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Liga Extraordinária promove reflexões em Dia da Consciência Negra

Evento também apresentou trabalhos desenvolvidos em projeto de Ensino do Campus Santos Dumont

Um projeto de Ensino do Campus Santos Dumont propõe a um grupo de estudantes do primeiro ano de cursos técnicos integrados ao Ensino Médio a ampliação de seus horizontes por meio da criatividade. Na última quarta-feira (20 de novembro), em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da unidade, o Eu Extraordinário: Processos Criativos promoveu o evento “Liga Extraordinária”, dedicado também à celebração do Dia da Consciência Negra. 

Bolsista do “Eu Extraordinário” e estudante da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária, Carlos Eduardo Ferreira mediou o evento ao lado da coordenadora do projeto, a servidora Iara Nascimento. “Todos nós somos criativos”, afirmou Carlos, durante apresentação do projeto no II Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Santos Dumont, “e a criatividade se manifesta em diferentes níveis. Nosso objetivo é despertar nos discentes um olhar extraordinário, fora do senso comum, de maneira geral e no cotidiano. A ideia é criar soluções para problemas, em cinco fases: identificação, interpretação, ideação, prototipagem e evolução”. 

“Eu gosto muito de desenhar”, contou Sara Rodrigues, aluna do 1º ano de Eletrotécnica e participante do Eu Extraordinário, “e quando vi um projeto que era sobre criatividade decidi entrar, porque é sempre bom ter um lugar para buscar mais inspiração. À medida que a gente ia desenvolvendo as atividades no projeto, percebi que desenho era só uma das habilidades (que poderiam ser exploradas). É como se a gente abrisse uma caixa descobrisse várias coisas maravilhosas”. “Todo mundo se ajuda. Aqui é a nossa segunda casa, e é sempre bom ter pessoas ao nosso lado para partilhar ideias”, completou Dafhany Teixeira, da mesma turma. 

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Dois grupos de estudantes que participaram do projeto ao longo do ano apresentaram na “Liga Extraordinária” propostas, no formato de jogos, que motivam uma reflexão além do senso comum sobre estereótipos relacionados a identidade de gênero e ansiedade. Em seguida, participantes do projeto e outros estudantes protagonizaram apresentações musicais, em duplas: Sara Rodrigues e Isadora Fernandes (Eletrotécnica); Hillary Soares (Manutenção de Sistemas Metroferroviários) e Maxsuel Mendes (Transporte de Cargas). 

Em seguida, a instrutora de ioga e terapeuta Carol Passos, convidada pelo Eu Extraordinário, ministrou uma breve palestra sobre técnicas de respiração e controle da ansiedade. Na etapa final do evento, houve uma apresentação de breakdance do projeto de Danças Urbanas do Campus Santos Dumont.

Quer saber mais sobre um resultado prático do projeto? Então, veja aqui de que maneira as alunas Nicole Chaves e Karen Lopes, motivadas pelo gosto pela escrita, criaram páginas de produções literárias atualizadas regularmente

Consciência Negra

O evento foi associado a duas exposições fotográficas com registros de estudantes, servidores e colaboradores negros do Campus Santos Dumont: “Eu vejo você”, por Suellen Caetano, e “Ubuntu”, por Yuri Deslandes. As fotos permanecerão expostas no espaço de convivência do Bloco 1 por uma semana. 

Outro momento importante da “Liga Extraordinária” foi uma mesa-redonda sobre Consciência Negra com a participação de Iara Nascimento e da estudante Maria Luiza Magalhães, do segundo período da Licenciatura em Matemática do Campus Santos Dumont. Elas trataram da importância de um debate amplo sobre o racismo, mas enfatizaram especialmente o quanto é necessário exaltar os aspectos positivos de ser negra ou negro, bem como as pessoas que superam todos os obstáculos e se destacam em diversos campos profissionais, por exemplo. 

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“Temos de ser representados da forma real. Vamos além de estereótipos. Nosso povo tem muita história, muito conteúdo, nós somos muito mais do que tendem a colocar que a gente é”, afirmou Maria Luiza em entrevista ao portal do IF Sudeste MG. 

“Acredito que a solução para o problema do racismo é a informação. Muitas vezes o próprio negro acaba propagando o discurso racista – de tanto escutar aquilo, acha que é verdade”, completou a futura professora de Matemática, que também atua no Conselho Municipal da Juventude de Santos Dumont.

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