Pesquisa
Educadores conhecem projeto integrador do IF Sudeste MG neste sábado
O "Observatório da Integração Educação, Ciência e Trabalho", do Campus Santos Dumont do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG), apresentará neste sábado (5 de dezembro) os resultados de um projeto integrador para o ensino médio desenvolvido nos últimos meses. Educadores e outros interessados que se inscreveram no "Encontro de Formação e Disseminação: Sequências Didáticas Integradoras" ao longo de novembro acompanham o evento on-line pelo Google Meet das 8h às 11h30, em links que serão disponibilizados aos cadastrados por e-mail. Cerca de 150 pessoas, entre organizadores, voluntários e inscritos de todas as regiões do país, participarão do encontro.
Desenvolvidas em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), todas as sequências didáticas têm como eixo gerador a pandemia da Covid-19. Criadas pelos participantes e colaboradores do projeto, elas são direcionadas ao ensino de quatro grupos: Linguagens e suas Tecnologias (Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa); Matemática; Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química); Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia). No sábado, cada um desses grupos terá uma sala específica onde as sequências serão apresentadas pelos próprios autores. Logo em seguida, haverá rodas de conversa com todos os participantes.
Como entender Matemática a partir de um gráfico da Covid-19? A pandemia permite chegar a quais conclusões na perspectiva das Ciências Humanas? O que a doença nos ensina do ponto de vista das Ciências da Natureza? Algo a aprender em Linguagens? Como articular disciplinas para explicar um conteúdo? É também isso que o projeto integrador, ligado à pós-graduação em Práticas Pedagógicas na Educação Contemporânea do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG, oferecerá ao público neste sábado.
Também será apresentado aos educadores o site do Observatório - observatoriodaintegracaosd.com.br -, criado para armazenar, comunicar, interagir e especificamente para fomentar maior integração tanto entre as instituições quanto entre os profissionais da Educação. Assim, os participantes poderão diversificar os contatos para a condução de suas atividades nas salas de aula do ensino médio e ainda compartilhar suas diferentes estratégias para a superação do desafio de viver e ensinar em tempos de pandemia
As sequências didáticas
Sequências didáticas são conjuntos de atividades elaboradas para a construção do conhecimento sobre um determinado conteúdo. Além de representarem uma forma de planejar essas atividades numa estrutura definida para certo público, a partir do momento em que são desenvolvidas de forma multidisciplinar, democrática e colaborativa, as sequências aproximam o estudante de uma melhor assimilação da realidade em que vive. Neste sentido, o trabalho da equipe do Observatório buscou diferenciar o projeto integrador do ensino fragmentado (com conteúdos que não dialogam entre si) habitualmente oferecido.
"O projeto buscou integrar atividades que ocorrem em torno de temáticas usadas na educação formal, previamente selecionadas por serem importantes para a discussão por parte da sociedade, de forma a contribuir para compreender, enfrentar e registrar o momento da pandemia da Covid-19. Essas propostas envolveram diferentes tipos de profissionais, de diferentes instituições e habilitações", relatou o coordenador do Observatório, professor Helton Nonato, destacando a contribuição de outras escolas, diversos educadores e especialistas já nas primeiras etapas do projeto.
Desta forma, o Observatório permitirá debate e armazenamento de informações que estabeleçam relações entre teoria e prática e uma série de outros aspectos que ajudam a conectar os trabalhadores da Educação com temas relevantes em momentos tão desafiadores.
*Colaborou o professor Helton Nonato
Programação do Encontro de Formação e Disseminação: Sequências Didáticas Integradoras (Sábado, 5 de dezembro)
8h – Sala Geral – Abertura e boas-vindas (Iara Marques e diretores)
8h15 – O projeto Observatório em tempos de pandemia: ideias e práticas (Tiago Fávero e Helton Nonato)
8h30 – Lançamento da webpage do Observatório (Vívian Araújo e Paula Souza)
8h45 – Distribuição nas salas para a apresentação das sequências (Iara Marques)
Das 8h50 às 9h50 – Sala Natureza – “A Quina das Plantas”, “Estudando a Cloroquina” e “Movimento Migratório em Tempos de Pandemia: Migração Pendular como Fator de Difusão do Coronavírus”
Das 8h50 às 9h50 – Sala Linguagens – “Explorando o gênero Poema em Tempos de Pandemia”, “A Notícia em Foco a Favor do Aprendizado” e “Análise e construção de Reportagens”
Das 8h50 às 9h50 – Sala Matemática – “Probabilidades na Covid-19”, “Representações Pictóricas: Números que Explicam as Relações Ecológicas” e “A Física Moderna No Combate ao Novo Coronavírus Numa Perspectiva Interdisciplinar”
Das 8h50 às 9h50 – Sala Humanas – “Do Global ao Local: os Desafios de se Viver em Tempos de Pandemia”, “O Coronavírus e a Luta de Classes” e “As Vozes Emergentes da Pandemia”
Das 9h50 às 10h30 – Debate
Roda de conversa (Bolsistas do Observatório)
10h30 – Um olhar sobre as sequências (Iara Marques)
11h – Palavras finais (Helton Nonato e Tiago Fávero)