Servidores fazem treinamento para máquina universal de ensaios

A máquina universal de ensaios é capaz de testar a resistência de materiais. Não à toa, ela é utilizada em vários segmentos da indústria, do têxtil ao automotivo. O Campus Santos Dumont recebeu nesta semana o equipamento, que tem aplicação imediata nos cursos de graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária e técnicos em Manutenção de Sistemas Metroferroviários e Mecânica. E não foi qualquer versão dele: a máquina adquirida pelo IF Sudeste MG suporta até 100 toneladas. 

Nesta terça-feira (20 de agosto), os professores Fernando Caneschi, Lívia Ávila, Philipe Pacheco e Samuel Alves e o técnico de Laboratório Lázaro Tito recebem um treinamento para a operação do equipamento. A capacitação é ministrada pelo engenheiro eletricista Jurandir Vaz, da empresa fabricante da máquina universal de ensaios, que pode garantir a segurança e o atendimento a normas técnicas pelos diversos materiais.

“Desejávamos a máquina há algum tempo. É um equipamento essencial para os cursos nas áreas de Mecânica e Civil. Vamos testar os materiais em tração, compressão e flexão também. Conseguimos tirar, a partir disso, todas as propriedades dos materiais. Além de nos ajudar em disciplinas práticas, vai nos apoiar também em pesquisa, para alavancar nossos estudos aqui no campus. Foi um investimento muito bem direcionado. Hoje temos equipamentos comparáveis com os de qualquer universidade do Brasil”, avaliou o coordenador da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária, professor Philipe Pacheco. 

A máquina universal de ensaios se junta a outros equipamentos de ponta, utilizados na indústria, que já fazem parte da rotina de estudantes do Campus Santos Dumont, como o centro de usinagem por Comando Numérico Computadorizado (CNC) e a impressora 3D. O item recém-adquirido integrará o novo Laboratório de Ferrovia, que contará ainda com agitador de peneiras, sacadores de rolamento para rodeiro ferroviário, bancada de Automação e outros recursos para manutenção de vagões e locomotivas. 

“Temos disciplinas como Resistência de Materiais e Elementos de Máquinas. Os alunos vão poder ver na prática como o material se deforma, como ele falha. Isso o ajuda a compreender melhor a parte física que a gente explica em sala de aula. Será uma aplicação muito ampla (da máquina) tanto nos cursos técnicos, quanto na graduação”, explicou Philipe. 

Disciplinas clássicas dos cursos do segmento ferroviário também lançarão mão dos ensaios viabilizados pela máquina. “A Via Permanente é uma disciplina em que trabalhamos toda a estrutura ferroviária, dos trilhos para baixo, digamos assim”, detalhou o professor Fernando Caneschi, “e nós temos diversos elementos que precisam ser verificados em suas características mecânicas: o trilho, o lastro, os dormentes. Em cada um deles, é necessário fazer ensaio. Por exemplo, ensaio de flexão em solda de trilho, de compressão em dormente, de tração em elementos de fixação de trilhos. Podemos testar produtos novos em nossa área”.