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Jornada Indígena em Santos Dumont: saiba como serão as ações de 28/11 a 01/12

Ciclo de ações com a tribo Kariri-Xocó será o último do ano do projeto (R)Existências

Em sua última ação neste ano, o projeto de extensão (R)Existências, do Campus Santos Dumont do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG), preparou uma extensa e especial programação de atividades. De 28 de novembro a 1º de dezembro, a “Jornada Indígena em Santos Dumont” contará com quatro pessoas do grupo Sabuká da tribo Kariri-Xocó, de Porto Real do Colégio, município de Alagoas. Eles realizam há alguns anos trabalhos educacionais e de divulgação de sua cultura em diferentes lugares do país. 

Os dois primeiros eventos acontecem no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG e são abertos a todos os públicos. Na quinta-feira, 28 de novembro, a partir das 15h, e na sexta-feira, 29, às 19h, educação patrimonial, pintura corporal, cantos, danças e artesanato estarão em pauta em ações interativas, envolvendo servidores, alunos e todos os interessados. Como a jornada indígena tem caráter educacional, também será possível, nos dois dias, a participação de grupos de alunos de outras escolas. O agendamento de instituições de ensino deve ser realizado diretamente com a coordenação do projeto por meio das páginas do (R)Existências no Instagram e no Facebook

Na manhã de sábado, as atividades serão promovidas na Praça Cesário Alvim (Praça da Matriz), no Centro de Santos Dumont, a partir das 9h. Está programada ainda para a manhã de domingo (1º de dezembro) outra ação aberta ao público no Centro Espírita Francisco de Assis (Ceifa) – distrito de Mantiqueira, Santos Dumont – também às 9h. À tarde, a partir das 14h, o grupo participará, no Jardim Botânico de Juiz de Fora, de um encontro de integração com a tribo Maxakali, que nesta semana protagoniza uma série de eventos organizados pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no local. 

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Kariri-Xocó

A aldeia dos Kariri-Xocó, à margem do Rio São Francisco, tem atualmente cerca de três mil indígenas. O líder do grupo Sabuká, um dos vários que compõem a aldeia e o que virá a Santos Dumont, é o cacique Pawanã. De acordo com a professora Bia Possato, coordenadora do (R)Existências, o grupo se destaca pelos cantos e danças, que são justamente duas das diversas ações que eles vão desenvolver na Jornada Indígena. 

“De abril a junho deste ano”, relatou Bia, “o grupo também fez uma grande jornada no estado de São Paulo, apresentando-se em diversas unidades do Sesc, especialmente na capital e na região de Campinas. Eles fizeram diversas apresentações de toré, que é na verdade a fusão da dança e do canto culturais e ritualísticos deles. E eles falaram também sobre educação patrimonial, tratando da rotina na aldeia, a luta pela demarcação de terra e o modo como eles se relacionam com a natureza e se expressam”. 

“O grupo também inclui as escolas nas jornadas, como será aqui no Campus Santos Dumont”, destacou Bia, “conversando com crianças e adolescentes e chamando as pessoas para participar dos torés, das rodas de dança e canto. Eles ensinam as pessoas, elas participam junto a eles. Tem também as pinturas corporais com jenipapo, além da venda dos artigos de artesanato que eles produzem: cocares, colares, pulseiras, maracas, cachimbos”. 

“Este grupo nos oferece elementos para compreender a luta pela terra dos indígenas, sobretudo no Nordeste. No Império, os indígenas foram esmagados nessa região, mas sobreviveram e até hoje estão na luta pela preservação de suas terras e da natureza de forma geral. Por isso é muito importante a gente ter contato com a cultura e o modo deles de ver o mundo”, concluiu a professora do IF Sudeste MG. Vale lembrar que a Lei 11.645/2008 incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”, reconhecendo sua importância para a compreensão e o respeito aos povos nativos.

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