Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Santos Dumont > Com três curtas-metragens, Cine Neabi realiza último evento de 2022
conteúdo

Geral

Com três curtas-metragens, Cine Neabi realiza último evento de 2022

Debatedoras Angela Cristina Ferreira e Natália Reis conversaram com o público sobre a relação entre os filmes exibidos e situações concretas
Exibir carrossel de imagens #pratodosverem: Imagem mostra participantes do debate conversando durante última ação do Cine Neabi em 2022.

#pratodosverem: Imagem mostra participantes do debate conversando durante última ação do Cine Neabi em 2022.

O projeto de extensão Cine Neabi, do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG, promoveu na noite de segunda-feira (19) seu último evento de 2022. A equipe selecionou três curtas-metragens para exibição e, logo em seguida, bate-papo para compartilhar reflexões e experiências: Rapsódia para o homem negro (de 2015, dirigido por Gabriel Martins), Travessia (de 2017, dirigido por Safira Moreira) e Nove águas (de 2019, dirigido por Gabriel Martins). A ação foi realizada no Auditório do Campus Santos Dumont.

Um dos filmes - Nove águas - conta a história da comunidade quilombola dos Marques, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. A abordagem do curta-metragem dirigido por Gabriel Martins trouxe ao debate no IF Sudeste MG diversos paralelos com dificuldades apresentadas a outras comunidades quilombolas do país, inclusive em Santos Dumont.

Conforme destacou a ativista social e professora Angela Cristina Ferreira, debatedora convidada, as comunidades muitas vezes enfrentam, por uma série de fatores externos, um contexto desafiador para preservar a ancestralidade, os elementos que efetivamente definem sua identidade. São, por exemplo, aspectos ligados à religiosidade e à música, além do senso de pertencimento a um determinado território e também o respeito e admiração pelas pessoas idosas.

Os filmes apresentados pelo Cine Neabi sempre provocam reflexões associadas a situações concretas dentro do campo de atuação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas. "Acho que o cinema, para além de ser uma linguagem, é também uma ferramenta", explica a colaboradora externa do projeto, a pesquisadora e realizadora cinematográfica Natália Reis, que também participou do encontro como debatedora. "Então, quando a gente junta cinema e educação, isso permite expandir as discussões das salas de aula. Por isso temos a preocupação de trazer filmes que possam promover isso".

"Tem sido muito positiva essa experiência do Cine Neabi. Até surpreendente em comparação com outros cineclubes, pelo fato de muita gente participar com comentários após a exibição dos filmes. Como são escolhas (de filmes) que se relacionam com vivências das pessoas, sempre alguém comenta". Também mestra em Artes (com linha de pesquisa em Cinema e Audiovisual), Natália escreve para a revista digital Multiplot!.

O projeto Cine Neabi é coordenado pela professora Bia Possato. As sessões são gratuitas e abertas ao público.

registrado em: