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Campus Santos Dumont recebe roda de conversa sobre herança africana e construção de uma sociedade antirracista

O presidente interino do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Luiz Papa, e a professora Angela Cristina Ferreira, militante do Movimento Negro Unificado, visitaram o IF Sudeste MG
#pratodosverem: Imagem mostra roda de conversa com a professora Angela Cristina Ferreira e o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Luiz Papa, no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG

#pratodosverem: Imagem mostra roda de conversa com a professora Angela Cristina Ferreira e o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Luiz Papa, no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG

Em 2024, primeiro ano em que o Dia da Consciência Negra foi feriado nacional, a redação do Enem propôs o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”. Ciclo de atividades promovido pelo Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG este mês, o Novembro Negro também abordou o assunto. Na segunda-feira (25/11) o presidente interino do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Santos Dumont, Luiz Papa, e a professora Angela Cristina Ferreira, militante do Movimento Negro Unificado, conversaram com estudantes sobre conexões entre o Brasil e o continente africano e também os caminhos para a construção de uma sociedade antirracista. 

Angela e Luiz falaram sobre o trabalho desenvolvido em âmbito local pelas organizações do movimento, da importância do autorreconhecimento e da autoestima do povo negro e de exemplos práticos da influência cultural africana no país. Um dos aspectos mais relevantes de eventos como o de segunda-feira é o engajamento de todas as pessoas na luta antirracista, independentemente de sua etnia. 

“Temos visitado diversas instituições de ensino. Apenas a partir das reflexões e dos debates criamos a consciência da importância da cultura do povo negro na História do Brasil”, avalia Luiz Papa. “Hoje a informação chega mais rápido. Mesmo a mídia nacional atualmente dá mais destaque à questão racial no Brasil. É um aliado importante, porque mais pessoas são alcançadas. Antes as pessoas achavam que não era problema delas, e hoje percebemos que há mais brancos no movimento negro. A estrutura social que temos no país é um problema de todos”, completa. 

Angela lembra que, no Brasil Império, o movimento abolicionista contou com indivíduos de diversas classes sociais e etnias que lutaram pela abolição da escravidão. Em um contexto histórico diferente, mas também de luta contra o racismo estrutural, uma sociedade mais inclusiva é benéfica para todos. Por isso é fundamental o envolvimento de cada vez mais ativistas de todos os segmentos. “Uma sociedade antirracista é mais justa e segura para todo mundo. Isso acontece quando todas as pessoas têm acesso a oportunidades iguais”, explica a professora, salientando que 56% da população brasileira é negra (pessoas que se identificam como pretas ou pardas, de acordo com o IBGE).

Após a roda de conversa, as alunas Rayene Pimentel e Ana Clara Moreira, do curso técnico em Mecânica integrado ao Ensino Médio, declamaram poemas autorais que tratam do combate ao racismo e à violência contra a mulher.

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