Oportunidades de estágio enriquecem formação no Campus Santos Dumont

Não apenas de salas e laboratórios vivem os estudantes do IF Sudeste MG. Em qualquer curso, a formação vai além dos espaços tradicionais de ensino-aprendizagem, com ações extraclasse. Igualmente importante é quando essa experiência formativa ultrapassa as dependências do campus, seja por meio de extensão, pesquisa ou estágio. Neste último caso entra em cena o futuro profissional, que tem a oportunidade direta de contato com o mundo do trabalho antes da conclusão de seu curso. 

Os projetos pedagógicos dos cursos técnicos e de graduação do Campus Santos Dumont preveem uma carga horária mínima de práticas profissionais (no caso dos cursos de graduação, necessariamente estágio; para os técnicos, existem alternativas). Mas a real importância do estágio está nas vivências que os estudantes acumulam em empresas e órgãos conveniados com a unidade do IF Sudeste MG. 

O Campus Santos Dumont possui 32 convênios vigentes com parceiros aptos a receber estagiários do IF Sudeste MG na própria cidade ou na região, o que não se restringe a empresas do ramo industrial. Foram efetivadas em 2022, por exemplo, parcerias com a Associação Comercial e Empresarial de Santos Dumont (foto ao lado), a startup Nofake (última foto), que atua na proteção de marcas, e prefeituras municipais (atualmente, são quatro conveniadas: Santos Dumont, Aracitaba, Ewbank da Câmara e Oliveira Fortes). O número de estagiários simultâneos cresceu nos últimos anos e habitualmente gira em torno de 50 alunos, que atuam em locais como instituições de ensino (inclusive o próprio IF Sudeste MG), órgãos públicos, comércio e empresas multinacionais. 

Esta estatística ficou um pouco menor em janeiro porque o aluno Matheus Dias, do curso técnico em Mecânica concomitante/subsequente ao Ensino Médio, concluiu um estágio de nove meses na ArcelorMittal em Juiz de Fora. Agora contratado pela Santec (empresa terceirizada da ArcelorMittal), ele compartilha algumas informações sobre como a etapa do estágio foi transformadora para ele: 

Sobre a experiência como estagiário: “No estágio eu tive mais a experiência na área de Materiais, com recebimento de compras, produtos que saíam para reparo, conferência de itens de acordo com desenho técnico e medidas, além da metodologia de gestão 5S. Precisei desempenhar um controle do que comprar e do que enviar para reparo, por exemplo. Na parte de escritório, aprendi a usar os programas para requisição de compra, reparo, material de almoxarifado, ordem de serviço e tratamento de notas. Há um sentimento de equipe muito forte. Nós, estagiários que entramos, estávamos sempre dispostos a ajudar. Com proatividade, você tira tudo de letra.” 

Como curso e estágio se completam: “As experiências do curso e do estágio se completam muito bem. Uma disciplina que me ajudou muito, por exemplo, foi Elementos de Máquina (professora Gabriela Castro). A gente aprendia o que são uma cupilha, um rolamento, um mancal. Na hora de realizar o controle de materiais na empresa, fazia a diferença. E também houve situações que vivenciei no estágio e ajudaram no curso, a exemplo do conhecimento sobre acionamentos hidráulicos e pneumáticos, que pude aproveitar numa disciplina.” 

O diferencial do estágio: “A contribuição é conhecer a realidade do dia a dia de uma equipe de manutenção. A gente vive todas as situações. Então, saber lidar com isso é um grande diferencial para quem tem a experiência do estágio. Acho que já não sou mais a mesma pessoa em relação a quando entrei. Precisei mudar a mentalidade para me formar um profissional.” 

A Assessoria de Estágio 

A Assessoria de Estágio no Campus Santos Dumont está vinculada à Direção de Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Deppi). Diretora Lívia Meneguitte Ávila e assessora de estágio Marcela Bertolin atuam não apenas em relações institucionais com possíveis parceiros, mas também em tudo que envolve a experiência dos estagiários. Nesse contexto, é fundamental a interação entre IF Sudeste MG (Deppi e professores que orientam o estágio), estudantes e empresas (onde sempre há o supervisor do estágio). 

“Tudo deve ser feito como uma tríade”, explica Marcela. “Empresa, aluno e instituição precisam andar em sincronia para conhecer as demandas e peculiaridades de cada um desses agentes. Os alunos, embora tenham alternativas ao estágio (no caso dos cursos técnicos), precisam da prática profissional. Procuramos fortalecer o estágio porque a região tem empresas interessadas em nossos cursos e profissionais. Às vezes as empresas nos contactam, mas também fazemos uma busca ativa por vagas.” 

Como lembra Marcela, o setor está sempre aberto a contribuições dos próprios estudantes, dos professores e da sociedade de maneira geral, que podem apresentar sugestões de novas empresas para possíveis parcerias – é possível entrar em contato por (32) 9 8453 2023 ou estagio.santosdumont@ifsudestemg.edu.br. 

“Ainda pode existir a prevalência de algumas áreas, pela tradição da região. Mas hoje há alunos de todos os cursos fazendo estágio, o que mostra a ampliação dessas possibilidades”, comenta Marcela. 

Ampliar horizontes, aliás, é a proposta da Oficina de Estágio, evento semestral promovido pela Deppi que, além de orientar estudantes sobre oportunidades, procedimentos e dúvidas gerais sobre o tema, recebe profissionais de empresas onde os alunos podem estagiar. 

Foi a partir de uma edição da oficina que, conta Marcela, um grupo de três alunas e um aluno do curso técnico em Eletrotécnica integrado ao Ensino Médio tomaram a decisão de fazer estágio durante este próximo período de férias escolares. Além do aproveitamento (opcional) de um tempo livre para cumprir parte da carga horária prevista para práticas profissionais, será também uma experiência fundamental para a formação.