Destaque
Palestra sobre poder transformador da Educação Profissional abre V Simepe
A abertura do V Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão do IF Sudeste MG, no Campus Santos Dumont, sintetizou a ideia que definiu o tema do evento - "Institutos Federais: 10 anos transformando vidas". O reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF), professor Jefferson Manhães, ministrou a palestra de abertura ao tratar de "Ciência e Tecnologia transformando vidas". Antes, reitor do IF Sudeste MG, professor Charles Okama, e o diretor-geral do Campus Santos Dumont, professor André Diniz, deram as boas-vindas a estudantes e servidores de todos os campi e abriram oficialmente o evento.
"É importante essa sensação de pertencimento (à instituição)", afirmou o professor Charles durante seu discurso, "e esse simbolismo será importante para nossa luta, em defesa da instituição, diante de um cenário tão incerto que vivemos hoje (em referência ao anúncio do contingenciamento de 30% no orçamento das instituições federais). Agradeço a oportunidade de estar aqui presente hoje e interagir com todos vocês".
O professor André Diniz, por sua vez, valorizou a transformação que permitiu ao Campus Santos Dumont sediar o Simepe. "Vocês vão receber, nos próximos três dias, um relatório vivo (dessa transformação). Vocês vão poder experimentar um campus ainda em expansão, ainda em construção, mas que se esforça a cada dia para oferecer algo que possa fazer a diferença no nosso Instituto Federal", afirmou, logo depois de pedir aplausos aos representantes de todos os campi e da Reitoria do IF Sudeste MG.
Na palestra de abertura do Simepe, o professor Jefferson Manhães contextualizou dinâmicas sociais para explicar o posicionamento dos Institutos Federais como instituições que transformam vidas. Ele avaliou que "conquistas sociais são frágeis e conjunturais", ou seja, não são necessariamente permanentes. O mundo contemporâneo também aponta altas taxas de desemprego, especialmente entre os jovens e pessoas que não se qualificaram profissionalmente.
O reitor do IFF acredita, nesse cenário, que os Institutos Federais, por meio da interiorização da Educação Profissional, permitindo que pessoas de todas as classes sociais e regiões do país acessem um ensino público, gratuito e de qualidade, podem reverter esse quadro. Outro aspecto em que os IFs representam um diferencial, de acordo com o professor, é a formação completa, que não se restringe à mera qualificação profissional.
"Educação deve preparar para aprender a conhecer, a fazer e a conviver, respeitar as diferenças. E também aprender a ser. Atividades culturais não são perfumaria, mas um eixo importante daquilo em que acreditamos", analisou. De acordo com Jefferson, os Institutos também são essenciais quando ofertam cursos de graduação e pós-graduação, justamente pela vocação para o diálogo com setores de produção.
"Por que cursos superiores e de pós? É um movimento que o mundo está fazendo. Os Institutos Politécnicos de Portugal vão oferecer doutorado. É necessário aplicar o conhecimento na indústria, trabalhar com ciência aplicada. Também podemos avançar muito no campo, com ciência aplicada à Agricultura", concluiu.
Apresentações culturais
A abertura do Simepe também foi marcada pela musicalidade. Antes da cerimônia, a Fanif, fanfarra do Campus Santos Dumont, apresentou-se ao público que se acomodava no Auditório Principal. Já o coral Canta IF, do Campus Juiz de Fora, interpretou o Hino Nacional Brasileiro e uma série de canções da Música Popular Brasileira, arrancando muitos aplausos de todos os estudantes e servidores presentes.
Quem passa pelo Campus Santos Dumont durante o Simepe também tem a oportunidade de registrar fotos com Alberto Santos Dumont. É isso mesmo: o grafiteito e tatuador John Lennon, de Barbacena, terminou na tarde desta terça-feira um mural com elementos que ajudam a definir a sede da quinta edição do simpósio: Alberto Santos Dumont, o 14 Bis, o transporte ferroviário e a própria fachada do campus.