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Memória IF: o projeto, um festival e uma pós-graduação para unir Cinema e Educação
#pratodosverem: Imagem mostra professoras Priscila Guedes e Simone Muller, cineasta João Rabello e diretor-geral, professor André Diniz, durante premiação do filme "Fortunato", em festival do Cine IF na Câmara Municipal de Santos Dumont
Com várias mostras e oficinas envolvendo alunos e público externo, o Cine IF explorou durante anos a conexão entre Cinema e Educação no Campus Santos Dumont. Em 2016, o I Festival Curtarte, em que o projeto reuniu curtas-metragens produzidos também por profissionais, premiou Fortunato, dirigido por João Gabriel Rabello. Cineasta, João se tornou um colaborador do projeto e, em 2019, também aluno do IF Sudeste MG, na pós-graduação em Práticas Pedagógicas na Educação Contemporânea. Ele relembra o festival e fala sobre a associação entre a Sétima Arte e o Ensino, que o estimulou a cursar a pós:
"Olhar para essa fotografia me traz muita alegria. Quando um curta-metragem que dirigi e pelo qual tenho muito carinho, Fortunato, foi reconhecido pelo projeto Cine IF, me enchi de orgulho. Em destaque na minha estante cuido e guardo o troféu que recebi na ocasião. Lembro de ter sido um dos meus primeiros contatos com o IF, especialmente com o lado humano, de pessoas que engajavam uma energia muito positiva no que faziam.
Duas edições depois, tive a oportunidade de ser jurado do mesmo projeto, e foi tão bonito ver a produção audiovisual dos estudantes do campus, cerca de vinte curtas feitos com muita maturidade crítica sobre um tema importante da nossa sociedade, o racismo. A participação como jurado fortaleceu em mim a ideia de que Educação e Cinema são duas áreas que podem contribuir mutuamente, razão que me levou à pós em Práticas Pedagógicas na Educação Contemporânea.
Já na reta final da pós, o que era intuição começa a se confirmar. A preocupação de crianças e adolescentes passivos diante da quantidade de informação que recebem nas diferentes mídias começa a ser substituída por um discurso da necessidade para uma alfabetização midiática (Literacia Midiática - aprendi até esse nome bonito, viu?) como dever de uma educação revolucionária. A transformação que o IF trouxe a Santos Dumont me atravessou e guia em mim muitas vontades transformadoras tanto para a educação como para a minha forma de fazer Cinema".