônia Barbosa, alunas Cassiane Vitória, Nicolly Reis, Luana Venâncio e Mariana Lomeu e slam master Wandin após a premiação do 1º Slam do Campus Santos Dumont.

#pratodosverem: Imagem mostra, da esquerda para a direita, alunas Priscila Neto e Karolainy Venâncio, slam master Éric Meireles, professora Antônia Barbosa, alunas Cassiane Vitória, Nicolly Reis, Luana Venâncio e Mariana Lomeu e slam master Wandin após a premiação do 1º Slam do Campus Santos Dumont.

A manhã do último sábado letivo (20 de maio) foi especial para quem faz parte do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG. A primeira edição do Slam na instituição teve 39 estudantes inicialmente inscritos, 35 discentes se apresentando e seis alunas finalistas cujas declamações emocionaram quem compareceu ao auditório e ao espaço de convivência do Bloco 1 da unidade. A proposta, coordenada pela professora Antônia Barbosa, contou com dezenas de colaboradores, entre os quais estiveram os poetas e slam masters Éric Meireles e Wandin, de Juiz de Fora, que conduziram todo o evento. A campeã foi a aluna Cassiane Vitória dos Santos, do 1º ano do curso técnico em Mecânica integrado ao Ensino Médio.

Além de Cassiane, receberam prêmios as alunas finalistas Priscila da Silva Neto, Nicolly Cristina Souza dos Reis, Luana Venâncio de Carvalho, Karolainy da Silva Venâncio e Mariana Lomeu Gonçalves. A ação ainda teve apresentações de poesias de membros convidados do Slam Contracorrente, do Campus Juiz de Fora do IF Sudeste MG, e da própria comunidade do Campus Santos Dumont. O projeto local de Danças Urbanas, liderado pelo professor Luciano Gonçalves, também levou suas marcantes coreografias ao evento.

Após conquistar as maiores notas dos jurados na final, Cassiane relatou que o apreço pela escrita vem desde a infância. "Desde muito pequena gosto de escrever. Sempre tenho um caderninho reservado lá em casa em que escrevo os pensamentos: sentimentos, acontecimentos do dia a dia ou questões sociais. Eu me encontrei na poesia no Ensino Fundamental (na Escola Estadual Vieira Marques), quando participei de um concurso relativo ao Dia da Consciência Negra", contou a aluna.

Os temas de suas poesias são diversos e trazem reflexões provenientes de questões sociais e/ou experiências pessoais e familiares. "A primeira poesia foi muito inspirada em notícias e fatos históricos que mostram quanto sofrimento e discriminação as pessoas negras já vivenciaram no Brasil", explicou. "A segunda, na história de vida da minha tia, que enfrentou dificuldades e hoje está construindo um futuro melhor para ela e para a filha. A última poesia que eu declamei foi baseada em sentimentos que minha mãe compartilhou comigo, de uma época em que perdemos o meu tio, irmão dela, que era a pessoa em quem ela mais sentia abrigo."

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Em duas das três poesias, Cassiane recebeu notas 10 de todos os jurados. A reação do slam master Éric Meireles às avaliações teve a empolgação e a energia que ele sempre oferece aos eventos que conduz já há seis anos. "Trabalho (com slam) desde 2017 em Juiz de Fora. O IF Sudeste MG, aliás, tem o primeiro slam escolar da cidade: o Slam Contracorrente, que trouxe alguns de seus participantes para apresentações aqui no Campus Santos Dumont. Nossa busca em Juiz de Fora é que o slam se transforme em política pedagógica das escolas", revelou Éric, que acompanhou o grupo 1 do Slam no Campus Santos Dumont.

"Quando você desenvolve um texto poético em que a oralidade é determinada, trabalha com temas sobre os quais precisa pesquisar. O slam ajuda na redação, na facilidade do jovem em gesticular e nos primeiros passos nos métodos científico e de pesquisa. Ele abre a cabeça do jovem para um universo muito maior", completou o slam master, que também é presidente da ONG Confraria dos Poetas.

Um desses jovens é Wanderson Luís de Souza, o Wandin, campeão da categoria Ensino Médio do Slam Interescolar Nacional 2019, em São Paulo. No sábado, ele conduziu as apresentações do grupo 2 do Slam no Campus Santos Dumont. Há não muito tempo, era ele o estudante que se encantava pela poesia. "Participo de um projeto na Escola Estadual Delfim Moreira, em Juiz de Fora, para quem começa do zero. Hoje já tem gente lançando suas próprias poesias. O Wandin poeta nasceu dentro da Escola Delfim Moreira, e toda a trajetória que já percorri, inclusive na ida a São Paulo, é graças à escola, que foi sempre a base", reconheceu o poeta.

"Os jovens estão tomando gosto pelo slam", acrescentou Wandin. "Os meninos passam na rua, na praça, e veem você numa intervenção poética, num slam. Cada vez mais é um jogo que envolve pureza, humildade, experiência, vivência e, acima de tudo, diversidade. Tanto para você aprender com o que os outros falam quanto para você ensinar com o que você fala, numa via de mão dupla".

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