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Biblioteca lembra a atualidade trágica do clássico O Mercador de Veneza

A Coordenação de Acervo Bibliográfico e Multimeios do IF Sudeste MG- Campus São João del-Rei traz essa semana a dica de leitura de uma obra de Shakespeare que continua atual
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A Coordenação de Acervo Bibliográfico e Multimeios do IF Sudeste MG- Campus São João del-Rei traz  essa semana a dica de leitura de "O Mercado de Veneza" uma obra de Shakespeare que continua atual. 

 

 Esta obra, escrita originalmente entre 1596 e 1598, século XVI,  conta a história de um jovem, Bassânio, que deseja casar com uma herdeira rica, Pórcia. Como ele não tem dinheiro, contata um judeu, Shylock, para fazer um empréstimo, porque precisa honrar o compromisso com seu amigo Antônio, que ficou como fiador. Mas, sabendo o judeu quem é o fiador e, devido a rivalidade do judeu com Antônio, impõe uma condição: caso não receba o dinheiro do empréstimo, Bassânio tem que pagar com a carne de Antônio. 

Neste clássico, Shakespeare traz a tona temas clássicos como o amor, a vingança e o preconceito racial, o que faz com que a obra seja, lamentavelmente, atual. Em tempos em que pessoas, no Brasil e no mundo, ainda são vítimas de violência devido a cor de sua pele o trecho a seguir, de mais de 400 anos, reflete o questionamento de Shylock diante de sua condição:
"Sou um judeu. Então um judeu não possui olhos? Um judeu não possui mãos, órgãos, dimensões, sentidos, afeições, paixões? Não é alimentado pelos mesmos alimentos, ferido com as mesmas armas, sujeito às mesmas doenças, curado pelos mesmos meios, aquecido e esfriado pelo mesmo verão e pelo mesmo inverno que um cristão? Se nos picais, não sangramos? Se nos fazeis cócegas, não rimos? Se nos envenenais, não morremos? E se vós nos ultrajais, não nos vingamos?" 
Se quer saber se Bassânio vai casar com Pórcia, se Antônio será sacrificado e como será o final, veja mais em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2354.

 

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