Extensão
Campus São João del-Rei promove oficina sobre relatos de experiência e opressão
O Projeto de Ensino - Ações Afirmativas “Jovens Mulheres Negras: Despertar na Pandemia contra o Feminicídio” do IF Sudeste MG- Campus São João del-Rei promove a segunda oficina de seu projeto no dia 16 de novembro às 19 h, com a Oficina intitulada “Relatos de experiência de violência contra as mulheres”. Com o próprio tema já diz, era preciso que se ouvisse as vozes das mulheres pretas e pardas e por isso convidou dessa vez três oficineiras de peso: Simone de Assis, Iuli Melo e Pamela Alves
Simone de Assis tratará do tema: “O Abebé na roda das Yabás: o fortalecimento feminino para combate à violência”. Simone de Assis é mulher negra e periférica. Atua como colaboradora externa da FLACSO-Brasil. É mestra e graduada em História pela Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ. Participa do Grupo de Trabalho Emancipações e Pós-abolição em Minas Gerais e da Rede de HistoriadorXs NegrXs. Desenvolve pesquisas relacionadas ao catolicismo negro; Congadas; festa do Divino; identidade bantu-congo e afro-mineiridades.
Já Iuli Melo abordará sobre tema: “A cultura do estupro como legado da escravidão”. Atualmente, Iuli cursa o doutorado em Educação na UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas -SP (2020) e integra o grupo GENI/UFJF Estudos de gênero e interdisciplinaridade. É colaboradora do Coletivo de Mulheres da UFJF- Marielle Franco de enfrentamento a cultura do estupro no ambiente universitário. É Pedagoga pela Universidade Federal de São João del-Rei (2012-2015), Mestra em Educação (2017-2019) e Especialista em relações de gênero e sexualidades: perspectivas interdisciplinares (2018-2019) pela Universidade Federal de Juiz de Fora (FACED-PPGE-UFJF). Tem pesquisas voltada as infâncias abordando a proteção da exploração e abuso sexual infantil, relações de gênero, sexualidade e interseccionalidade e no enfrentamento as violências contra mulher.
Por fim, completa o time Pamela Alves com o tema: “O genocídio simbólico da educação de mulheres negras”. Pedagoga e Mestre em Educação pela Universidade Federal de São João del-Rei, UFSJ. Especialista em Didática e Trabalho Docente pelo Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, IFMG. Seus estudos e pesquisas estão relacionados às práticas de educação de estudantes negros no ensino superior e aos processos de heteroidentificação racial em políticas de ações afirmativas. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sócio Históricas em Educação, NEPSHE-UFSJ.
A oficina on-line, gratuita é aberta a mulheres, em especial as pretas e pardas, alunas, servidoras do IF Sudeste MG ou da comunidade de São João del-Rei e região.
Confira:
“Relatos de experiência de violência contra a mulher”
Data: 16 de novembro de 2021
Hora: 19 horas
Transmissão da Oficina: Google meet (link: meet.google.com/ywh-arqb-jyc )
Sobre o Projeto de Ações Afirmativas
O projeto é coordenado pela Professora Alessandra Fernandes e tem por objetivo ampliar o espaço de discussão e enfrentamento da violência contra jovens mulheres negras e a questão do genocídio da juventude negra de forma a sair da invisibilidade e preparar as jovens negras para se empoderarem nesse processo de construção de sua cidadania. O projeto conta ainda com a participação de estudantes e outros servidores como a bolsista Janaína Nasare da Silva e os servidores: Carla F. Gouvêa Lopes (docente), Bernadete Malta Barroso, Igor Cerri e Juliana Rodrigues (técnicos-administrativos).
A proposta é desenvolvida por meio de oficinas com discussões em grupos de jovens pretas e pardas, alunas dos cursos do Campus São João del-Rei, e está aberto também a participação de todas as jovens mulheres de São João del-Rei e ainda mulheres de todo o IF Sudeste MG.
Segundo a coordenadora, Professora Alessandra, “ao se desenvolver oficinas para jovens mulheres negras e pardas, espera-se que essas mulheres compreendam melhor que as questões da violência contra a mulher negra na sociedade brasileira sinalizam um fenômeno social, resultado de vários condicionamentos. E que a partir das oficinas, elas estejam mais preparadas e empoderadas para lidar com essa questão, dando voz às suas causas, que são de todas nós mulheres”, afirma.