Viagens técnicas a BH e ao Rio oferecem práticas profissionais a turmas de Guia de Turismo

O retorno ao ensino presencial no Campus Santos Dumont do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) resgatou muitas experiências valiosas, tanto no nível acadêmico quanto no social. O convívio com os amigos, a oportunidade de interação direta com turma e professores e práticas profissionais in loco foram retomados no início de abril. De forma especial, as atividades do curso técnico em Guia de Turismo realizadas na última semana, de terça a quinta-feira (5 a 7), com viagens técnicas a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro, reuniram todos esses elementos.

As viagens são, como costumam dizer os professores e estudantes da formação, os laboratórios do guia de turismo. Até por isso, são obrigatórias para a conclusão do curso e a obtenção do cadastro profissional – e uma delas precisa ser interestadual, com procedimento aéreo. Assim, as ações da semana passada foram fundamentais não apenas do ponto de vista do aprendizado, mas também na conclusão de um ciclo para muitas pessoas que escolheram o IF Sudeste MG para a profissionalização como guias de turismo, tanto as da modalidade a distância (maior parte do grupo que participou da viagem) quanto as da turma presencial. 

#pratodosverem: Imagem mostra grupo de alunos no Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Atrás aparece a icônica Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha.

Na terça-feira, em Belo Horizonte, os estudantes foram divididos em dois grupos: um deles foi até o Memorial Minas Gerais Vale, e o outro realizou o city tour no Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Ambos os grupos pernoitaram na capital mineira e, na quarta, embarcaram em voo ao Rio de Janeiro, onde realizaram um walking tour pelo Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana em uma experiência repleta de descobertas e conhecimento. 

No Rio, os estudantes também visitaram o Museu do Amanhã, o Forte de Copacabana e o Parque Natural Municipal da Catacumba. As atividades foram sempre mediadas por guias de turismo com vasta experiência em guiamentos em contextos específicos, como locais com rica história ou atrativos naturais, o que permitiu aos alunos do Campus Santos Dumont uma observação detalhada de quais são as melhores abordagens em cada uma dessas condições. 

“Todas essas atividades tiveram o empenho dos alunos nas pesquisas, na apresentação dos lugares, na organização das ações, nos protocolos de embarque e desembarque e no controle de grupo. Eles conseguiram colocar em prática tudo que aprenderam na teoria”, afirmou a coordenadora do curso, professora Izabel Rodrigues. Além de Izabel, acompanharam as atividades a professora Juliana Costa e os servidores técnico-administrativos Marcela Bertolin e Leonardo Jardel. Após a conclusão dos relatórios das viagens, os estudantes, já sem pendências relativas a disciplinas, estarão aptos à certificação como guias de turismo. 

#pratodosverem: Imagem mostra alunas ao lado de uma estátua de Mercedes Baptista, primeira mulher negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana.

“Foi uma experiência fantástica, uma das nossas viagens que mais deram certo”, acrescentou a professora Izabel. “Foi uma programação rica, e contamos muito com o comprometimento, o interesse e o empenho de todos os alunos, o que foi gratificante para todos nós”. 

“A viagem foi fundamental para agregar à nossa formação enquanto guias de turismo”, avaliou o aluno concluinte Paulo Henrique Ribeiro. “A escolha dos atrativos foi muito assertiva, pois eles têm uma dinamicidade muito vasta e também muito complexa, o que desperta nosso senso crítico sobre esses espaços e também sobre a nossa profissão e mostra como vamos lidar com esses contextos no nosso dia a dia de trabalho”.

Após dois anos de muitas restrições para o combate à Covid-19 e considerando que a maioria do grupo que participou das viagens é da turma da modalidade a distância, as atividades representaram também uma valiosa oportunidade de contato presencial com colegas e servidores que atuaram diretamente na formação. “Até por isso estávamos com uma vontade muito grande de aprender. Também foi muito importante esse contato, os 'sorrisos nos olhos' (em alusão à alegria que nem as máscaras podiam esconder). Além da troca de experiências, pois cada pessoa tem sua vivência e sua maneira de trabalhar, o que nos permite observar em que aspectos podemos evoluir como profissionais”, acrescentou.

“O curso foi muito importante em minha formação”, completou Paulo Henrique. “Aprendi muito e saio do curso muito realizado e feliz, porque foi uma grande oportunidade. É um curso gratuito e, até por isso, precisa ser muito valorizado mesmo. É oferecido numa instituição pública e de qualidade, com disciplinas muito boas e uma dinâmica muito bacana. Conseguimos aprender de uma forma interativa e até divertida. Enriqueceu muito minha vida profissional e me mudou muito enquanto indivíduo”.

Fotos: Leonardo Jardel.